Queda e salvaçÃO



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Na lógica desse sistema filosófico está resolvida a contradição entre monismo e dualismo, dois fatos que existem, que é impossível suprimir e que, embora aparentemente inconciliáveis, é necessário pôr de acordo, porque de outra maneira fracassa o princípio fundamental que é o da unidade do Uno-Tudo-Deus.

Fomos assim observando esse sistema filosófico de todos os lados e tivemos de concluir que ele satisfaz todas as exigências da razão, tudo coordenando num quadro lógico, em que tudo encontra a sua explicação e justificação. Ele, simplesmente demonstrado, convence sem deixar como resíduo pontos obscuros que, por não ter sido equacionado o problema na forma certa, é necessário depois resolver à força com dogmas e mistérios. Esse sistema filosófico nos esclarece o significado de tudo o que nos cerca, até às suas razões mais profundas, satisfazendo o nosso instinto de justiça e desejo de felicidade, reconhecida como nosso direito, para a qual tudo progride. É um Sistema que, ao mesmo tempo que sacia o coração porque nos oferece uma grande esperança, nos dá de Deus um conceito que está longe das maldades de que o carrega o antropomorfismo, um conceito em que Deus fica verdadeiramente bom e grande, apesar de tantos erros e sofrimentos de que aos nossos olhos aparece como estando cheia a obra Dele.

Temos agora diante dos olhos todo o caminho do ser, saindo do Sistema, onde Deus o criou, e viajando até ao Anti-Sistema, de onde Deus o traz à salvação. Através do vir-a-ser involutivo e evolutivo, podemos agora seguir o roteiro que a cada um cabe percorrer até atingir o ponto final de sua trajetória. E quando conhecemos o problema maior nas suas linhas gerais, é possível orientar-nos em cada momento o ponto de nossa caminhada, é possível colocar no lugar que lhe cabe no quadro geral, cada fenômeno e movimento do ser e os fatos particulares de nossa vida. Eles assim, por pequenos que sejam, encontram a sua razão de ser, até à longínqua primeira origem das coisas. Só deste modo se poderá viver inteligentemente, compreendendo o sentido de tudo o que nos cerca e sabendo o que temos de fazer e por quê. É progresso, porque nos aproxima do estado orgânico do Sistema; é vantagem, porque nos reconduz à felicidade plena. Filosofia sadia, que quer ajudar, que admite o utilitarismo honesto do homem de bem, filosofia que vem ao nosso encontro para nos salvar, que nos mostra a ativa presença de Deus entre nós, de um Deus bom, que antes de tudo é nosso amigo e nos quer bem. Filosofia consoladora, que nos fala com a forma mental do Sistema que está no Alto, trazendo luz à forma mental do Anti-Sistema, para levantá-la a ele, até níveis de vida mais adiantados e felizes. Somos infelizes decaídos no caos, nas trevas, no mal, no sofrimento, na morte. Esta filosofia nos mostra que, apesar de tudo e com as aparências que nos deixam acreditar o contrário, nas profundidades do caos há ordem, nas trevas há luz, no mal há o bem; o sofrimento é um meio para se chegar à felicidade, e a morte serve para se ressuscitar numa vida sempre melhor. Assim vemos: além da injustiça domina a justiça, e acima da negatividade destruidora do Anti-Sistema está a positividade reconstrutora do Sistema de Deus. Que coisa diferente e quanto maior se torna a vida - quando a vivemos em profundidade, em contato com Deus, com o mais poderoso centro vital do universo!

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A parte mais interessante deste sistema filosófico é o seu aspecto prático, quando descemos ao terreno das suas conseqüências e aplicações nos casos concretos de nossa vida. Ê pelo fruto que se conhece a árvore, é neste terreno que se pode medir o valor da teoria, quando para controlar. a sua verdade a colocamos em contato direto com os fatos. Se ela nos orienta, explicando-nos o significado das coisas, por sua vez a realidade em que vivemos tem de concordar com a teoria até às últimas conseqüências práticas, tudo fundindo no mesmo sistema filosófico que, assim, embora baseando-se sobre os longínquos princípios abstratos do absoluto, pode ser vivido em todos os seus pormenores em nossa vida miúda de cada dia.

Isto é o que temos procurado fazer nós mesmos e de duas maneiras: 1) por mais de meio século na minha vida observando e controlando se os meus conhecimentos pessoais e os dos outros confirmavam a interpretação filosófica do universo oferecida por esta teoria; 2) racionalmente coordenando e logicamente controlando os frutos destas observações, para construir uma norma de conduta humana ou ética, não mais empírica, como as que estão vigorando, não mais fruto de desabafo de instintos em vez de conhecimento e de uma compreensão do problema, mas uma ética positiva, filha da lógica dos fatos, racionalmente demonstrada até à primeira fonte da qual deriva, apoiada sobre bases cósmicas que a justificam; moral biológica, resultado objetivo das leis da vida e não da vontade do legislador ou dos instintos das massas.

Este trabalho foi realizado em vários livros meus, sobretudo nos últimos quatro que se seguiram ao volume: O Sistema que até agora completa a exposição da teoria filosófica. Eles são: A Grande Batalha, Evolução e Evangelho, A Lei de Deus e o presente: Queda e Salvação.

Tudo isto nos autoriza a acreditar que este sistema filosófico não é fantasia, se os fatos o justificam e, quanto mais o controlamos, tanto mais vemos que ele corresponde à realidade. Por mais que se queira negar e não ver, estão aí para dar testemunho toda a minha vida, os acontecimentos da vida alheia e milhares de páginas escritas .

Fica valorizado o sistema filosófico, porque ele representa as premissas cósmicas racionais duma norma de vida humana, norma justificada porque acertada em função das origens e funcionamento do universo. O trabalho de construir um tal sistema não fica tão somente no terreno abstrato e teórico, não representa apenas a produção filosófica dum castelo de idéias, mas se dirige para a realização dum melhoramento nas duras condições da vida humana, demonstrando que elas são, em grande parte, devidas à nossa ignorância do caminho certo, ao longo do qual nos deveríamos movimentar. Neste caso o trabalho da construção filosófica não tem somente escopo e sentido intelectual, mas se santifica pelo seu objetivo: beneficiar o homem e, ao mesmo tempo, libertá-lo o mais rápido possível dos seus sofrimentos.


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