Português 8º ano



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. Acesso em: 26 maio 2015.
Esse site apresenta informações sobre Vinicius de Moraes: biografia, críticas literárias, resenhas, vídeos, músicas e toda sua produção literária em prosa e poesia. O internauta pode compor, publicar e enviar para os amigos uma antologia personalizada, com seus poemas preferidos.

Para assistir

Vinicius. Direção: Miguel Faria Jr. Brasil, 2005.


A montagem de um show é o ponto de partida para a reconstituição de uma trajetória sem paralelos no cenário cultural do país. A vida, os amigos, os amores de Vinicius de Moraes, autor de mais de 400 poesias e cerca de 400 letras de música. A essência criativa do artista e filósofo do cotidiano e as transformações do Rio de Janeiro através de raras imagens de arquivo, entrevistas e interpretação de muitos de seus clássicos.
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Vale a pena destacar

• As metáforas são empregadas não apenas em textos poéticos, mas também no discurso cotidiano. No português falado no Brasil, utilizam-se muitas metáforas alusivas ao esporte, como destaca o artigo “A vida como jogo” de uma edição da revista Língua portuguesa (São Paulo, Segmento, set. 2008): “Dentre todos os nossos referenciais lúdicos de metáforas, evidentemente, de longe é o futebol que ocupa o primeiríssimo lugar, sem competidor próximo. Para expressar situações de nossa vida profissional, empresarial, escolar, familiar, amorosa, etc. é a centenas de situações do futebol que recorremos. Se alguém tem o domínio de uma situação, ‘está com a bola toda’. Se a pessoa comete uma falha grosseira, ‘pisou na bola’; mas se teve um bom desempenho, ‘deu show de bola’”.

• Na questão 4b, chame a atenção dos alunos para a aparente oposição entre os termos da metáfora de “A rosa de Hiroshima”. A palavra rosa é associada à ideia de natureza e beleza; já bomba corresponde a um mecanismo artificial, de destruição. Essa oposição acentua a crítica pretendida pelo eu lírico.

• Outros exemplos de metáforas esportivas: (vôlei) levantar a bola = favorecer; (boxe) ir a nocaute = ser vencido; jogar a toalha = dar-se por vencido; jogo de cintura = adaptabilidade; (sinuca) bola da vez = centro das atenções; sinuca de bico = impasse; (turfe) páreo duro = dificuldade; (futebol) vestir a camisa = identificar-se com uma causa; pendurar a chuteira = aposentar-se; ganhar no tapetão = recorrer à lei para prevalecer sem razão; fazer o meio de campo = servir como intermediador.



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• Ao trabalhar o conteúdo do boxe Anote, destaque que a metonímia tem como fundamento a compreensão de que dois seres ou objetos guardam um ponto em comum, assim como a comparação e a metáfora. Contudo, enquanto na comparação e na metáfora a semelhança é subjetiva (gerada pela criatividade e invenção do poeta), na metonímia ela é objetiva, gerada pela relação lógica de proximidade existente entre a palavra substituta e a palavra substituída.

• Ao abordar a questão 6b, mostre aos alunos que o deslocamento da obra para a pessoa em nada dificulta a compreensão do texto.

• Durante a leitura do texto da questão 1, ajude os alunos a identificar os recursos poéticos que foram usados nesse trecho, tais como metáforas, rimas, repetições (anáforas). Destaque o uso de imagens poéticas em um texto em prosa.

• Esclareça que, muitas vezes, a prosa se aproxima da poesia, e vice-versa. Muitos autores escrevem versos que tentam reproduzir outros gêneros, como a notícia, a exemplo de Manuel Bandeira em “Poema tirado de uma notícia de jornal”. Ao mesmo tempo, há escritores que trazem para a prosa as características da poesia, como o faz Guimarães Rosa em toda sua obra e Vinicius de Moraes no trecho citado na questão 1.

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• É possível apresentar aos alunos poemas de Drummond sobre a guerra, por exemplo “Carta a Stalingrado” e “Telegrama de Moscou”.

• Se possível, para enfatizar a musicalidade do poema, gerada pelas rimas e assonâncias, apresente a versão musicada interpretada por Ney Matogrosso.

Boxe de valores

A vida nas metrópoles, as novas relações de trabalho, os novos modelos de família e a realidade das minorias são alguns dos temas recorrentes hoje na poesia. Apresente aos alunos o trabalho de alguns poetas contemporâneos brasileiros como Alice Sant’anna, Angélica Freitas, Antonio Cícero, Arnaldo Antunes, Carlito Azevedo, Eucanaã Ferraz, Felipe Nepomuceno, Ricardo Aleixo, entre outros.



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Aquecimento

• Antes de apresentar o Aquecimento, reveja com os alunos os conceitos de comparação, metáfora e metonímia.

• Esta atividade auxilia o aluno a exercitar um olhar associativo, para que se criem imagens novas e inusitadas. A criação poética possibilita jogos de sentidos que a linguagem referencial, comum a muitos gêneros, não costuma utilizar.

Proposta

• Peça aos alunos que observem as imagens e imaginem as situações retratadas. Que sentimentos e sensações elas despertam? Qual delas chama mais sua atenção? Por quê? Que palavras podem representá-las?

• Destaque a possibilidade de o gênero poema constituir também um texto de denúncia de problemas da sociedade. Por meio dos recursos poéticos, ele sensibiliza o leitor em prol de um argumento defendido pelo eu lírico.

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Planejamento e elaboração do texto

• Solicite aos alunos que observem as cenas de diferentes pontos de vista: como observadores ou personagens (a ave, as pessoas, o mar, a estrada de terra, o jumento). Isso pode aproximá-los do tema, despertando suas emoções.

• Durante a escrita sugira aos alunos que leiam para si mesmos o poema, tentando perceber o ritmo, as rimas e a repetição de sons.
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Avaliação e reescrita do texto

• Antes de propor a atividade de autoavaliação, retome as características do gênero tratadas anteriormente neste capítulo. Escreva no quadro de giz algumas palavras-chave (imagens, comparação, metáfora, metonímia, organização, rimas, repetições de palavras) e, com a ajuda dos alunos, sistematize os conceitos correspondentes.

• Nesta atividade, alerte os alunos quanto à responsabilidade de avaliar o texto do colega. Oriente-os a dar justificativas objetivas, sempre pautadas nas características do gênero.

• Além do painel, há outras possibilidades de suportes para exibição de poemas. Eles podem ser divulgados em um varal de poesia, ou em blogs, em que os alunos “postam” seus textos e recebem comentários dos colegas. Se os alunos tiverem construído um blog conforme sugestão dada na segunda produção de texto do capítulo 3 deste volume, podem publicar nesse espaço os poemas. Também podem ser organizadas sessões de declamação no pátio do colégio e a leitura de um poema por dia.



Atividades de ampliação

• Solicite aos alunos que escolham poemas para ler para os colegas e organize uma sessão de leitura. Estimule-os a realizar uma visita à biblioteca da escola ou do bairro. Eles podem também consultar livros que tenham em casa e sites da internet. Se necessário, disponibilize alguns livros para consulta em sala de aula. Sugira critérios para a seleção do poema, por exemplo: temático (temas que sejam de interesse do aluno); autoria (poetas representativos da literatura em língua portuguesa, antigos ou contemporâneos, poetas de quem os alunos gostam, outros poemas de poetas estudados no capítulo); linguagem (presença dos recursos poéticos estudados no capítulo).

• Se possível, para a realização das leituras dos poemas, leve os alunos a outros ambientes, como o jardim da escola, uma praça próxima, ou mesmo o pátio.

Sugestão para o professor

Para ler

GOLDSTEIN, N. S. Versos, sons, ritmos. São Paulo: Ática, 2007 (Série Princípios).
Essa obra aborda a análise do poema como um procedimento didático cujo ponto de chegada é a recuperação da unidade do texto poético, no momento da interpretação. A autora mostra as possibilidades de aprofundar a leitura do poema por meio dos recursos fônicos perceptíveis no texto: metrificação, rimas, versos, estrofes, ou seja, o ritmo criado pelo poeta.

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• Primeiramente, na atividade 1, peça aos alunos que leiam o poema de Adélia Prado, se possível em voz alta.

• Em seguida, para auxiliar os alunos a responder à questão 1b, proponha-lhes que releiam o poema sem o segundo e o quinto versos, para que percebam sua importância para os sentidos expressos pelo poema.

• Após apresentar o conceito de aposto, solicite aos alunos que deem exemplos de frases em que atribuam apostos a pessoas ou objetos de seu dia a dia. É possível que os apostos variem, destacando atributos positivos ou negativos dessas pessoas e objetos, dependendo do ponto de vista de cada um.



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Vale a pena destacar

• Convém lembrar que, no âmbito textual, o aposto pode ter o atributo de elemento coesivo, por fazer remissão (coesão referencial) a um termo que o antecede ou por substituí-lo. É o que ocorre com o seguinte par de orações: “Vinicius de Moraes, o poetinha, foi poeta, compositor e diplomata. Escreveu muitos sonetos e compôs letras célebres da Bossa Nova. O poetinha destacou-se também pela autoria da peça Orfeu da Conceição”. A palavra poetinha, aposto da primeira oração, faz referência a Vinicius de Moraes, atuando como sujeito da terceira oração.

• Ao abordar o primeiro boxe Anote, peça aos alunos que elaborem outras frases com exemplos de cada tipo de aposto apresentado.

• Destaque que, ao substituir um nome, o aposto muda de classificação sintática; o que se mantém é o sentido: “Vinicius de Moraes, o poetinha, escreveu um livro...” (aposto); “O poetinha escreveu um livro...” (sujeito).

• Esclareça aos alunos que a função de aposto é desempenhada sempre por um substantivo ou um termo equivalente, como é o caso de alguns pronomes (todo, isto, isso, etc.), ou expressões que tenham como informação central um substantivo, como em: “Joana, a amiga de Miguel, foi bem na prova”. Já o termo que funciona como adjunto adnominal, ao atribuir uma característica ao substantivo, equivale a um adjetivo.

• Apresente outros exemplos que ilustrem a diferença entre adjunto adnominal e aposto. Exemplos: “O trânsito de São Paulo é intenso” (adjunto adnominal, trânsito paulistano). “A cidade de São Paulo tem mais de 10 milhões de habitantes” (aposto, São Paulo, o nome da cidade).


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• Na atividade 1, leia para os alunos o título da tira (Hagar, o Horrível) e peça-lhes que identifiquem o aposto presente: “o Horrível”.

• Na questão 1e, oriente os alunos a criar um aposto para o príncipe Harold adequado ao contexto apresentado. Sugestão: príncipe Harold, o apertado.

• Na questão 1d, explique que o aposto especificativo, geralmente, não vem marcado por sinais. Ele é, com frequência, um substantivo próprio que individualiza um substantivo comum, prendendo-se a ele diretamente ou por meio de preposição.

• Na questão 2, ajude seus alunos a identificar, dentro do aposto, os três tipos de mar: “o mar mesmo”, “a maré” e “a marola”. Esclareça que não se trata de três apostos, mas de um só que enumera as três espécies de mar.

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• Na atividade 1, leia e observe com os alunos o anúncio, procurando associar a relação de sentidos entre a imagem e o texto.

• Destaque o fato de nele existir o princípio da concisão. A expressão em destaque — “Alerta água” — tem por finalidade transmitir um sentido mais amplo ao interlocutor, de maneira persuasiva e com o mínimo de palavras.

• Na questão 2, é possível que os alunos desconheçam o sentido metafórico da expressão “gota d’água”. Esclareça-os se necessário (evento ou circunstância que provoca uma série de acontecimentos).

• Ao abordar a questão 7, explique que, na primeira frase, “inodora, insípida e incolor” corresponde a aposto e, na segunda, a predicativo do sujeito.

• Lembre os alunos de que alguns dos recursos poéticos estudados também podem ser empregados na linguagem publicitária, especialmente metáforas, ambiguidades, trocadilhos e até jogos sonoros, entre outros. Nesse caso, eles têm como objetivo atrair a atenção do leitor ou do ouvinte.



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O gênero

O poema visual rompe com a estrutura composicional típica do gênero poético, organizada em versos e estrofes. Nele, há uma combinação de palavras com elementos icônicos, do verbal com o não verbal. O que está em jogo nesse tipo de poema é a dupla expressividade, que se forma por meio de palavras e imagens formadas a partir delas, instigando o leitor a construir sentidos e a conhecer outras possibilidades do gênero.

De acordo com Hugo Pontes (2007:20): “o poema visual caracteriza-se por valorizar a imagem como entidade universal. A palavra, no caso, é muito bem explorada e colocada, compondo um todo harmônico capaz de permitir ao ‘vleitor’ — aquele que lê e vê ou só vê — uma infinidade de leituras, de acordo com o nível do seu conhecimento, experiência de mundo, cultura e escolaridade”.

O autor

O mineiro Aníbal Monteiro Machado foi contista, ensaísta e professor. Tendo ido morar no Rio de Janeiro em 1923, sua casa se tornou um importante ponto de encontro cultural na cidade, tendo o crítico Raúl Antelo chegado a afirmar que ele representou, para o Rio de Janeiro, o que Mário de Andrade representou para São Paulo, tendo sido essencial para a efervescência cultural da cidade na época. Também escreveu para diversos jornais e trabalhou, ao lado de sua filha, a dramaturga Maria Clara Machado (1921-2001), com o grupo teatral amador O Tablado, que adaptou importantes peças teatrais de autores estrangeiros para o português.



O texto

O poema reproduzido, “Desastre no poema”, foi extraído do livro Cadernos de João, publicado em 1957. Nesse livro, Aníbal Machado publicou diversos textos de vários gêneros, dentre eles crônicas e poemas.



Antes de ler

• Solicite aos alunos uma discussão a partir da reflexão sobre o título do poema. É provável que as ideias fluam com mais facilidade durante a discussão. Peça a eles que se desafiem a compreender a relação existente entre o título “Desastre no poema” e a maneira como as palavras que constituem o poema estão dispostas.



Durante a leitura

• Peça aos alunos que leiam o conteúdo verbal e não verbal do poema. Proponha que estabeleçam relações entre esses dois conteúdos.



Depois de ler

• Retome os objetivos de leitura e verifique se foram ou não contemplados. Não tenha a preocupação de encerrar a discussão neste momento, já que a análise dos poemas ocorrerá posteriormente.

• Peça aos alunos que levantem aspectos observados por eles durante a leitura. Registre-os no quadro de giz e solicite a eles que façam o mesmo no caderno. Esse primeiro cotejo dos textos será fundamental para o estudo que será realizado a seguir.

Atividades de ampliação

• A leitura de poemas visuais exige ir além do que está verbalmente explícito. Para isso, apresente aos alunos outros poemas visuais em sala de aula, para que eles possam entrar em contato com mais exemplos desse tipo de construção poética.

• Se possível, solicite ao professor de Arte que também faça um estudo desse poema e de outros poemas visuais sob a ótica das artes visuais, a fim
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de que os alunos percebam que essas manifestações estão ligadas ao diálogo estabelecido entre Literatura e Arte.



Sugestão para o professor Para ler

• GOLDSTEIN, N. S. Poema e poesia. In: Versos, sons, ritmos. São Paulo: Ática, 2007 (Série Princípios).
A autora comenta nesse livro os conceitos relacionados à linguagem poética e destaca as características da poesia visual e da poesia concreta.

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• Na questão 1, a proposta de reescrever o poema de Aníbal Machado em versos visa trabalhar comparativamente com duas formas, de modo a evidenciar a organização textual dos poemas visuais, em que não há preocupação com versos e ritmos, mas, sim, com as imagens que se criam a partir do uso das palavras.

• Na questão 2, estabeleça uma relação entre a palavra desastre no título e a forma do poema, com o objetivo de mostrar aos alunos como o poeta transforma o significado da palavra em uma imagem. Isso ocorre tanto na estrutura macro como na estrutura micro da organização do texto em imagem.

• Na questão 3, enfoque como o trecho selecionado reproduz a lógica da estrutura macro. Descarrilhar é sair da linha reta. No trecho, o poeta cria um desenho dessa ação no espaço da página em branco e amplia o significado da palavra, pois o desvio do trilho ou a saída do bom caminho refere-se à construção do poema. O texto em questão não segue a estrutura convencional de um poema. Nesse sentido, o texto de Aníbal Machado é metalinguístico, ou seja, é a poesia sobre a própria poesia.

• Na questão 4, comente como a seleção das palavras contribui para a criação do efeito sonoro do poema. Esse efeito, por sua vez, está a serviço do conteúdo do poema. Ele intensifica a ideia de destruição.

• É importante que os alunos compreendam que o estudo do texto poético consiste em analisar as partes e em relacionar as partes pelo todo e o todo pelas partes. Ao trabalhar com o título e o arranjo textual do poema nas questões 1 e 2, busca-se entender o todo, com destaque para o nível formal. Já o nível semântico e sua relação com a forma do poema é o enfoque da questão 3, enquanto na questão 4 o nível fonético-fonológico é analisado para compreender o todo novamente. Ou seja, há sempre dois movimentos na leitura de um poema: de análise e de síntese, sendo que um depende do outro para o entendimento da relação entre forma e conteúdo.



Atividades de ampliação

• Apresente aos alunos o poema “Procura da poesia”, de Carlos Drummond de Andrade, e estabeleça uma comparação entre esse texto e o poema de Aníbal Machado. Ambos tratam do fazer poético, mas utilizam recursos expressivos bem distintos. Com esse trabalho, os alunos poderão compreender melhor os poemas metalinguísticos e a própria construção poética.



Sugestão para o professor

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