Português 8º ano



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. Acesso em: 22 maio 2015.
A dissertação disponível nesse link aborda contos de Lygia F. Telles e apresenta um resgate histórico da literatura fantástica (p. 16-38). O comentário sobre “A caçada” (p. 67-72) foca as transformações no tempo e no espaço.
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Depois de ler

• Pergunte aos alunos se suas expectativas de leitura – em razão do gênero e do título – se confirmaram.

• Solicite-lhes que indiquem os elementos de estranhamento que aparecem no texto e os efeitos que causam no leitor.

• Comente que, por meio dos elementos sensoriais observados, o leitor é envolvido no enredo e, dessa forma, compartilha dos gestos, das sensações e, consequentemente, da dúvida e da hesitação da personagem.

• Comente o foco narrativo utilizado e questione-os quanto a sua escolha. Mostre-lhes, retomando passagens do texto, que o uso da terceira pessoa permite ao narrador mostrar simultaneamente a visão da vendedora e a visão do cliente acerca do mesmo objeto, a velha tapeçaria.

• Solicite aos alunos que observem a diferença entre o olhar da vendedora e o olhar do cliente sobre a tapeçaria. Interesses divergentes podem ser a causa dessa visão diferente sobre o mesmo objeto. O homem, envolvido por suas sensações, observa a cena retratada, tentando compreender os movimentos e sentimentos dos caçadores e da caça. A vendedora preocupa-se com o estado do objeto e com aquilo que qualificaria ou desqualificaria seu valor venal.



Vale a pena destacar

• A tipologia do narrador de Norman Friedman baseia-se em perguntas sobre o narrador (quem conta a história? uma personagem? um narrador em ou pessoa?); sua posição em relação à história (por cima, na periferia, no centro, de frente ou variada?); os canais de informação utilizados (palavras, pensamentos, percepções e sentimentos do autor ou da personagem?); e a sua distância em relação à história (próximo, distante ou variada?). Definem-se, assim, pontos de vista narrativos, entre os quais os seguintes. O narrador onisciente intruso (3ª pessoa) coloca-se em qualquer posição e adota um ponto de vista para além dos limites de tempo e espaço, emitindo comentários e julgamentos sobre a vida, a moral, etc. e sobre as personagens. O narrador onisciente neutro diferencia-se dele pela ausência de intrusões, mas sua presença entre o leitor e a história é sempre evidente. O narrador-testemunha é interno à narrativa e observa os acontecimentos como personagem secundária. Já o narrador-protagonista é uma personagem central que narra de um centro fixo, limitado quase que exclusivamente a suas percepções, pensamentos e sentimentos (Leite, L. C. M. O foco narrativo. São Paulo: Ática, 1999).



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• Na questão 3b, comente que o narrador não se posiciona sobre a real condição da tapeçaria; ele apenas apresenta as impressões das duas personagens. A hesitação da narrativa baseia-se, justamente, nessa ambiguidade criada e não resolvida pelo narrador.

• Nas questões 5a e 5b, comente que, embora não seja possível ter certeza sobre o que cada personagem pensou naquele momento, as informações apresentadas sobre as personagens incitam o leitor a concluir que a mulher pensou no caminho dentro da loja e o homem, dentro do quadro.

• A indefinição, também nesse caso, é um elemento marcante. Alguns trechos podem, até, deixar uma dúvida sobre os pensamentos da mulher, como em “Encontrou a velha na porta da loja. Sorriu irônica”.

• Em 6b, explique que o elemento fantástico se constrói a partir da dúvida que o texto deixa no leitor. Cabe a ele acreditar ou não.

• Reforce as informações do boxe Anote. Pergunte aos alunos se eles acreditam que uma história como essa poderia realmente ter acontecido. Ao discutir as respostas, explique que, na narrativa fantástica, a verossimilhança é um elemento fundamental. O elemento de estranhamento deve parecer verossímil para o leitor e coerente na construção do enredo.



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• Na questão 1, é importante os alunos perceberem que o texto torna verossímil a ocorrência do sobrenatural dentro do mundo criado.

• Na questão 2a, ressalte que o narrador não apresenta os pensamentos da dona da loja, tampouco a verdade sobre o fato: se o caçador realmente esteve na caçada ou se apenas imaginou isso.

• Na questão 4a, mostre aos alunos a diferença entre a ação objetiva (que se pode ver e comprovar) do homem e aquilo que se passa apenas em seu mundo interior.

• Após comentar as respostas da questão 5, explore novamente a mistura das vozes do narrador e da personagem. Repita os procedimentos das questões 3a e 3b com os trechos indicados pelos alunos.

• Destaque o boxe Lembre-se e peça aos alunos que identifiquem exemplos de discurso direto e de discurso indireto no texto. Note a ausência de discurso indireto. Solicite aos alunos que transformem, oralmente, trechos de discurso direto e de discurso indireto livre em indireto simples e observem os efeitos de sentido que ocorrem em cada caso.



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• Na questão 6, a hesitação do homem diante dos fatos contribui para a verossimilhança.

• Em 1a de Comparação entre os textos, note a não utilização de nomes próprios. Na primeira história,
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o recurso evidencia uma sociedade não individualizada; na segunda, contribui para o sentimento de indefinição.

• Na questão 2, comente a importância do espaço na composição da narrativa.

• Sobre a questão 1 de Sua opinião, é mais comum que a ficção científica tenha essa finalidade, já que o mundo futuro, nesse caso, é um desdobramento do real. Porém, isso não impede que um conto fantástico também tenha esse papel.

• Na questão 2 de Sua opinião, retome com os alunos o conceito de verossimelhança.

Boxe de valores

Durante a discussão, é possível que os alunos se posicionem em duas vertentes: os que aceitam explicações científicas e os que admitem razões do sobrenatural, embasadas em crenças espirituais. Ao abordar o segundo tópico, peça que deem exemplos de situações em que o medo os atrapalhou ou ajudou. Comente que o medo, por um lado, indica que precisamos nos proteger, e por outro, restringe nossas ações e nos isola.



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Aquecimento

• A proposta da atividade tem como enfoque a descrição de um espaço para preparar o leitor para os eventos que poderiam se seguir na eventual narrativa. Essa descrição ajuda a compor a verossimilhança, pois o fato inóspito e extraordinário pode ganhar credibilidade e possibilidade quando o espaço compõe um ambiente coerente.

• Oriente os alunos a fazer da descrição um elemento indispensável à história que vão criar. Em seguida, peça a alguns alunos que leiam em voz alta os parágrafos que escreveram.

Proposta

• Deixe que os alunos observem, por alguns minutos, a pintura em silêncio.

• Em seguida, instigue-os com perguntas: Qual é o componente irreal desta imagem? O que há por trás do muro? E por trás das árvores? O que estaria acontecendo em cada um desses cômodos? Por que apenas duas janelas têm as luzes acesas? Essa é a fachada ou os fundos da casa? O que é este edifício? Há alguém dentro dele? O lago em frente é límpido? Calmo? Abriga peixes? O que há no último andar? Há algum som ao fundo? Pode-se sentir cheiros? Está frio ou calor?

• Os alunos devem procurar responder às questões com apontamentos pessoais ou mentalmente, sem compartilhar suas impressões com os colegas, neste momento. Esta etapa os ajudará a pensar em várias possibilidades para o enredo.



Atividades de ampliação

• Após realizar todas as etapas da produção de texto, apresente o pintor René Magritte (Bélgica, 1898-1967) para os alunos. A obra desse artista é marcada pelo inesperado, pelo absurdo. Suas pinturas combinam a técnica acadêmica tradicional com o fantástico, criando mundos impossíveis pautados não na ciência e na matemática – como faziam outros surrealistas – mas no mistério e na impossibilidade. Uma de suas obras mais representativas, a tela O império das luzes (reproduzida na página 64) possui dia e noite em uma só imagem.

• Visite com os alunos a galeria virtual do site da Fundação Magritte. Há seis salas, totalizando 18 telas. Deixe-os observar e comentar as obras. Site da Fundação Magritte: disponível em:


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