Português 8º ano



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Página 138

ATIVIDADES GLOBAIS

REFLEXÃO LINGUÍSTICA

Responda sempre no caderno.

1. Leia a tira.

Fig. 1 (p. 138)

Bill Watterson. O Estado de S. Paulo, 27 jan. 2001.

Calvin & Hobbes, Bill Watterson. © 1992 Watterson/Dist. by Atlantic Syndication/Universal Press Syndicate

Q1: ESSE NOTICIÁRIO NÃO É INFORMATIVO

Q2: ISSO NÃO PASSA DE SENSACIONALISMO BARATO!

Q3: ... E EU ADORO!

a) Considerando o que foi discutido sobre os verbetes de enciclopédia e as informações que eles transmitem, como deve ser um noticiário para que ele possa ser considerado informativo?

b) O que significa o termo sensacionalismo no contexto da tira?

c) Classifique sintaticamente o termo barato.

2. Leia o texto a seguir.

Uma estranheza familiar

Angola. O que descreveram pouco se assemelhava ao que via. A curiosidade colava a minha cara ao vidro, o meu corpo transpirava e o pó que pairava no ar entranhava-se na pele. Entrei no último andar de um prédio castigado pelas guerras. Não havia luz. Não havia água. A escassez de recursos do país não me assustava, porém. Estava ali porque queria. Numa questão de horas, comecei a perceber que Angola não dá para descrever. Tem de se sentir. […]

Cristina Pereira. Útil – Jornal Universitário Nacional, p. 20, 1º out. 2007.

a) Considerando o trecho, incluindo o seu título, localize e copie dois substantivos abstratos que se originaram de adjetivos.

b) De que adjetivos eles vieram?

3. Leia esta tira da Mafalda.

Fig. 2 (p. 138)

Mafalda, de Quino.

Joaquín Salvador Lavado (QUINO) Toda Mafalda – Martins Fontes, 1991

Q1: VOCÊ JÁ VIU O FARDO DE PROBLEMAS DESTE MUNDO, FILIPE?… HM, NÃO SEI, NÃO… TENHO A IMPRESSÃO DE QUE OS ADULTOS ANDAM COM VONTADE

Q2: VONTADE? VONTADE DE QUÊ?

Q3: MMMMMM

Q4: DE DEIXAR O FARDO DE HERANÇA PARA AS GERAÇÕES MAIS JOVENS!

a) Nessa tira, Mafalda se queixa a Filipe sobre o fardo de problemas deste mundo. Qual a relação entre a atitude do pai de Mafalda e a fala dela no último quadrinho?

b) O que a frase de Filipe, “Vontade de quê?”, indica-nos sobre a transitividade do substantivo vontade?

c) Que função cumpre a expressão para as gerações mais jovens quanto ao verbo deixar?

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O QUE VOCÊ APRENDEU NESTE CAPÍTULO

Verbete de enciclopédia

• Gênero expositivo cujo objetivo é explicar um assunto ao leitor.

• Apresenta-se em duas modalidades: impressa, em formato livro, e digital, em sites da internet.

• Pode apresentar estrutura de matriz, em que se comparam dois ou mais elementos em relação a alguns itens.

• Costuma ter linguagem simples, para facilitar o entendimento pelo público leigo.

• É um texto, em geral, breve, claro e objetivo, constituído de orações na ordem direta e verbos no presente do indicativo.

• Na enciclopédia impressa, há notas de rodapé ou de fim de texto e boxes explicativos, ambos acrescentam ou esclarecem expressões ou palavras relevantes e que têm ligação com o tema do verbete.

• Na enciclopédia digital, há hiperlinks que direcionam o leitor para outra parte do próprio documento ou até para outro verbete.



Complemento nominal

• Termo que completa a significação de certos substantivos, adjetivos e advérbios que apresentam transitividade.

• É sempre introduzido por preposição.

• Pode ser usado para resumir uma informação dada anteriormente.

Diferença com o objeto indireto: o objeto completa o sentido de um verbo, em vez de completar o sentido de um substantivo, adjetivo ou advérbio.

Diferença com o adjunto adnominal: se o termo ligado ao substantivo por preposição pratica a ação expressa por ele, trata-se de adjunto adnominal. Se o termo ligado ao substantivo por preposição recebe a ação expressa por ele, trata-se de complemento nominal.



Empregos do s e do z

Uso da terminação -ez/-eza: em substantivos abstratos que se originam de adjetivos e que exprimem qualidade, propriedade, modo de ser, estado ou condição.

Uso da terminação -ês/-esa: em adjetivos gentílicos (que indicam povo, origem) e títulos de nobreza.

Autoavaliação

Para fazer a autoavaliação, releia o quadro O que você aprendeu neste capítulo.

• . Dos assuntos tratados neste capítulo, qual você achou mais interessante? Por quê?

• . Você elaborou um verbete de enciclopédia impressa e um de enciclopédia digital. Qual deles você teve mais facilidade para produzir? Por quê?

• . A linguagem dos textos produzidos por você estava adequada ao público leitor?

• . Você já conhecia o gênero estudado neste capítulo? O estudo despertou em você maior interesse pela modalidade impressa ou pela digital?

• . Ficaram claros para você os conceitos de complemento nominal e de transitividade de substantivos, adjetivos e advérbios?

Página 140

ORALIDADE

Seminário

Tanto a exposição oral quanto o seminário são gêneros orais muito presentes na vida escolar, até mesmo nos cursos superiores. Na exposição oral, o aluno ou o grupo expõe aos colegas informações sobre um assunto. No seminário, além dessa exposição, há, no final, um debate, uma troca de ideias entre os expositores e a classe acerca do que foi exposto. Converse com os colegas e o professor.

• Você já fez exposições orais ou seminários? Se sim, sobre quais assuntos?

• Quem fala em público, mesmo que domine o assunto, pode ter algumas dúvidas: Como iniciar a fala? Como apresentar as informações de maneira interessante para a plateia? Como encerrar a exposição?

• Que obstáculos você já experimentou ao fazer uma exposição oral ou um seminário?

Produção de texto: seminário

O que você vai fazer

Nesta atividade, você vai realizar um seminário sobre um super-herói ou uma super-heroína das HQs ou do cinema. Para isso, siga as etapas indicadas. Combine com o professor a data em que o seminário será realizado e faça um planejamento do trabalho.



Fig. 1 (p. 140)

Mirella Spinelli/ID/BR



Seleção do tema e pesquisa

1. Forme um grupo com quatro colegas.

2. Escolham um super-herói ou uma super-heroína.

3. Procurem informações sobre a personagem selecionada na internet, em revistas e livros especializados ou em enciclopédias. Todos os alunos do grupo devem realizar a pesquisa. Depois, as informações mais significativas devem ser selecionadas. Veja algumas sugestões de tópicos para a pesquisa.

• Quando, por quem e em que país a personagem foi criada?

• Qual era o contexto histórico na época, ou seja, quais foram os acontecimentos políticos e sociais mais marcantes do período?

• Quais são as características físicas e psicológicas da personagem? Que poderes não humanos ela tem e como os adquiriu?

• Em quantas e quais obras essa personagem aparece?

• Quais são suas aventuras mais famosas? Quem são seus inimigos?



4. Pensem no público-alvo de seu seminário: O que os colegas, provavelmente, já sabem? O que desejariam saber? Que informações lhes seriam enriquecedoras?

5. Registrem a fonte das informações: nome da publicação, editora, cidade em que foi editado, data de edição, número da página e autor, se houver. No caso de sites, anotem o endereço completo e a data de acesso.

6. Coletem imagens e objetos para apresentar durante a exposição: fotografias, pôsteres, cartuns, HQs, fantasias, etc. Se a escola oferecer condições, produzam transparências para retroprojetor ou preparem uma apresentação para multimídia. Caso tenham escolhido uma personagem do cinema, providenciem DVDs para, se possível, exibir aos colegas alguns trechos de filmes.

Fig. 2 (p. 140)

Mirella Spinelli/ID/BR

SUPER

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Preparação da apresentação

1. Organizem e anotem em uma ficha as partes da exposição. Sugestão de roteiro:

a) Apresentação do grupo, do tema e do objetivo do seminário.

b) Informações sobre o criador do super-herói ou da super-heroína e sobre o contexto histórico no momento de sua criação.

c) Características e poderes do super-herói ou da super-heroína.

d) Obras em que ele(a) aparece e curiosidades.

e) Recapitulação das principais informações e conclusão.



2. Uma exposição oral não é uma simples leitura em voz alta. Será preciso que cada um de vocês estude sua fala com antecedência, preparando uma folha com palavras-chave, datas, nomes, citações, etc., para ter em mãos no momento da exposição.

3. Recursos para assegurar uma boa exposição.

• Ao longo da exposição, dirijam-se diretamente à plateia algumas vezes, fazendo perguntas como “Vocês sabiam que...?”, “Vocês conhecem...?”, “Por que será que...?”.

• Identifiquem, já na preparação da fala, palavras ou conceitos que os colegas podem desconhecer; na exposição, deem as explicações necessárias.

• Falem em um tom de voz audível e estabeleçam contato visual com a plateia. Se perceberem que a informação não foi entendida, reapresentem-na de outra forma.

• Explorem o material audiovisual; usem-no para complementar as informações e atrair a atenção dos colegas, caso fiquem dispersos.

• Ao falar, mantenham o corpo ereto, isso facilita a respiração, que pode ficar acelerada em virtude da pouca experiência de falar para um público.



O debate

1. Após a parte expositiva, esclareçam as dúvidas dos colegas e proponham questões para serem debatidas por todos. Observem estas possibilidades de perguntas.

• De que maneira o super-herói ou a super-heroína apresentado(a) pelo grupo reflete a época em que foi criado(a)?

• Se tivesse sido criada hoje, no Brasil, a personagem sobre a qual o grupo falou, provavelmente ela teria os mesmos poderes ou outros?

• As dificuldades reais que as pessoas enfrentam em certa época e em certa sociedade são representadas pelos super-heróis criados pela ficção? De que forma?

• Por que é tão raro haver super-heroínas? O papel das mulheres nas histórias de super-heróis reflete a situação das mulheres na nossa sociedade?

• O que diferencia um herói de um super-herói?



2. Terminado o tempo estabelecido para o debate, encerrem-no sintetizando as principais opiniões manifestadas e agradecendo a participação de todos.

Avaliação

Seguindo a orientação do professor, participe de uma avaliação coletiva dos seminários, de acordo com os critérios abaixo:

• Quais foram as maiores dificuldades percebidas pelos expositores? O que pode ser feito para que elas sejam contornadas em uma próxima apresentação?

• Que grupos conseguiram ter a maior atenção da classe?

• Que recursos bem-sucedidos esses grupos empregaram?

Página 142

CAPÍTULO 5 - Texto dramático

CONVERSE COM OS COLEGAS

1. Que elementos podemos identificar na imagem ao lado?

Fig. 1 (p. 142)

Espetáculo O Fantasma da Ópera, encenado por um grupo teatral de Taipé, China. Fotografia de 2014.

Wu Ching-teng/Xinhua/AFP

2. A presença desses elementos sugere que tipo de espaço?

3. Em que posição o observador da imagem está em relação à cena que vê?

4. Que tipo de atmosfera o cenário, a caracterização das personagens e a iluminação do palco sugerem?

5. Que tipo de espetáculo se supõe que está sendo representado?

6. Imagine que você vá assistir a um espetáculo em um espaço semelhante ao apresentado na imagem ao lado.

a) A que tipo de espetáculo você gostaria de assistir: comédia ou tragédia?

b) Quais seriam as personagens desse espetáculo?

7. Você já teve oportunidade de assistir a uma peça em um teatro?

8. Que outros locais podem abrigar um espetáculo teatral?

Na Grécia Antiga, o teatro enlaçava atores e público em um pacto de cumplicidade, produzindo um estreitamento entre os limites da realidade e os da ficção, possibilitando que, pela arte da representação, os espectadores experimentassem uma enorme gama de sentimentos. Desde então, as artes cênicas vêm sendo usadas para divertir, emocionar, denunciar algo e provocar reflexão. Neste capítulo, serão estudadas as principais características do texto dramático, aquele que estrutura todo o espetáculo teatral.



Página 143

O QUE VOCÊ VAI APRENDER

• Características principais do texto dramático


Elementos do texto dramático
Vozes verbais e agente da passiva
Grafia de verbos abundantes

Página 144

LEITURA 1

Texto dramático

O que você vai ler

Fig. 1 (p. 144)

Dias Gomes (1922-1999), dramaturgo baiano. Fotografia de 1997.

Patrícia Santos/Folhapress

O texto que você vai ler faz parte da peça O pagador de promessas, escrita pelo dramaturgo baiano Dias Gomes. Encenada pela primeira vez em 1960, essa peça conta a história de Zé-do-Burro, roceiro do interior da Bahia que faz uma promessa: caminhar sessenta léguas com uma grande cruz nas costas até a igreja de Santa Bárbara, em Salvador, caso conseguisse uma graça. A persistência de Zé-do-Burro em cumprir a sua promessa atrai a atenção do povo. Da interação entre as personagens, surge o tratamento de um assunto universal: o drama do ser humano diante da tirania e da incompreensão.

A peça está dividida em três atos. Toda a ação acontece em um só dia (o dia de Santa Bárbara) e em um só local (a praça em frente à igreja). O trecho a seguir faz parte do segundo quadro do primeiro ato. Zé-do-Burro chegou de madrugada e está adormecido, esperando a porta da igreja se abrir para conversar com o padre.



O pagador de promessas

Personagens: Zé-do-Burro, Beata, Padre, Sacristão

Local: Salvador

Época: Atual

Primeiro ato

Segundo quadro

[...] Um ou outro buzinar, foguetes estouram saudando Iansã, a Santa Bárbara nagô, e o sino da igreja começa a chamar para a missa das seis. Mas nada disso acorda Zé-do-Burro. Entra, pela ladeira, a Beata. [...] Passa por Zé-do-Burro e a cruz sem notá-los. Para diante da escada e resmunga.

BEATA – Porta fechada. É sempre assim. A gente corre, com medo de chegar atrasada, e quando chega aqui a porta está fechada. […] (Para de resmungar ao ver a cruz. [...] Sua expressão é da maior estranheza). Virgem Santíssima!



Neste momento abre-se a porta da igreja e surge o Sacristão. […]

BEATA – [...] (Aponta para a cruz.) Que é isso?

SACRISTÃO – Isso o quê?

BEATA – Está vendo não? Uma cruz enorme no meio da praça…

SACRISTÃO – (Apura a vista.) Ah, sim… agora percebo… É uma cruz de madeira… e parece que há um homem dormindo junto dela.

[…]


O Sacristão aproxima-se de Zé-do-Burro, curioso. []

ZÉ – (Desperta.) Oh, já é dia… []

(Levanta-se com dificuldade, os músculos adormecidos e doloridos.)

[...]


Padre Olavo surge na porta da igreja.

SACRISTÃO – (Como se tivesse sido surpreendido em falta.) Padre Olavo!...

ZÉ – Preciso falar com ele.

[...]


Fig. 2 (p. 144)

Marcos Guilherme/ID/BR



Página 145

ZÉ – (Adianta-se.) Sou eu, padre. (Inclina-se, respeitoso, e beija-lhe a mão.)

PADRE – Agora está na hora da missa. Mais tarde, se quiser…

ZÉ – É que eu vim de muito longe, padre. Andei sessenta léguas.

PADRE – Sessenta léguas? Para falar comigo?

ZÉ – Não, pra trazer esta cruz.

PADRE – (Olha a cruz, detidamente.) E como a trouxe, num caminhão?

ZÉ – Não, padre, nas costas.

SACRISTÃO – (Expandindo infantilmente a sua admiração.) Menino!

[…]


PADRE – […] Promessa?

ZÉ – ( Balança afirmativamente a cabeça.) Pra Santa Bárbara. Estava esperando abrir a igreja…

SACRISTÃO – Deve ter recebido dela uma graça muito grande! […]

ZÉ – Graças a Santa Bárbara a morte não levou o meu melhor amigo. […] Quando Nicolau adoeceu, o senhor não calcula como eu fiquei.

PADRE – Foi por causa desse… Nicolau que você fez a promessa?

ZÉ – Foi. Nicolau foi ferido, seu padre, por uma árvore que caiu, num dia de tempestade.

SACRISTÃO – Santa Bárbara! A árvore caiu em cima dele?!

ZÉ – Só um galho, que bateu de raspão na cabeça. Ele chegou em casa escorrendo sangue de meter medo! […] Bem, o sangue estancou. Mas Nicolau começou a tremer de febre e no dia seguinte aconteceu uma coisa que nunca tinha acontecido: eu saí de casa e Nicolau ficou. Não pôde se levantar. Foi a primeira vez que isso aconteceu, em seis anos: eu saí, fui fazer compras na cidade, entrei no Bar do Jacob pra tomar uma cachacinha, passei na farmácia do seu Zequinha pra saber das novidades – tudo isso sem Nicolau. Todo mundo reparou, porque quem quisesse saber onde eu estava, era só procurar Nicolau. Se eu ia na missa, ele ficava esperando na porta da igreja…

PADRE – Na porta? Por que ele não entrava? Não é católico?

ZÉ – Tendo uma alma tão boa, Nicolau não pode deixar de ser católico. Mas não é por isso que ele não entra na igreja. É porque o vigário não deixa. (Com grande tristeza.) Nicolau teve o azar de nascer burro, de quatro patas.

PADRE – Burro?! Então esse… que você chama de Nicolau é um burro? Um animal?!

ZÉ – Meu burro, sim senhor.

PADRE – E foi por ele, por um burro, que fez essa promessa?

ZÉ – Foi. É bem verdade que eu não sabia que era tão difícil achar uma igreja de Santa Bárbara, que ia precisar andar sessenta léguas pra encontrar uma, aqui na Bahia.

Dias Gomes. O pagador de promessas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006. p. 51-61.

Acervo PNBE

GLOSSÁRIO
Légua: antiga medida de distância que equivale, no Brasil, a 6,6 km.
Nagô: relativo ao povo que fala a língua africana iorubá.
Sacristão: aquele que auxilia o padre na missa e toma conta da igreja, em especial dos objetos utilizados nas celebrações religiosas.

Fig. 1 (p. 145)

Marcos Guilherme/ID/BR



Página 146

Estudo do texto

Responda sempre no caderno.

Para entender o texto

1. Você acabou de ler um texto dramático. No início, há algumas indicações cênicas que se destinam aos encenadores, aos atores e aos leitores.

a) Que tipo de informação é apresentada ao leitor?

b) Em que época se passa a história?

c) Quais são as personagens em cena?

d) Quem é a personagem principal dessa ação dramática? Onde e como ela está quando a cena começa?

ANOTE

A ação dramática é composta de uma sucessão de acontecimentos vividos pelas personagens. Ela mostra o andamento dos fatos desde o início da trama até o seu desenlace.



2. Volte ao texto e releia o diálogo entre o Zé-do-Burro e o Padre.

a) No trecho lido, há um elemento de suspense que rodeia a história contada por Zé-do-Burro. Que elemento é esse?

b) O espectador também participa desse suspense? Explique.

c) A fala de Zé-do-Burro apresenta ambiguidades. Identifique os trechos em que ela está presente e explique como contribui para a existência do suspense na história.

d) Foi intenção de Zé-do-Burro criar esse suspense? Explique.

e) Como você imagina que o Padre reagirá depois de saber que a promessa foi feita para salvar a vida de um burro?



3. Nesse trecho de O pagador de promessas, Zé-do-Burro descreve de modo pitoresco seu cotidiano em uma pequena cidade do interior.

a) Quais são as ações habituais de Zé-do-Burro? Ele costuma fazê-las sozinho ou acompanhado?

b) Há uma fala de Zé-do-Burro que demonstra que a amizade entre ele e Nicolau era conhecida por todos da cidadezinha onde moravam. Reproduza essa fala.

c) Além de levar a ação dramática adiante, esses aspectos têm a função de retratar algo nesse texto. O que eles retratam?



Fig. 1 (p. 146)

Marcos Guilherme/ID/BR



Elementos do texto dramático

1. Observa-se no texto de O pagador de promessas que a história se passa diante do leitor/espectador.

a) Não há um narrador para contar a história. Como os fatos são apresentados ao leitor?

b) Como o leitor identifica a personagem que está falando?

Página 147

ANOTE

No texto dramático, não contamos com a presença de um narrador. O texto é construído pelas personagens e elas se expressam por meio de diálogos, monólogos e apartes.

Diálogo é a conversa entre duas ou mais personagens.

Monólogo é a fala de uma personagem sem a presença de um interlocutor.

Aparte é o comentário que a personagem faz diretamente para o público.

2. Em geral, o texto dramático é dividido em atos, quadros e cenas.

a) Em que parte da obra se situa o trecho que lemos de O pagador de promessas?

b) Levando em conta o contexto, o que você supõe que fora mostrado na parte anterior?

ANOTE

Ato é cada uma das partes em que se divide uma peça teatral e corresponde a um ciclo de ação completo. Um ato separa-se dos outros por um intervalo e é subdividido em quadros e cenas.

Quadro é uma das divisões da peça de teatro, menor que o ato. Costuma apresentar uma alteração de cenário ou de ambiente.

Cena é a menor divisão de uma peça de teatro.

3. Ao longo do texto aparecem indicações que não fazem parte da fala das personagens. Qual é a função dessas indicações?

4. Observe as indicações a seguir.

(Para de resmungar ao ver a cruz. [...])


(Levanta-se com dificuldade, os músculos adormecidos e doloridos.)
(Inclina-se, respeitoso, e beija-lhe a mão.)
(Expandindo infantilmente a sua admiração.)

a) Qual é a função das frases entre parênteses?

b) Quais são as palavras ou as expressões usadas que mostram o que os atores devem fazer em cena?

c) Quais são as palavras ou as expressões utilizadas que indicam como os atores devem realizar as ações deles?

d) A que classe gramatical pertencem as palavras usadas para indicar as ações e os modos dos atores?

ANOTE

O texto dramático é escrito não só para ser lido, mas também, e principalmente, para ser representado.

A fim de orientar a representação é que existem as rubricas. Elas indicam aos atores e ao diretor a expressão corporal, a entonação e a emoção das personagens durante a encenação. Além disso, trazem informações sobre a sonoplastia, a iluminação, o cenário e o figurino que devem ser utilizados no momento da encenação do texto dramático.

Relacionando

No texto ficcional, o narrador é um elemento de grande importância. No conto de terror “O retrato oval”, estudado no capítulo 1, por exemplo, o modo como o narrador relata os fatos é essencial para criar a atmosfera de suspense e de mistério.



Página 148

Responda sempre no caderno.

O contexto de produção

1. Leia o comentário sobre a obra de Dias Gomes, feito pelo professor Lauro Góes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Dias Gomes foi e é muito importante para a dramaturgia brasileira, pois sua obra tem uma unidade fundamental, que é o empenho na crítica dos valores nacionais, ou seja, a vontade de falar desse país, das mazelas e de suas peculiaridades. Essa era a mais notória característica de sua produção artística, e o que o aproximava do público.

[...]

Lauro Góes. Disponível em:


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