Geografia 7º ano



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. Acesso em: 15 abr. 2015.

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Sugestão de atividades complementares



1. Solicite aos alunos que façam um mapa com destaque para os principais resultados das políticas de ocupação da Amazônia Legal implementadas pelo governo militar. Cuide para que sejam cartografadas, pelo aluno, infraestruturas como: Projeto Grande Carajás; as rodovias pavimentadas; as rodovias não pavimentadas; as ferrovias; as hidrelétricas; as agrovilas; os demais projetos de mineração; as principais áreas de conflito entre as populações locais e os grandes empresários estrangeiros.

2. O aluno pode realizar uma pesquisa, individual ou em grupo, sobre uma nova realidade que vem sendo divulgada pelos estudiosos da Amazônia: as jazidas de petróleo existentes na região e suas potencialidades para o desenvolvimento local.

3. Projete o filme Amazônia em chamas (The burning season. Direção: John Frankenheimer. Estados Unidos, 1994), que aborda a história de Chico Mendes e suas ideias pacifistas e de desenvolvimento autossustentável. Em seguida, proponha um debate e um relatório escrito sobre as ideias transmitidas pelo filme.

unidade 5 - Região Nordeste

A abertura desta unidade traz a fotografia de um pequeno produtor de cebola irrigada do Sertão do Nordeste que mostra a produção agrícola no semiárido nordestino. Com a agricultura irrigada já implantada em alguns trechos do semiárido, como no vale médio do São Francisco, é possível, portanto, transformar o Sertão. Essa fotografia dá margem para que se discuta a imagem que os alunos têm do Nordeste e principalmente do Sertão. As questões da seção Verifique sua bagagem deverão ser debatidas oralmente.

Nesta unidade cada sub-região da Grande Região Nordeste — a Zona da Mata, o Agreste, o Sertão e o Meio-Norte —, é abordada em um percurso em separado. É importante trabalhar a diversidade natural, econômica e cultural existente no Nordeste e também os aspectos que vêm modificando essa região nos últimos anos. Serão trabalhados, principalmente, os seguintes conceitos e noções: Região Nordeste; sub-regiões do Nordeste (Zona da Mata, Agreste, Sertão e Meio-Norte); barlavento e sotavento; chuva orográfica; tabuleiro litorâneo; recôncavo; Zona da Mata açucareira, cacaueira e Recôncavo Baiano; petroquímico, caatinga; brejo; minifúndio; clima semiárido; transposição das águas do Rio São Francisco; indústria da seca; retirante; Mata dos Cocais; Serra dos Carajás; Porto de Itaqui; Ferrovia Norte-Sul; e delta e estuário.

Percurso 17 — Região Nordeste: o meio natural e a Zona da Mata



Para facilitar o entendimento, a Zona da Mata foi dividida em três partes: a açucareira, a cacaueira e o Recôncavo Baiano, que apresentam características próprias e devem ser ressaltadas.

A seção Encontros “As pescadoras artesanais da praia de Suape (PE)”, na página 149, mostra o conflito entre as marisqueiras e a poluição das águas causada pelas atividades no Porto de Suape, em Pernambuco. Com a diminuição da captura de mariscos, as marisqueiras

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têm o seu rendimento diário ou mensal comprometido, agravando seu nível de vida.

O infográfico “Avanços socioeconômicos no Nordeste”, nas páginas 150 e 151, é rico em informações e importante de ser trabalhado, pois mostra que a histórica desigualdade no Nordeste vem diminuindo. Acompanhe os alunos na interpretação dos textos e dos gráficos. Recomende os boxes Quem lê viaja mais e Navegar é preciso.

Respostas e orientações das atividades

Encontros – As pescadoras artesanais da praia de Suape (PE) p. 149

1 A poluição das águas tem causado a diminuição na captura de marisco, que por sua vez tem comprometido o rendimento diário e mensal das marisqueiras, prejudicando seu nível de vida.

2 Resposta pessoal. Espera-se que o aluno, mesmo que desconheça, até então, essa atividade, entenda que ela é exercida por muitas mulheres, desempenha papel importante na subsistência da família e também complementa a renda de várias famílias do litoral brasileiro.

3 Espera-se que o aluno entenda que é possível conciliar essas atividades, desde que haja fiscalização rígida antipoluição nas indústrias, além de orientação às pescadoras e marisqueiras por especialistas em pesca.

Percurso 18 — O Agreste



Utilizando a figura 4,“Região Nordeste: zonas ou sub-regiões naturais”, na página 144, localize o Agreste para os alunos. É importante que eles percebam que o Agreste é uma zona de transição entre a Zona da Mata e o Sertão. Com a ajuda de um mapa político do Nordeste, localize Campina Grande, na Paraíba; Caruaru e Garanhuns, em Pernambuco; Feira de Santana e Vitória da Conquista, na Bahia, cidades importantes do Agreste. Depois, identifique suas principais atividades econômicas.

A Estação Ciências “O melhoramento genético do algodoeiro”, na página 155, é um exemplo de como a ciência e a técnica contribuem para a melhoria das condições de vida dos seres humanos, ou seja, esse melhoramento genético do algodoeiro permitiu a elevação dos ganhos dos agricultores. As questões propostas são o início de discussões sobre o tema que podem ser desdobradas pelo professor.

Respostas e orientações das atividades

Estação Ciências – O melhoramento genético do algodoeiro p. 155

1 Porque ele apresenta benefícios ambientais, que consistem no fato de que a semente (modificada em laboratório) deve ser plantada sem produtos químicos para dar origem ao algodão colorido.

2 Resposta pessoal. Espera-se que o aluno aponte que o cultivo do algodão colorido é uma vantagem para o produtor, pois permite que se receba um valor 30% a mais do que o do algodão branco; além disso, seu cultivo não exige produtos químicos, contribuindo para o meio ambiente.

Atividades dos percursos 17 e 18 p. 156 e 157

1 Por sua diversidade de condições naturais, sociais, econômicas e culturais.

2 a) A geógrafa encontra-se no Sertão; o biólogo, no Agreste; e a historiadora, na Zona da Mata.

b) “A” corresponde a Salvador, e “E”, Recife, visitada pela historiadora.

c) O Meio-Norte, chamado também de Nordeste Ocidental.

d) O Rio São Francisco.

3 Inicialmente, a exploração do pau-brasil, depois a cultura da cana-de-açúcar (por meio da qual o desmatamento foi acelerado), a cultura do

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tabaco, a criação de gado e o corte da lenha, destinando-a a diversos usos (doméstico, nos engenhos e na construção civil), e o processo de urbanização.



4 Zona da Mata açucareira, que se estende do Rio Grande do Norte até Salvador (BA); Zona da Mata cacaueira, situada no sul da Bahia; e Recôncavo Baiano, que compreende vários municípios do entorno de Salvador e se destaca na produção de tabaco e na diversidade de produção industrial (indústria química, metalomecânico, eletroeletrônica, petroquímica etc.).

5 a) As metrópoles contam com infraestrutura urbana mais bem equipada e com oferta de serviços mais diversificados. Desse modo, atraem empresas importantes e investimentos, e populações de outros municípios do estado e mesmo de toda uma região, como no caso de Recife em relação à população da Região Nordeste.

b) Olinda, Recife e Jaboatão dos Guararapes.



6 a) Duna: montes de areia móveis, depositados pela ação do vento dominante. As dunas podem ser marítimas, localizadas na borda dos litorais, e continentais, no interior dos continentes.

b) Falésias: formas de relevo litorâneas abruptas ou escarpadas. O Cabo Branco, na Paraíba, onde está o Ponta do Seixas, é um exemplo. A formação de falésias é explicada no Percurso 17 do livro do 6º ano.

c) Os passeios com bugue pelas dunas.

7 a) Zona da Mata, pois o texto refere-se à fachada oriental do Nordeste.

b) A produção destinada ao mercado externo, grandes unidades produtivas (conhecidas como engenhos, latifúndios) e o trabalho escravo.



8 a) O clima de Campina Grande pode ser caracterizado como tropical semiárido pelas temperaturas anuais em torno de 23 °C e a precipitação entre 700 e 800 mm ao ano.

b) A localização de Campina Grande na fachada leste do Planalto da Borborema lhe confere características mais amenas do que aquelas das áreas secas do semiárido, uma vez que sofre influência da umidade que não precipitou na Zona da Mata.



9 A Serra da Barriga está localizada no município de União dos Palmares (AL), na Zona da Mata nordestina, e está inserida na estrutura de relevo do Planalto da Borborema. Aí se localizava o Quilombo dos Palmares, o maior grupo de resistência dos escravos no Brasil, que chegou a abrigar uma população de 20 mil pessoas. Região serrana de difícil acesso, sua altitude facilitava a observação da movimentação das tropas coloniais. Com isso, o quilombo resistiu aos ataques durante os anos de 1597 até 1695. Hoje a Serra da Barriga é um sítio histórico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e conta com o Parque Memorial Quilombo dos Palmares.

Percurso 19 — O Sertão

Analise com os alunos a figura 17, “Região Nordeste: diversidade climática”, na página 158, e o climograma ao lado dela para que compreendam os subtipos climáticos do Sertão. Em seguida, mostre o curso do Rio São Francisco, desde a sua nascente até a sua foz, destacando que é um rio de regime permanente, apesar de “cortar” o Sertão.

Para explicar a transposição das águas do Rio São Francisco são necessários a ilustração e o mapa sobre os eixos do projeto, na página 161. Complemente a explicação citando outro projeto em execução, que é a construção de cisternas, uma iniciativa governamental, em parceria com a iniciativa privada e lançada em meados de 2003, para contornar o problema da seca no semiárido. O objetivo é garantir o abastecimento de água para o consumo doméstico e para a agricultura de subsistência. Com capacidade de 16 mil litros, são construídas com placas de cimento junto às casas e, por meio de calhas instaladas nos telhados, coletam a água da chuva e a depositam no reservatório (cisterna). É um procedimento simples e de baixo custo e cujo programa tem o objetivo de construir um milhão de cisternas rurais. Até junho de 2014, foram construídas 959.181 cisternas, beneficiando cerca de 4,8 milhões de pessoas.



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Em relação às questões sociais e políticas da seca, na página 164, forneça mais argumentos esclarecedores como os que se seguem. Inicialmente, é oportuno perguntar: é a seca o único fator responsável pela pobreza de grande parcela da população do Nordeste e pela grande migração de sua população? Não. As causas da pobreza naquela região não são naturais, mas fundamentalmente sociais e políticas. Para demonstrar que a seca não é causa principal da pobreza e das migrações da população do Nordeste, vamos usar mais três argumentos:

Há grande concentração da propriedade da terra

A desigual distribuição da propriedade da terra e da riqueza é também responsável pela pobreza do Nordeste: as grandes propriedades rurais pertencem a poucas pessoas, enquanto as pequenas áreas são muito fragmentadas, com dimensões muito diminutas, e há muitos trabalhadores rurais sem terra.

Grande parcela da população tem baixo rendimento mensal

Cerca de 36,4% das famílias da Região Nordeste tinham, em 2013, um rendimento mensal familiar per capita de até 1/2 salário mínimo. Viviam, portanto, em condição de pobreza.

Isso ocorre também nas outras regiões do Brasil. Entretanto, é no Nordeste que a proporção de pobres é maior. O baixo rendimento mensal é uma das causas das migrações da população da Região Nordeste.

Os problemas causados pelas secas podem ser superados

Os problemas causados pelas secas podem ser superados. Existem meios técnicos para isso e um deles é a irrigação das terras.

A Estação Socioambiental “Sobrevivência em regime de bode solto”, na página 163, é um texto sobre a solidariedade entre membros de comunidades para garantir a sobrevivência. Leia-o com os alunos preocupando-se em dirimir as dúvidas e discutir as questões propostas.

A seção Outras rotas “Parque Nacional Serra da Capivara”, na página 165, aborda o antigo povoamento do Sertão e as marcas nas rochas deixadas pela ocupação humana na região. A sua leitura deve ser conduzida e suas questões debatidas. Sugerimos que indique aos alunos o site da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham), , para consultar textos e imagens do Parque Nacional Serra da Capivara.

As indicações nos quadros Quem lê viaja mais e Pausa para o cinema são subsídios importantes para a educação geográfica e, assim, devem ser incentivadas.



Respostas e orientações das atividades

Estação Socioambiental – Sobrevivência em regime de bode solto p. 163

1 O pastoreio garante a subsistência de muitas famílias, é adaptado ao clima seco do Sertão — os animais, sobretudo cabras e bodes, resistem à estiagem e se alimentam com os recursos que a Caatinga oferece.

2 Não, pois a manutenção de tal uso é uma maneira de garantir a sobrevivência das famílias.

Outras rotas – Parque Nacional Serra da Capivara p. 165

1 As características que mais influenciaram a criação do Parque Nacional Serra da Capivara são culturais (sítios arqueológicos), ambientais (fauna e flora específicas) e turísticas (pontos privilegiados de observação).

2 Porque ele abriga os mais antigos vestígios arqueológicos da presença humana nas Américas, como pinturas e gravuras rupestres, permitindo, por meio de estudos lá realizados, conhecer a vida de nossos ancestrais e o meio ambiente em que viviam, proporcionando conhecer seu legado como aprendizado para os dias atuais. Daí a sua importância não somente para a arqueologia, mas para a humanidade.

3 Depende da localidade onde o aluno vive. É interessante realizar uma pesquisa sobre o assunto. Caso não haja nenhum sítio arqueológico nas proximidades, pode-se pesquisar sobre outros

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sítios brasileiros, como: Sítio Arqueológico Parque Nacional do Catimbau (PE); Sítios Arqueológicos de Inhazinha e Rodrigues Furtado (MG); Sítio Arqueológico de Mangueiros (RN); Sítio Arqueológico Lapa Vermelha (MG); Parque Arqueológico do Solstício (AP); Sítio Arqueológico Pedra Pintada (RR); Sítio Arqueológico São João Batista (RS); Sítio Arqueológico do Lajedo de Soledade (RN).

Percurso 20 — O Meio-Norte

Solicite aos alunos que localizem a sub-região Meio-Norte e o clima que prevalece nessa sub-região, nas figuras 4, “Região Nordeste: zonas ou sub-regiões naturais”, na página 144, e 6, “Região Nordeste: clima”, na página 145, respectivamente. Trabalhe os aspectos naturais e a construção do espaço no Meio-Norte. Destaque os aspectos econômicos e ressalte o papel do extrativismo e da agropecuária nessa região. Proceda à leitura do mapa da figura 36, na página 170, e ressalte a importância que terá a Ferrovia Norte-Sul em relação à integração regional e econômica.

Lembre os alunos de que a ferrovia, principalmente no transporte de carga, é mais econômica que a rodovia. A ferrovia possibilita, com a mesma quantidade de combustível, o transporte do quádruplo de carga que na rodovia (na hidrovia, essa relação é de aproximadamente 18 vezes).

A seção Mochila de ferramentas “Elaboração de mural”, na página 171, é um grande recurso para a educação geográfica, consolidando o aprendizado e permitindo o desenvolvimento de competências e habilidades. Assim, merece toda a atenção e exploração conjunta professor-alunos.



Respostas e orientações das atividades

Mochila de ferramentas – Elaboração de mural p. 171

1 Para compor e confeccionar um mural, recursos visuais como ilustrações, fotos, mapas e textos podem ser fixados em suportes como placa de EVA, isopor, cartolina e cortiça.

2 Resposta pessoal. Estimule os alunos a confeccionar um quadro mural, obedecendo à temática por eles escolhida.

Atividades dos percursos 19 e 20 p. 172 e 173

1 a) A afirmativa III é correta. A incorreção da afirmativa I é que o Sertão não é a segunda maior sub-região do Nordeste, e sim a maior; a da afirmativa II é que o Rio São Francisco não seca mesmo nos períodos de longas estiagens (sua nascente e os afluentes da margem esquerda situam-se em áreas bem regadas pelas chuvas, razão pela qual não seca, apesar da grande evaporação de suas águas quando atravessa o Sertão).

b) As afirmativas I e III são corretas. A incorreção da afirmativa II é que a cidade de São Luís localiza-se na Ilha de São Luís, na baía de São Marcos, e não no delta do Rio Parnaíba, onde está a cidade de Parnaíba (PI); a da afirmativa IV é que no Meio-Norte são quatro tipos de vegetação: a Floresta Amazônica, o Cerrado, a Caatinga e a Mata dos Cocais.



2 A fundação da cidade de São Luís em 1612 pelos franceses, a sua expulsão pelos portugueses e luso-brasileiros, o plantio de cana-de-açúcar e a produção de açúcar nas suas imediações pelos colonos portugueses; o povoamento inicial do Piauí realizado do interior para o litoral pelos vaqueiros vindos dos currais do Rio São Francisco; as expedições de apresamento de indígenas que favoreceram o surgimento de povoados e os aldeamentos indígenas promovidos por congregações religiosas.

3 A seca no Sertão contribui para as migrações dessa região para as demais do Brasil, mas não é a única causa. A condição de pobreza em que vive uma parcela de sua população e a falta de oportunidades de empregos são as principais causas. Chamamos a atenção para a saída de migrantes do Nordeste, que também ocorre das sub-regiões da Zona da Mata e do Agreste.

4 a) O clima predominante no oeste baiano é o semiúmido, com 4 a 5 meses secos.

b) A porção oeste do território baiano está localizada a oeste do Rio São Francisco e é



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uma área irrigada por rios perenes.



5 a) Ao Sertão, pois o quadro retrata os retirantes que migravam em razão da seca e da extrema pobreza.

b) As vestes rasgadas que não cobrem todo o corpo e o calçado inexistente. Os familiares são magros e, onde não há vestes, os ossos estão à mostra. As crianças têm um aspecto doentio, e os adultos, uma aparência de cansaço e grande sofrimento.

c) A mudança ou retirada. A busca por melhores condições de vida em outro lugar.

6 Petrolina localiza-se no Sertão, e Propriá, na Zona da Mata. Tomando por base a precipitação, observa-se que em Petrolina, além de o período seco ser prolongado, as médias pluviométricas são inferiores a 600 mm anuais, características do clima tropical semiárido. Propriá apresenta médias pluviométricas em torno de 1.100 mm anuais e chuvas que se concentram no período entre abril e julho, característica do clima litorâneo úmido.

7 a) Curral eleitoral corresponde à localidade onde o chefe político tem grande influência sobre os eleitores, angariando os seus votos através de festas, premiações e rígida vigilância dos cabos eleitorais. O voto de cabresto é aquele em que o eleitor, influenciado por um chefe político ou cabo eleitoral, vota sem saber exatamente em quem vota ou por que vota.

O “Glossário eleitoral brasileiro”, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pode ser apresentado aos alunos. Disponível em: . Acesso em: 4 dez. 2014.

b) Esta é uma oportunidade para trabalhar com a classe, informando que a pobreza que atinge grande parte da população nordestina, a falta de perspectivas de melhores condições de vida (em função da desigualdade social e do auxílio pouco presente do Estado nas regiões mais atingidas pela seca) e a dificuldade de acesso à educação facilitam a ação desses chefes políticos. O controle oligárquico sobre a população e o desvio das verbas federais que poderiam amenizar os problemas da região (a chamada “indústria da seca”) beneficiam uma minoria em detrimento da maioria.

A partir da década de 1990, há um movimento de retorno da migração nordestina, motivado pelo crescimento econômico da Região Nordeste e pelos programas de transferência de renda, conforme estudado no Percurso 6.



8 a) Muitos produtos são obtidos a partir das partes do babaçu, como cera, fibras, frutos, estruturas para a construção, adubo, óleo comestível, óleo combustível, sabão e outros.

b) Estimativas não oficiais indicam que mais de 300 mil extrativistas sobrevivem dessa atividade no Brasil. Atualmente, alguns movimentos que representam os interesses das quebradeiras de coco trabalham para que entre em vigor a Lei do Babaçu Livre, que regula a sua exploração e o seu manejo sustentável em benefício das comunidades tradicionais.



Desembarque em outras linguagens – Graciliano Ramos: Geografia e Literatura p. 174 e 175

Esta seção enriquece o aprendizado ao estabelecer a interdisciplinaridade e, principalmente, ao trazer à educação geográfica o olhar do escritor Graciliano Ramos sobre o Sertão. Auxilie os alunos a interpretar os textos, linha do tempo e figuras da seção, sempre procurando estabelecer relação com as características naturais dessa sub-região. Da mesma maneira, as questões propostas merecem discussão e, se possível, devem ser trazidas para a realidade vivencial dos alunos.



1 A originalidade, o apuro e a concisão.

2 A expressão “planície avermelhada” remete à forte insolação do Sertão nordestino.

3 Temas como a solidão, o sofrimento, o desejo e a esperança são abordados na referida obra.

4 Espera-se que o aluno concorde com a ideia de que a obra permanece atual, uma vez que vários problemas regionais nela apontados, como seca e miséria, persistem no cotidiano de muitos nordestinos, sobretudo da população sertaneja. Além disso, ela trata de temas universais, como a solidão, o sofrimento, a esperança e o desejo. Vale lembrar aos alunos a questão da “indústria da seca”. No entanto, é importante ressaltar que

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a realidade da Região Nordeste tem melhorado e algumas medidas para o combate à seca têm sido tomadas, mesmo que questionáveis, como a transposição do Rio São Francisco.



5 É interessante trabalhar essa atividade com o(a) professor(a) de Língua Portuguesa, uma vez que, ao conhecer os elementos da narrativa, os alunos poderão compreender a contribuição de Graciliano Ramos à escrita e à literatura. É oportuno trabalhar a concisão com os alunos, além de reforçar o que é regionalismo e universalismo.

Sugestão de leitura para o professor

O texto a seguir trata sobre a importância dos gêneros literários nas aulas de Geografia. Ele poderá auxiliar o seu trabalho com a seção Desembarque em outras linguagens dessa unidade sobre Graciliano Ramos e a sua obra literária (páginas 174 e 175).

A importância da esfera literária na área de Geografia

“No ensino de Geografia, o mais comum é utilizar textos das esferas escolar e jornalística. A esfera literária aparece raras vezes, em trabalhos com poemas ou canções, provavelmente os gêneros dessa esfera mais frequentes nas aulas da disciplina.

É importante lembrar, contudo, que a escola é o ambiente propício para que os alunos tenham contato com as distintas esferas e seus respectivos gêneros de texto e que, assim, quanto mais o professor diversificar sua utilização, mais estará desenvolvendo a competência leitora e escritora dos estudantes, auxiliando-os na aprendizagem dos conteúdos das diferentes áreas do conhecimento, entre elas a de Geografia. As contribuições que a utilização da esfera literária pode trazer para a área de Geografia são imensas.

Sabe-se que a aprendizagem é facilitada quando o aluno se sente atraído pelo assunto estudado, ou seja, quando o conteúdo é significativo e, de alguma forma, desperta sua atenção. A esfera literária pode contribuir para isso, porque, diferentemente das demais esferas, que trabalham sobretudo com a racionalidade, ela trabalha também com a sensibilidade, com a emoção. E são esses elementos, entre outros, que permeiam o universo dos poemas, contos e romances, cujas personagens vivenciam conflitos que revelam aspectos da realidade em distintos temas, em variadas paisagens etc. Como afirma o geógrafo Carlos Augusto Monteiro (2002, p. 47)33:

Mesmo para um país onde os índices daqueles que podem fruir da Literatura é reduzido, não se pode admitir que os trabalhos geográficos — acadêmicos, técnicos ou tecnocráticos — com seus cartogramas, gráficos e tabelas estatísticas possam sensibilizar a sociedade mais do que as obras literárias’.

Portanto, não podemos abrir mão desse importante recurso para também ensinar Geografia em nossas escolas.

Referências a respeito da relação entre Geografia e literatura indicam também outros aspectos, como:

a) melhor apreensão da realidade do tempo-espaço, pois os autores descrevem, por meio de suas personagens, cenas do cotidiano em um tempo e espaço específicos;

b) descrições das paisagens mais interessantes, pois muitas vezes estas são feitas de forma poética, criativa e sensível;

c) grande diversidade de temas e problemáticas em canções, poemas, literatura de cordel etc., sensibilizando o aluno, por exemplo, para as questões socioeconômicas e ambientais.

São diversas as conexões entre os gêneros literários e os conteúdos geográficos. Não é necessário, porém, trabalhar com a totalidade

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da obra; basta selecionar trechos significativos que apresentem relação mais específica com o conteúdo geográfico focalizado.

A principal habilidade que o professor precisa desenvolver para utilizar a esfera literária com seus alunos é, justamente, conhecê-la. Ler diferentes obras e participar de atividades culturais é importante para que ele adquira segurança em trabalhar com essa esfera em suas aulas. Como o tempo disponível e o custo do livro muitas vezes dificultam o acesso à literatura, o professor não pode ignorar o rico acervo das salas de leitura, que lhe permite usufruir, sem nenhum custo, obras de importantes escritores nacionais e estrangeiros. Deixar entrar os textos da esfera literária nas aulas de Geografia possibilita, assim, ampliar os horizontes culturais e geográficos, tanto os do professor quanto os dos alunos. [...]”

São Paulo (SP). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Referencial de expectativas para o desenvolvimento da competência leitora e escritora no ciclo II: caderno de orientação didática de Geografia. São Paulo: SME/DOT, 2006. p. 39-40. Disponível em:


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