L-0358 acapo aprender a ensinar, en$inar a aprender



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de tutores?, estarão os objectivos ou as estratégias desadequadas? . .

Gostaríamos ainda de referir alguns cuidados na aplicação desta técnica,

de forma a evitar alguns riscos:

  todos os alunos devem, em algum momento, desempenhar o papel

de tutores Pretende se com isto evitar as situações de rivalidade ou

supremacia de uns sobre os outros;

  não permitir aos alunos juízos de valor acerca dos colegas;

  os pares devem rodar para que não se estabeleçam papéis fixos.
Crenças irracionais:

*Só os bons alunos é que podem ser tutores   Não devemos partir

do pressuposto de que só os bons alunos sabem coisas para ensinar.

Mesmo nos casos em que há um desequilibrio acentuado entre os dois

elementos do par, é sempre possível estruturar uma actividade onde o
HPhEDDcPP

aluno com mais dificuldades possa servir de supervisor. O professor

deve cuidar, fomecendo tarefas ajustadas aos saberes de cada um, dos

papéis representados.

*Com os meus alunos isto não dá   Há muitas vezes a tendência de se

considerar os alunos como imaturos para desempenharem determina 

das tarefas. Ora, muitas vezes, o que acontece é que não se deu o

tempo necessário para que eles aprendessem a desempenhá las ou se

fez uma tentativa pouco investida na capacidade de sucesso.

*Esta técnica só resulta com boas turmas   Esta crença é irracional na

medida em que os tutores têm sido utilizados como estratégia em

turmas difi'ceis. Convém ainda referir que os agrupamentos dos alunos se

podem, de acordo com as finalidades, constituir na base da homogenei 

dade ou da heterogeneidade de conhecimento ou de comportamento


Uma vez interiorizada esta metodologia e o clima de interajuda, o sis 

tema de tutores pode ser generalizado para outras actividades que permi 

tem uma dinamização de todo o grupo
Mesa Redonda

A utilização desta técnica está associada ao desenvolvimento e apro 

fundamento de temas, privilegiando sobretudo dois objectivos: a formação

pessoal e social dos alunos e o desenvolvimento de capacidades de ex 

pressão e afirmação de ideias.

Para implementar esta metodologia, começa se por escolher um aluno 

 moderador que vai previamente planificar a sessão (poderá ou não dis 

cutir com o professor o esboço de planificação). Os outros elementos que

constituirão a mesa poderão ser escolhidos segundo diferentes critérios,

mais ou menos intencionais (ao acaso, um representante por grupo de

trabalho, voluntários, ou ainda segundo critérios que se prendem com o


assunto em discussão). O debate, que não deve ter uma duração inferior


HPhEDDcRc

como efeitos secundários um abaixamento da auto imagem e do sentido

da sua auto eficácia.

São vários os estudos que demonstram a necessidade de recorrer a

metodologias diferenciadas com vista à optimização dos diferentes ritmos

de aprendizagem dos alunos. Para isso, torna se antes de mais necessário

desmistificar a ideia da impossibilidade de trabalhar de forma individuali 

zada na sala A heterogeneidade de saberes e das características dos estu 

dantes tem que ser rentabilizada, caso contrário irá funcionar como um

obstáculo à unidade do aprender na sala.

Em muitos destes casos parce nos que o recurso à análise de tarefas,

enquanto metodologia de ensino avaliação, pode ser de uma grande efi 

cácia. O propósito deste modelo é a subdivisão de objectivos gerais em

sub objectivos e estes em passos sequencializados. Na elaboração de um

projecto individual de ensino.

Resumidamente pode falar se em seis etapas no modelo de análise de

tarefas

  identificar as áreas curriculares



  dividir em sub áreas

  escrever objectivos para cada sub área

  ordenar os objectivos

  escrever o programa referindo os passos do ensino

  avaliar e registar.

Assim, a primeira fase de elaboração do projecto individual de ensino

é a avaliação dos conhecimentos da criança nos diferentes domínios curri 

culares. Para issó, o professor tem à sua disposição vários instrumentos,

alguns dos quais por nós sugeridos no Capítulo 5.

Após essa avaliação o professor deverá estar capaz de precisar quais

as àreas fortes e fracas daquela criança e como é que ela se situa em relação

aos conhecimentos médios da turma. Fundamentalmente, a pertinência


desta avaliação prende se com o facto da tendência quase habitual de se

considerar que uma criança que apresenta dificuldades numa área académica,

por exemplo em matemática, também vai apresentar noutras. Esta represen 

tação leva muitas das vezes, por parte do professor, a respostas globalizadoras

tal como fazer ensino individualizado em todas as matérias, ou mesmo colocar

sempre o aluno no grupo daqueles que precisam de mais apoio em tudo.

Para o estabelecimento dos objectivos é necessário estabelecer o nível

actual de conhecimento, devendo a criança ser observada e avaliada em

várias situações (sozinha, em pequeno ou grande grupo, em visitas de es 

tudo, com a professora. . ) e em diferentes modalidades (expressão escrita,

oral, plástica. . .)

Após o estabelecimento da linha de base das realizações actuais da

criança o professor define os objectivos a curto e médio prazo, as tarefas e

subtarefas, as estratégias, o processo e critério de avaliação, a duração e o

espaço onde o programa se vai desenvolver

APRENDER É UMA SITUAÇÃO DE BEM ESTAR


Ao longo deste capítulo pretendemos apresentar um conjunto de

estratégias educativas adequadas a situações individuais ou a situações

de grupo. No entanto, em todas elas está subjacente a concepção de

que aprender tem que ser uma situação de bem estar. Para isso, muito

importará que alguns princípios sejam tidos em consideração. São eles:
* Reformulação pela positiva do problema, em vez de se centrar nas

dificuldades exibidas pela criança e nos seus não saberes, o professor deve

focalizar a atenção e reenviar à criança as suas potencialidades e as apren 

dizagens adquiridas.


opocoocoR

* Descondicionar a aprendizagem centrando parte do ensino nas activi 

dades que a criança gosta ou tem sucesso, oferecendo Ihes a possibilidade

de se confrontarem com uma nova imagem deles próprios como aprende 

dores.
* Especificar as dificuldades da criança através de feedbacks específicos

e condicionais (tu tens de aprender a somar melhor) e não através de feed 

backs gerais e incondicionais (tu não sabes nada de matemática).
* Exploração positiva do erro: os insucessos também são fontes de

aprendizagem que devem ser rentabilizados pedagogicamente (ainda bem

que deste esta resposta errada porque assim eu posso explicar te outra vez e

vais perceber como é que tu estavas a raciocinar)


* A escola como espaço onde é permitido falhar, isto é, abertura às

não respostas ou às respostas impensadas, muitas vezes sintomas do medo

de falhar
* A sala de aula como esfera protectora onde a criança sente que

mesmo quando falha não é abandonada ou avaliada afectiva e socialmente

em função desse fracasso.
CKpïTllLO 

0 IIlOIO FILIft ESCOL



<já que ambos supostamente fazem coisas com o objectivo de ajudar as crian 

ças No entanto, uma realidade significativa parece desmentir tal ideia e

confirmar estes dois grupos como inimigos, predestinados a desconfiarem

uns dos outros>> (Waller, I968). A nossa experiência com professores diz 

 nos que em Portugal, em certa medida, se assiste a uma situação seme 

Ihante. Algumas das razões que em nosso entender suportam tal atitude

são:


¨ Do ponto de vista da escola

  falta de tradição de trabalho com os pais;

  falta de formação inicial e contínua dos professores neste domínio;

  não reconhecimento da importância dos pais como parceiros educa 

tivos;

  a escola representada como uma instituição de ensino e não de tra 



balho com os pais ou comunidade;

  é difícil trabalhar com pais, sobretudo das classes sócio económica e

culturalmente mais desfavorecidas;

  é desprestigiante pedir ou dar informações de caracter pedagógico à

fami1ia.
 Do ponto de vista da família

  não consideram que tenham informações úteis para fornecer à

escola;

  não se consideram capazes, especialmente as classes socialmente



mais desfavorecidas, de acompanhar o percurso escolar dos seus filhos;

  sentem que a escola não Ihes pertence;

  é mais fácil desresponsabilizar se do que intervir;

  receio de que a sua ida à escola possa trazer consequências negati 

vas para os filhos.
Provavelmente, a esta altura, o leitor, professor ou pai, não se está a

reconher nas razões apresentadas, pois as suas experiências desmentem

ou, pelo menos, não confirmam estes dados. Se não duvidamos que para

muitos professores e pais a relação é de sucesso, não deixamos contudo

de dar razão a Waller quando diz que esse conflito está frequentemente

coberto (nenhum dos grupos o admite), mas em certas ocasiões ele poderá

tornar se manifesto Com efeito, é quando ocorrem problemas de apren 

dizagem, de ordem, de comportamento ou quando as expectativas dos

pais não correspondem àquilo que a escola diz ser o seu flho, que a insa 

tisfação se instala É tambem nessa altura que as representações esterioti 

padas do que é a fami1ia ou a escola vão ser matriz de uma comunicação

disfuncional.

A escola apresenta, frequentemente, um discurso normalizador de um

modelo de fami1ia (pai, mãe e filhos) onde outras composições familiares

(mãe solteira, pais divorciados, fam0ias reconstruídas, ligações homosse 

xuais) são, muitas vezes, por si só, justificativas de todos os problemas dos

alunos.

Por seu lado, as fami1ias têm representações tradicionalistas da função



formativa da escola e das metodologias pedagógicas desejáveis, con 

siderando mesmo que existem áreas educativas que são da sua exclu 


siva responsabilidade, como é exemplo a educação sexual ou os valores

morais


A disfunção comunicacional entre estes dois sistemas com culturas,

regras, prescrições e exigências diferentes, e por vezes opostas, podem

fazer sentir a criança como refém de conflitos relacionais que a ultrapassam

(Evequoz, I 987): Os alunos, quando não articulam estes grupos de per 

tença, vivem de forma angustiada uma sensação de traição. Com efeito,

frequentemente, aprender é desaprender a cultura de origem, é ter que se

dividir entre dois códigos de conduta e diversas opções do quotidiano (gíria,

preferências estéticas, música de que se tem que gostar ou dizer mal, marcas

de roupa na moda. . .).

Dada a importância de que parece revestir se a sincronia/dessincronia

entre estes dois sistemas de vida, Montadon e Perrenoud (I987) analisam

o papel de mensageiro desempenhado pela criança. Neste papel compete 

 Ihe levar e trazer as comunicações (por favor diz aos teus pais que a reuniõo

é na próxima terça l por favor diz que eu não posso ir nesse dia, mas que

dej>ois eu o contacto), recriminações (diz ao teu encarregado de educação

que a reunião é na próxima terça e que não se esqueça, como é costume l diz

ao teu professor que chegou ir uma vez para perceber o ambiente) e as opiniões

valorativas (diz lá ao teu pai que que venha à reunião na terça porque eu não

posso fazer nada quando os pais não se interessam l diz à tua professora que

não são horas para marcar uma reunião; eu trabalho e o meu patrão não é o

estado Que marque antes ao sábado)

Face a estas injunções a criança tem, pelo menos, duas hipóteses: ou as

transmite e toma manifesto o conflito fami1ia escola ou filtra as mensagens e

interioriza o conflito. Como é obvio, o facto de possuir e transmitir mensa 

gens dá poder ao mensageiro, pois gere a circulação da informação (trans 

mite integralmente, acrescenta, retira ou transforma o conteúdo da mensa 

gem) e possibilita Ihe argumentos a utilizar, se necessário (eu bem te tinha

avisado que se não fosses à reunião a professora me ia tomar de ponta).

Quando a escola e a fam0ia estão complementarmente envolvidas nas

tarefas educativas, ou na concretização de projectos comuns, a comunicação

passa a ser mais visível e transparente e, subsequentemente, os recursos

são potencializados.

A Lei de Bases do Sistema Educativo aponta claramente para uma parti 

cipação activa dos pais na escola. Exemplo disso é o carácter de obrigatorie 

dade da participação dos pais sempre que se trate de uma avaliação especia 

lizada, sendo necessário o seu acordo prévio para o projecto individual e

ainda o direito de serem informados da realização de uma avaliação suma 

tiva extraordinária.

A par desta preocupação de envolver os pais, individualmente, na par 

ticipação do percurso escolar dos filhos, está igualmente prevista a partici 

pação representativa dos encarregados de educação na gestão da escola.

Se para muitos professores e escolas esta lei se enquadra perfeita 

mente nas suas práticas profssionais ou institucionais, para outros implica

uma mudança conceptual e de relacionamento

Muitos professores, com prática de trabalho com fam0ias, transmitem 

 nos a ideia de que quando se implementa um trabalho de cooperação com

os pais, há vantagens para todos: os professores referem que os resultados

dos seus estudantes melhoram, que é mais fácil mantê los motivados na aula

e que conseguem dar respostas mais individualizadas aos alunos; os pais

dizem nos que compreendem melhor os objectivos e os métodos de ensino,

são mais capazes de acompanhar os filhos e estes estudam mais em casa.

ESTRATÉGIAS DE COOPERAÇÃO PAIS ESCOLA


As reuniões

Uma das estratégias que os professores têm para comunicar com as

fam0ias são as reuniões.
Organização da reunião:
I . Preparação. Para que a reunião tenha sucesso é necessário que

vários aspectos sejam previamente pensados e antecipados: número pre 

visto de pais, características da população 'z, arranjo físico da sala em função

das finalidades da reunião, orientação e planificação da reunião (o simples

exercício de planifcar, com enunciação de objectivos e metodologias, per 

mite clarificar o sentido da reunião e antecipar potencialidades, dificuldades

e imprevistos implicados na implementação da reunião). Nesta fase, convém

definir se o que se pretende é unicamente favorecer um trabalho entre

pais e professores de uma determinada turma ou se se integra num pro 

jecto global de escola


2. Convocatória. A feitura da convocatória vai depender do meio que

vai ser utilizado para a divulgar (correios, alunos, cartaz, etc.) Esta deve ser

clara e graficamente cuidada, devendo conter várias informações hora, dia,

local e duração '3, os temas e/ou objectivos da sessão e quem vai estar

presente
3. Implementação

3. I . Recepção   fazer uma reunião de pais é de alguma forma seme 

Ihante a receber visitas, o que implica dizer que a recepção deve facilitar

um clima de bem estar e dar a conhecer o espaço escolar.

3.2. Início   o arranque de uma reunião tem, basicamente, como

objectivos a apresentação do corpo docente e dos pais (quando


iz Quando os professores desconhecem a origem sócio cultural dos pais, devem preparar uma

reunião flexível que facilmente se adeque aos diferentes participantes. Quando se conhece

os pais esta tarefa preparatória fica facilitada.

I3 $empre que possível, a escola deve previamente informar se acerca do horário mais conve 

niente para a maioria dos pais.
necessário), agradecimento da participação na sessão e apresentação

sumária da ordem de trabalhos

3.3. Desenvolvimento   esta fase deve ter como preocupação o

estabelecimento de uma relação empática, onde a expressão e a partilha

de opiniões acontece espontaneamente. Assim, devem os orientadores

precaver se contra a tentação de: informar mais do que ouvir; um dis 

curso excessivamente técnico ou superFcial; ceder a pressões de lide 

rança por parte de alguns pais ou fomecer informações acerca de uma

criança em particular '% Quando a reunião é co orientada, as inter 

acções entre os dois orientadores devem ser objecto de uma reflexão

conjunta que permita a construção de um clima de bem estar entre

todos os participantes. A necessidade desta reflexão deve se ao facto de

assistirmos frequentemente a situações de concorrencialidade que difi 

cultam a coesão do grupo.

3.4. Encerramento   se a recepção marca o <> que queremos

imprimir à reunião, também a despedida marca o <> parti 

Ihado. A reunião poderá terminar com uma síntese que agregará o

grupo em torno dos conteúdos mais significativos Esta síntese ganha

relevo especial quando o grupo é muito diversificado culturalmente.

Terminar uma reunião é também saber dar Ihe continuidade, perspec 

tivar futuras sessões e/ou outras actividades
4. Avaliação. Como qualquer outra avaliação, também esta deve ser

pensada e executada em função dos objectivos previamente enunciados

(oral/escrita; individual/grupo . ). Assim, podemos distinguir dois momen 

tos de avaliação: um diz mais respeito à instituição (deu esta reunião conti 


i% pela importância de que se reveste, salientamos um perigo que, em nosso entender, facil 

mente se encorre. Falamos daquelas situações em que um ou mais pais nos pedem, ou quase

exigem, informações acerca do filho.
nuidade oo projecto de escola.%) e outro aos participantes na reunião (estão os

pais motivados para dar continuidade à cooperação?).


O atendimento individual aos pais

As runiões de pais não cobrem todos os assuntos ou situações necessá 

rias para uma cooperação eficaz pais/escola. Com efeito, enquanto nesta se

pretende encontrar o denominador comum àquela turma, os atendimentos

individuais permitem particularizar e aprofundar o conhecimento daqueles

alunos enquanto pessoas. Este processo facilita uma resposta centrada nas

necessidades específicas de cada estudante, onde os pais e professores são

parceiros educativos. Tal como as reuniões, também o atendimento exige

cuidados especiais. Assim, atender no corredor, fazer esperar sem justificação,

fazer sentir que está a incomodar, manifestar indisponibilidade, sentir como

críticas os problemas, tratar os pais como <>, tecnologizar o

discurso. . . não é concerteza a melhor forma de dar corpo a uma interacção

que, quando conseguida, traz vantagens para os professores, pais e crianças.

Atender um pai implica estabelecer uma relação onde a comunicação

flua. Para isso, os professores deverão desenvolver competências de aten 

dimento facilitadoras de uma relação empática, onde desde a organização

do espaço até atitudes de escuta e de aceitação deverão estar presentes.

Salientamos alguns cuidados a ter em conta no atendimento:


Não moralizar: acontece com alguma frequência os professores verem 

 se face a situações familiares que do seu ponto de vista não são desejáveis.

Nestas ocasiões há tendência para emitir juizos valorativos e frequente 

mente culpabilizadores que levam a atitudes ora defensivas ora agressivas

por parte da fami1ia. Esta atitude moralizadora por parte dos professores é,

muitas vezes, resultado da dificuldade de gerir os sentimentos envolvidos

em algumas histórias de vida. A resposta a esta dificuldade passa frequen 

temente por escutar e compreender.


H P H E II E H H

Não trair a confança: o bom senso ajudará a saber que informação

deve circular entre pais/alunos/professores. Para se evitar situações de

perda de confança pode ser acordado entre os parceiros aquilo que pode

e não pode ser dito.
Não exagerar nos defeitos: não é agradável para os pais ouvirem um

conjunto de queixas sobre os filhos. Mesmo nos casos em que os aspectos

negativos do estudante terão que ser abordados é aconselhável o professor

começar por salientar os aspectos positivos dessa criança.


Não exagerar os problemas: quando se apresentam as dificuldades é

importante saber falar delas como sendo solucionáveis. Os problemas sus 

citam e favorecem a continuidade de colaboração entre professores e pais.
Desenvolvemos duas das formas de comunicação directa fam0ia/escola

(reuniões de pais e atendimento individual). No entanto durante o espaço

de tempo que medeia os encontros, a comunicação é geralmente mantida

de forma indirecta, através de modalidades como a cademeta do aluno, as

fichas de avaliação e os testes.

Estes contactos requerem também atenção, pois podem prestar se a

leituras ambíguas ou a mal entendidos que forçosamente irão marcar os

próximos encontros. Não é raro os pais, especialmente aqueles que menos

dominam a cultura escolar, sentirem dificuldades na compreensão das

mensagens inseridas na ficha de avaliação


Porquê esta actual insistência na cooperação pais/escola? Será uma

moda? Será uma panaceia desculpabilizadora? Ou corresponderá a uma

mudança de paradigma, de função da escola e dos actores sociais implicados?

São muitos os estudos que mostram ganhos académicos significativos



quando os pais e a escola trabalham em parceria. Algumas das razões


apontadas para tal prendem se com a consonância nos dois meios de vida da

criança (vamos fazerjuntos o <> dojomal ajuda a concen 

trar), melhoria e aumento de tempo de estudo (é melhor agora trabalhares

para Nlatemática, pois o professor contou que vai fazer revisões das equações),

mútuo interesse pela vida escolar do aluno (o que estás agora a dar em

Estudos Sociais?; disseste aos teus pais para verem contigo a Estrela Polar.

Estes exemplos pretendem ilustrar algumas das possibilidades para um

trabalho em conjunto. Muitas vezes os professores consideram que não é

possível envolver os pais, sobretudo os das classes culturalmente mais des 

favorecidas, nas actividades académicas dos filhos. De facto, se não temos

dúvidas que não é possível a uma grande maioria dos pais apoiarem os seus

filhos em conteúdos curriculares específicos, temos em contrapartida cer 

tezas de que todos   ou quase todos   podem assumir atitudes educati 

vas que valorizem e mostrem o significado que tem a vida escolar do filho.

O que é, então, pedido à escola é que envolva as fami1ias nas activi 

dades escolares, que valorize a função parental de forma a que a vida da


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