. Acesso em: 16 dez. 2014.
Vagner Coelho/ID/BR
SISTEMA SOLAR
1. Mercúrio
2. Vênus
3. Terra
4. Marte
5. Júpiter
6. Saturno
7. Urano
8. Netuno
1 2 3 4 5 6 7 8
Nota
Esquema em cores-fantasia e fora de proporção de tamanho e de distância entre os astros.
Plutão não é mais planeta
Fig. 2 (p. 68)
Plutão, descoberto em 1930, é um planeta-anão do Sistema Solar.
Denis Scott/Corbis/Latinstock
Até 2005, Plutão era tido como o nono planeta do Sistema Solar. Em 2006, porém, passou a ser considerado pela União Astronômica Internacional (UAI) um planeta-anão.
Para ser classificado como planeta, um corpo celeste deve orbitar uma estrela, apresentar forma aproximadamente esférica, ser o astro dominante em sua órbita e não ter luz própria.
Além de ser muito pequeno, Plutão não é o planeta dominante em sua órbita, que, em determinado momento, coincide com a de Netuno.
Página 69
A Lua: o satélite natural da Terra
Alguns planetas do Sistema Solar têm satélites naturais, que são corpos celestes que orbitam ao redor de um planeta. A Lua é o satélite natural da Terra e, assim como os planetas, não tem luz própria. É o reflexo da luz do Sol na sua superfície que nos permite vê-la da Terra.
A Lua leva aproximadamente 28 dias para girar em torno de si mesma, fazendo um movimento chamado rotação. Ela leva o mesmo tempo para realizar o movimento de translação, que consiste em dar uma volta completa ao redor da Terra. A simultaneidade entre os dois movimentos faz que enxerguemos da Terra a mesma face da Lua.
A mudança de posição da Lua em relação à Terra e ao Sol faz que, na Terra, a visualização da face iluminada da Lua sofra alterações constantes. As diferentes “aparências” que a Lua assume são denominadas fases da lua. Elas deram origem à divisão do tempo em semanas.
Fig. 1 (p. 69)
A divisão do tempo em semanas está relacionada à duração de cada fase da lua, que corresponde a aproximadamente 7 dias.
Fotomontagem representando as quatro fases da lua vistas do hemisfério Sul: nova (1), quarto crescente (2), cheia (3) e quarto minguante (4).
Ilustrações: Vagner Coelho/ID/BR
1 2 3 4
A influência do Sol e da Lua na Terra
O Sol e a Lua exercem grande influência nos fenômenos que ocorrem na Terra.
Apesar de a temperatura do Sol atingir aproximadamente 15 milhões de graus Celsius perto do seu centro, a distância entre o Sol e a Terra e a proteção formada pela atmosfera terrestre permitem a ocorrência de temperaturas propícias ao desenvolvimento da vida no planeta.
A Lua influencia o movimento das marés, que consiste no avanço e recuo da água do mar, dos rios e dos lagos. Isso ocorre em virtude da atração gravitacional, ou seja, da força de atração que a Terra e a Lua exercem uma sobre a outra.
Fig. 2 (p. 69)
lua cheia
lua minguante
lua nova
lua crescente
fases da Lua
Nota
Esquema em cores-fantasia e fora de proporção de tamanho e de distância entre os astros. Órbita da Lua vista por observador do polo Norte.
Fig. 3 (p. 69)
Monte Saint Michel, na França, 2013. Em determinados períodos do mês e horários do dia, a ação das marés pode provocar o avanço da água do mar sobre a região em até 14 metros. Não fosse um dique ligando-o ao continente, o monte ficaria totalmente isolado durante as marés cheias. As fotos mostram o monte em dois períodos diferentes: maré baixa (à esquerda) e maré alta (à direita).
lornet/Shutterstock.com/ID/BR
Frans Sellies/Getty Images
Página 70
A vida na Terra
O Universo é formado por bilhões de estrelas, planetas e muitos outros corpos celestes. No entanto, a Terra é o único planeta conhecido que apresenta as condições necessárias para que a vida se desenvolva.
A atmosfera que envolve o planeta contém os gases necessários à existência da vida na Terra, como o oxigênio, o ozônio, o gás carbônico e outros gases que retêm o calor emitido pelo Sol. Esse conjunto de características não existe em nenhum outro planeta do Sistema Solar.
A posição da Terra em relação ao Sol é determinante para a existência dessas condições. Ela é o terceiro planeta mais próximo do Sol, do qual recebe luz e calor. Os dois planetas mais próximos do Sol são muito quentes, enquanto os planetas mais afastados são bastante frios.
A presença de água na Terra é outro fator importante para que a vida seja possível.
Fig. 1 (p. 70)
A posição da Terra em relação ao Sol permite que se reúnam todas as condições necessárias para que a vida no planeta seja possível. Os gases da atmosfera são os responsáveis pela manutenção da temperatura do planeta em equilíbrio, o que também contribui para a existência de água. Vista aérea do rio Branco, na floresta Amazônica, Boa Vista (RR). Foto de 2014.
André Dib/Pulsar Imagens
Nossos lugares
A natureza é modificada por processos naturais e pela ação dos seres humanos, a qual tem criado inúmeros desequilíbrios ambientais, colocando diversas espécies em risco de extinção. Por isso é importante pensarmos em formas de preservação da vida no planeta.
MP
I. Cite um lugar de seu cotidiano do qual você gosta e cuida (explicando como o faz). Indique também um lugar do qual você também gosta, mas não cuida o suficiente. Em seguida, procure explicar por que isso acontece.
II. Às vezes, cuidar do planeta pode parecer uma tarefa difícil ou fora de nossas possibilidades. Mas, com pequenas ações, podemos preservar o nosso espaço vivido. Pense em uma situação na qual você possa contribuir para a preservação desses lugares, mesmo que seja fazendo uma pequena parte.
Verifique o que aprendeu
1. Por que o Sol é uma estrela?
1. Porque o Sol é um astro que tem luz própria e exerce atração sobre vários outros astros, como os planetas.
2. O que é o Sistema Solar?
2. É o conjunto formado pelo Sol, pelos oito planetas e pelos demais corpos celestes que orbitam ao seu redor, como os satélites naturais, os cometas e outros.
3. Quais condições permitem a ocorrência de vida na Terra?
3. Temperaturas adequadas, existência de água e oxigênio, presença da atmosfera.
Página 71
Atividades
Responda sempre no caderno.
1. Desenhe o Sistema Solar, nomeando todos os planetas que o compõem.
1. O desenho dos alunos deve conter o Sol, Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Incentive-os a usar os conhecimentos aprendidos, bem como a criatividade, expressando seu imaginário acerca do Sistema Solar. Não se esqueça de mencionar que a escala não será representada no desenho, nem em relação ao tamanho dos planetas, nem em relação à distância entre eles e o Sol.
2. Considere os corpos celestes citados abaixo. Classifique-os como estrela, planeta ou satélite natural. Justifique sua classificação.
Lua – Mercúrio – Netuno – Sol – Terra – Vênus
2. Sol: estrela (corpo celeste com luz própria, que produz e emite energia); Mercúrio, Netuno, Terra e Vênus: planetas (corpos celestes sem luz própria e que orbitam uma estrela); Lua: satélite natural (corpo celeste que orbita ao redor de um planeta, no caso, a Terra).
3. Sobre a relação entre o Sol, a Lua e a Terra, responda às questões.
a) Qual é a importância do Sol para a existência da vida na Terra?
O Sol fornece luz e calor, possibilitando a existência da vida.
b) A pesar de todos os planetas do Sistema Solar orbitarem em torno do Sol e receberem energia dessa estrela, por que apenas a Terra reúne as condições necessárias para a existência da vida?
3b. A Terra recebe quantidades ideais de luz e calor para o desenvolvimento da vida. Isso se deve à distância da Terra em relação ao Sol e à presença da atmosfera terrestre, que protege o planeta dos raios solares prejudiciais aos seres vivos e de variações excessivas de temperatura, propiciando o desenvolvimento da vida. A presença de água e de oxigênio também é fundamental para o desenvolvimento dos seres vivos.
c) Qual é a influência da Lua sobre a Terra?
3c. A atração gravitacional entre a Lua e a Terra gera o movimento das marés, que consiste no avanço e no recuo das águas do mar, dos rios e dos lagos sobre o continente. O monte Saint Michel, na França, é um bom exemplo da ação das marés. Em determinados períodos, meses e horários, este fenômeno marítimo pode provocar o avanço da água sobre a região em até 14 metros.
4. No cinema e na televisão vemos, com grande frequência, filmes e seriados sobre seres de outros planetas. Em 1982, o diretor Steven Spielberg dirigiu ET, o extraterrestre. O filme narra a história de um ser extraterrestre que é abandonado na Terra. Ele é encontrado e fica sob a proteção de algumas crianças, até ser resgatado por seus companheiros. O filme foi um enorme sucesso de bilheteria e emocionou as plateias do mundo inteiro.
Fig. 1 (p. 71)
Cena do filme ET, o extraterrestre, de 1982, dirigido por Steven Spielberg.
Everett Collection/Keystone
a) Considerando o que você estudou nesta parte do capítulo, responda: É possível existir no Sistema Solar um extraterrestre como o ET?
Resposta pessoal. Incentive os alunos a perceber que, apesar dos avanços da ciência, até o presente momento não há comprovação da existência de vida em outros planetas. Somente a Terra reúne as condições necessárias (existência de atmosfera, luz, calor e água) ao surgimento e à manutenção da vida da forma como a conhecemos.
b) Converse com os colegas e o professor: Vocês conhecem outros exemplos de arte e entretenimento (músicas, filmes, animações, livros, histórias em quadrinhos) que tratem de formas de vida em outros planetas? Por que esse tema é abordado com tanta frequência?
4b. Resposta pessoal. Os alunos podem mencionar vários exemplos, entre eles o desenho animado produzido pelos estúdios Disney, Lilo & Stitch (direção: Dean DeBlois e Chris Sanders, EUA, 2003) e os filmes da saga Guerra nas estrelas (direção: George Lucas, EUA). Estimule-os a debater o porquê do interesse pela vida em outros planetas, abordado na ficção científica. Explique aos alunos que se buscam no espaço sideral explicações sobre a formação da Terra e a origem da vida na Terra. Comente que, de maneira geral, aquilo que é desconhecido interessa às pessoas.
5. Sabendo que o ano terrestre tem 365 dias e que o movimento de translação da Lua ao redor da Terra leva, em média, 28 dias, responda: Quantos movimentos de translação da Lua ocorrem em um ano terrestre?
A Lua realiza treze movimentos de translação ao redor da Terra por ano.
6. Por que Plutão não é mais considerado um planeta pela União Astronômica Internacional?
Para ser considerado planeta, ele precisaria ser o astro dominante em sua órbita. Além de Plutão ser bem menor que todos os demais planetas do Sistema Solar, em determinado período, sua órbita coincide com a de Netuno.
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Módulo 2 - Os principais movimentos da Terra
Os movimentos realizados pela Terra, associados ao eixo inclinado do planeta, estão relacionados a importantes fenômenos, como o dia e a noite e as estações do ano.
O movimento de rotação
A rotação é o movimento que a Terra realiza ao redor de seu próprio eixo. Esse movimento leva aproximadamente 24 horas, ou, mais precisamente, 23 horas, 56 minutos e 4,09 segundos para ser completado, e equivale à duração de 1 dia terrestre.
Como a Terra tem forma aproximadamente esférica, o Sol não a ilumina inteiramente ao mesmo tempo. Quando o planeta gira em torno de si mesmo, uma parte dele é iluminada; esse período corresponde ao dia. Simultaneamente, na parte oposta, que não recebe iluminação, ocorre a noite.
O movimento de rotação determina, portanto, a sucessão dos dias e das noites. Quando o Sol está surgindo em São Paulo, por exemplo, na cidade de Tóquio, no Japão, localizada no lado oposto do globo, o Sol está se pondo. Conforme a Terra gira em torno do seu eixo, a posição das duas cidades em relação ao Sol se altera. Doze horas depois, o Sol iluminará Tóquio, onde será dia, e, na face oposta, onde está localizada a cidade de São Paulo, será noite.
O movimento aparente do Sol
Em seu movimento de rotação, a Terra gira de oeste para leste em torno de seu próprio eixo. Por esse motivo, temos a impressão de que, após surgir a leste (oriente), o Sol se movimenta em direção a oeste (ocidente), onde se põe no horizonte. Contudo é a Terra, e não o Sol, que se movimenta. Esse fenômeno é denominado movimento aparente do Sol.
Fig. 1 (p. 72)
Fonte de pesquisa: Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p. 10.
Studio Caparroz/ID/BR
dia noite
movimento de rotação da terra
Nota
Esse esquema não obedece à escala real das dimensões dos astros nem às distâncias entre eles. As cores utilizadas não são as reais.
O relógio de sol
Os relógios de sol são instrumentos criados para medir a passagem do tempo de acordo com a posição do Sol ao longo do dia. A sombra do Sol projetada sobre o marcador indica a hora local.
Esses relógios eram muito utilizados em outras épocas para marcar o tempo. Atualmente são utilizados como objetos de decoração, em museus e em locais destinados a estudos de astronomia.
Fig. 2 (p. 72)
Relógio de sol em Vitória (ES), 2011.
Alipio Z. da Silva/kino.com.br
Página 73
Os fusos horários
Você já deve ter ouvido falar, especialmente entre as pessoas que viajam a lugares distantes, da necessidade de adiantar ou de atrasar o relógio quando chegam ao seu destino. Isso ocorre porque os horários variam ao longo do planeta.
A diferença de horário existente entre as diversas regiões deve-se ao movimento de rotação da Terra.
Até o século XIX, a posição do Sol era a principal referência para a contagem do tempo e para a determinação da hora em cada localidade. Com isso, o horário variava de uma localidade para outra de acordo com a posição do Sol.
A falta de padronização dificultava as relações comerciais entre as diversas localidades. Para solucionar esse problema, no final do século XIX foi adotado um sistema de uniformização dos horários da Terra que divide o mundo em fusos horários.
Cada fuso é determinado teoricamente pelo intervalo de 15° entre dois meridianos. Esse valor é obtido dividindo-se a circunferência do planeta (360°) pelo tempo necessário para a Terra completar o movimento de rotação (24 horas).
Existem 24 fusos horários no planeta. Em cada um, por convenção, a hora é a mesma. Mas cada país tem liberdade de instituir seus horários legais. Observe o mapa abaixo.
O observatório astronômico de Greenwich, em Londres, é ponto de referência para a definição das horas no planeta. A leste do meridiano de Greenwich há o acréscimo de uma hora a cada 15°. E, a oeste, há diminuição de uma hora a cada 15°.
Fig. 1 (p. 73)
Fontes de pesquisa: Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p. 35; Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello. Atlas do Brasil: disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: Edusp/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2008. p. 18.
ID/BR
MUNDO – FUSOS HORÁRIOS (2014)
Meridiano de Greenwich; Linha de mudança de data; -12 +1 +2 +3 +4 +5 +6 +7 +8 +9 +10 +11 +12; RÚSSIA; BRASIL; CANADÁ; AUSTRÁLIA; CHINA; -11 -10 -9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0; EUA; Fernando de Noronha; Trópico de Capricórnio; Círculo Polar Ártico; Círculo Polar Antártico; OCEANO GLACIAL ÁRTICO; Trópico de Câncer; OCEANO PACÍFICO; OCEANO ATLÂNTICO; OCEANO ÍNDICO; OCEANO PACÍFICO; OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO; Equador; 180° 150°O 120°O 90°O 60°O 30°O 0° 30°L 60°L 90°L 120°L 150°L 180°; 60°N; 30°N; 60°S; 30°S; Horário fracionado em meia hora 0 2350 4700 km; N NE L SE S SO O NO
Fusos horários e fronteiras
A demarcação dos fusos não segue linhas retas, pois acompanha os limites territoriais definidos pelos países. Essa medida serve para evitar a ocorrência de horários diferentes em um único território.
Países muito extensos no sentido longitudinal (leste-oeste), como Brasil, Rússia e Estados Unidos, costumam ter vários fusos horários instituídos no território.
O Brasil tem quatro fusos horários, como você pode verificar no mapa abaixo. O primeiro (-2h) abrange o arquipélago de Fernando de Noronha e outras ilhas oceânicas; o segundo (-3h) corresponde ao horário de Brasília; o terceiro (-4h) abrange Roraima, Rondônia e parte dos estados do Amazonas, Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; o quarto (-5h) compreende o Acre e parte do Amazonas.
Página 74
O movimento de translação
A translação é o movimento que a Terra realiza ao redor do Sol. O tempo necessário para que a Terra complete a translação é de aproximadamente 365 dias e 6 horas.
Fig. 1 (p. 74)
Fonte de pesquisa: Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p. 10.
MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO DA TERRA
Sol
Terra
Eixo imaginário da Terra
Órbita da Terra
Nota
Esse esquema não obedece à escala real das dimensões dos astros nem às distâncias entre eles. As cores utilizadas não são as reais.
A distribuição dos raios solares
Durante o movimento de translação da Terra, a intensidade dos raios solares que atingem o planeta não é igual em todas as regiões. Isso ocorre por causa da forma esférica e da inclinação do eixo da Terra em relação ao plano de sua órbita. As regiões polares recebem menor quantidade de luz solar ao longo do ano.
Essa distribuição desigual da energia solar cria as zonas térmicas terrestres. Essas zonas constituem o primeiro elemento diferenciador dos climas da Terra. A área do planeta em que a radiação solar é mais intensa durante o ano é a região intertropical. Veja o esquema a seguir.
Fig. 2 (p. 74)
Fonte de pesquisa: Alan Strahler. Introducing physical geography. 6. ed. New York: Wiley, 2013. p. 53.
AMj Studio/ID/BR
DISTRIBUIÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR SOBRE A SUPERFÍCIE TERRESTRE
3 Zona polar
3
2 Zonas temperadas
2
2
1 Zona intertropical
1
Sol
3
Círculo Polar Ártico
Trópico de Câncer
Linha do Equador
Trópico de Capricórnio
Círculo Polar Antártico
Nota
Esse esquema não obedece à escala real das dimensões dos astros nem às distâncias entre eles. As cores utilizadas não são as reais.
Nas regiões polares, a quantidade de radiação solar incidente é menor que nas demais regiões do planeta. Portanto, essas áreas apresentam temperaturas muito baixas.
Simulando a intensidade da radiação solar
Observe os esquemas a seguir. Quando a luz de uma lanterna incide sobre a superfície do globo de maneira perpendicular, ela atinge uma área menor, porém mais concentrada, aumentando a intensidade do calor. É o que ocorre na zona intertropical da Terra.
Fig. 3 (p. 74)
Ilustrações: Vagner Coelho/ID/BR
incidência perpendicular
Quando a luz incide sobre a superfície de maneira oblíqua, ela atinge uma área maior, porém menos concentrada, diminuindo a intensidade do calor. É o que ocorre nas zonas temperadas do planeta. Nas zonas polares, somente nos meses de verão há incidência de luz solar e, ainda assim, de maneira oblíqua. Por isso elas são as zonas mais frias da Terra.
Fig. 4 (p. 74)
Ilustrações: Vagner Coelho/ID/BR
Fonte de pesquisa dos esquemas: Alan Strahler. Introducing physical geography. 6. ed. New York: Wiley, 2013. p. 53.
Incidência Oblíqua
Página 75
As estações do ano
Durante o ano, as temperaturas sofrem variações nas diversas regiões do planeta. Essas variações são denominadas estações do ano e dividem-se em primavera, verão, outono e inverno. Veja o esquema abaixo.
Fig. 1 (p. 75)
Fonte de pesquisa: Alan Strahler. Introducing physical geography. 6. ed. New York: Wiley, 2013. p. 52.
AMj Studio/ID/BR
DATAS APROXIMADAS DO INÍCIO DAS ESTAÇÕES
Primavera no hemisfério Norte
Outono no hemisfério Sul
Verão no hemisfério Norte
Inverno no hemisfério Sul
Inverno no hemisfério Norte
Verão no hemisfério Sul
21 de junho
23 de setembro
22 de dezembro
21 de março
Outono no hemisfério Norte
Primavera no hemisfério Sul
Raios do Sol
Equador
Sol
Órbita da Terra
Nota
Esse esquema não obedece à escala real das dimensões dos astros nem às distâncias entre eles. As cores utilizadas não são as reais.
O movimento de translação, a inclinação do eixo terrestre e a forma desigual com que os raios solares atingem a superfície determinam as estações do ano.
Na zona intertropical, a radiação atinge a superfície terrestre com grande intensidade o ano todo. Por isso, nela, as diferenças entre as estações do ano não são tão bem definidas, e a temperatura média é mais elevada que nas zonas temperadas.
Nas regiões temperadas da Terra, mais distantes da linha do Equador, as temperaturas da superfície sofrem variações significativas ao longo do ano. Portanto, as estações do ano são mais bem definidas. Nos meses de inverno, as temperaturas são mais baixas e, nos meses de verão, elas são mais altas. Na primavera e no outono, as temperaturas tendem a ser amenas.
Nas zonas polares, as temperaturas são baixas o ano todo. Assim, quase não há distinção entre as estações do ano.
Fig. 2 (p. 75)
Primavera Verão Outono Inverno
As estações do ano influenciam as características da paisagem das diversas regiões do planeta. Na sequência de fotos, típica da zona temperada, vemos o mesmo lugar em cada uma das estações do ano. Alemanha, 2013.
Fotografias: imageBROKER/Alamy/Latinstock
Verifique o que aprendeu
1. Quais são os dois principais movimentos da Terra?
1. Rotação e translação.
2. Qual é o movimento da Terra responsável pela sucessão dos dias e das noites? E das estações do ano?
2. O movimento de rotação é responsável pela sucessão dos dias e das noites, e o movimento de translação é responsável pelas estações do ano.
3. Por que nas áreas próximas à linha do Equador as estações do ano não são bem definidas?
3. Porque nas áreas próximas ao Equador os raios solares atingem a superfície terrestre perpendicularmente (e, por isso, com maior intensidade) ao longo do ano.
Página 76
Atividades
Responda sempre no caderno.
1. Por que nas zonas polares as temperaturas são baixas ao longo do ano?
1. Porque os raios solares atingem a superfície terrestre de maneira muito inclinada nessa região, ocasionando maior dissipação de calor, o que propicia o predomínio de baixas temperaturas ao longo do ano.
2. Os movimentos de rotação e de translação da Terra influenciam a contagem do tempo? Justifique sua resposta.
Sim. A duração do movimento de rotação determina a contagem de um dia, que equivale a 24 horas. A duração do movimento de translação, de aproximadamente 365 dias, determina a contagem de um ano, que corresponde a 12 meses.
3. Descreva os movimentos da Terra representados no esquema abaixo.
Fig. 1 (p. 76)
AMj Studio/ID/BR
MOVIMENTOS DA TERRA
Nota
Esquema em cores-fantasia e fora de proporção de tamanho e de distância entre o Sol e os demais astros.
3. O esquema representa os movimentos de rotação e de translação da Terra. A rotação é o movimento que a Terra realiza ao redor do seu próprio eixo, com duração de 24 horas. A translação é o movimento que a Terra realiza ao redor do Sol, com duração de 365 dias e 6 horas.
4. Explique por que ocorre o movimento aparente do Sol.
4. A rotação da Terra, que gira de oeste para leste, gera um movimento aparente do Sol, pois, de acordo com nosso referencial, temos a impressão de que é o Sol que se movimenta.
5. No mês de julho, dois estudantes saíram de férias e viajaram para diferentes estados do Brasil. Um foi para Boa Vista, em Roraima, e o outro para Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
a) Compare as prováveis condições climáticas encontradas pelos estudantes nos destinos visitados.
Na maior parte da Região Norte, as temperaturas permanecem elevadas, mesmo no inverno. Ao contrário dessa região, no Sul, os invernos são mais intensos (temperaturas mais baixas).
b) Aponte os principais fatores responsáveis pelas diferenças climáticas que ocorrem nos dois estados e explique como atuam.
5b. Dentre outros fatores, as diferenças climáticas entre Roraima e Rio Grande do Sul são decorrentes da proximidade ou da distância da linha do Equador. Próximos do Equador, os raios solares atingem a superfície da Terra de maneira pouco inclinada, havendo maior concentração de calor. Desse modo, quanto mais distante do Equador, menos quente tende a ser o clima. Como o Sul do Brasil está mais distante da linha do Equador, nessa região o clima é mais frio que na Região Norte.
c) Suponha que os estudantes saíram de Brasília (DF) às 12 horas do dia 2 de julho e que a viagem de ônibus para Boa Vista (RR) leve 72 horas e para Porto Alegre (RS) demore 36 horas. Observando o mapa abaixo, estime o horário no local de chegada de cada um dos estudantes a seu destino.
Fig. 2 (p. 76)
Fontes de pesquisa: Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p. 91; Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello. Atlas do Brasil: disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: Edusp/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2008. p. 18.
ID/BR
BRASIL – FUSOS HORÁRIOS (2014)
Boa Vista; Porto Alegre; BRASÍLIA; – 4:30 horas Penedos de S. Pedro e S. Paulo; Arquipélago Fernando de Noronha; Is. Trindade e Martim Vaz; AP; PR; GO; SP; RS; SC; DF; RJ; ES; MG; BA; TO; PI; PA MA CE; AL; PE; PB; RN; SE; AM; RR; AC; RO; MT; BOLÍVIA; CHILE; PARAGUAI; URUGUAI; ARGENTINA; PERU; EQUADOR; COLÔMBIA; VENEZUELA; GUIANA; SURINAME; Guiana Francesa (FRA); MS; • 5 horas - 4 horas - 3 horas - 2 horas; Equador; OCEANO ATLÂNTICO; OCEANO PACÍFICO; Trópico de Capricórnio; 0 610 1220 km; Capital de país; Capital de estado; N NE L SE S SO O NO
Horário de chegada provável a Boa Vista (RR): 11 horas do dia 5 de julho; horário de chegada provável a Porto Alegre (RS): meia-noite do dia 3 de julho (zero hora do dia 4).
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Aprender a...
Simular a rotação da Terra
Responda sempre no caderno.
O movimento de rotação da Terra determina a diferença de luminosidade entre os dias e as noites. Se o eixo da Terra não fosse inclinado, o dia duraria 12 horas e a noite, outras 12, em todos os pontos do planeta, todos os dias do ano.
Porém, o eixo da Terra se encontra inclinado, o que faz com que a luminosidade varie no decorrer do ano. Durante alguns meses, o hemisfério Norte recebe mais horas de luz, e os dias são mais longos; em outros meses, o hemisfério Sul passa a receber luz por mais horas.
Para compreender melhor o porquê da sucessão dos dias e das noites, você pode fazer um modelo utilizando uma maçã, um palito de churrasco, uma caneta hidrográfica e uma lanterna (figura 1).
Nesse modelo, a lanterna simulará o Sol, a maçã representará a Terra, o palito de churrasco representará seu eixo de rotação e a caneta hidrográfica servirá para marcar na maçã um ponto qualquer do planeta.
Com o palito de churrasco, seu professor vai perfurar o centro da maçã a partir da base, como representado na figura 2.
Marque, com a caneta hidrográfica, algum ponto da maçã (longe do palito), como na figura 3. Trace uma linha no meio da maçã, simulando a linha do Equador.
Em um quarto escuro, posicione a maçã, sustentada pelo palito, em frente à lanterna.
Ao girar a maçã e observar o ponto que você fez, poderá ver como cada lugar passa da noite ao dia e vice-versa.
Se você posicionar o palito (eixo) verticalmente em relação à lanterna, como representado na figura 4, tanto a parte de cima como a parte de baixo da maçã serão iluminadas da mesma maneira. Se inclinar o palito (eixo), como representado na figura 5, observará outra situação.
Fig. 1 (p. 77)
1
Materiais: maçã, palito de churrasco, caneta hidrográfica e lanterna.
Fig. 2 (p. 77)
2
1º passo: o professor vai perfurar a maçã com o palito de churrasco, como mostrado na figura acima.
Fig. 3 (p. 77)
3
2º passo: os alunos escolhem um lado da maçã e marcam nele um ponto bem visível com a caneta hidrográfica; desenham uma linha representando a linha do Equador.
Fig. 4 (p. 77)
4
3º passo: os alunos posicionam e giram a maçã em frente à lanterna, conforme indicado na figura.
Fig. 5 (p. 77)
Ilustrações: Marco Ilustrações/ID/BR
5
4º passo: os alunos posicionam e giram a maçã em frente à lanterna, como mostrado na figura.
Atividades
1. Se o eixo da Terra estivesse posicionado como na figura 4, quanto tempo durariam o dia e a noite, em qualquer ponto do planeta?
O dia duraria 12 horas e a noite, também 12 horas.
2. Quando o planeta é iluminado como na figura 5, que hemisfério recebe maior quantidade de radiação solar?
O hemisfério Norte recebe maior quantidade de radiação.
Página 78
Viajando Pelo Mundo
Noruega
Responda sempre no caderno.
Fig. 1 (p. 78)
Pessoas observando o sol da meia-noite no cabo Norte, Noruega. Foto de 2013.
bozulek/Shutterstock.com/ID/BR
Fig. 2 (p. 78)
Glair Alonso/ID/BR
Oslo
Mar da Noruega
Mar de Barents
Mar do Norte
Dinamarca
FINLÂNDIA
SUÉCIA
RÚSSIA
A Noruega localiza-se na península Escandinava, no norte da Europa, e é cortada pelo círculo polar Ártico. As áreas ao norte dessa linha imaginária apresentam temperaturas baixas o ano inteiro, sobretudo no inverno.
A população da Noruega concentra-se onde o clima é mais ameno, em especial nas áreas costeiras. A pesca é uma importante atividade econômica no país.
Outra importante atividade econômica é o turismo, cujo atrativo são os fiordes encontrados no litoral. Tratam-se de antigas depressões que foram escavadas pelas geleiras. Essas depressões são ocupadas pelo mar, que avança sobre o continente formando bonitas paisagens.
A Noruega é um dos poucos países do mundo onde se pode ver o sol da meia-noite, um fenômeno que ocorre no verão, ao norte do círculo polar Ártico, onde o Sol não se põe por longos períodos. Esse fenômeno ocorre em razão da proximidade do país do polo Norte, onde os raios solares atingem a Terra de forma tão inclinada que os dias ficam muito longos durante o verão e muito curtos durante o inverno.
Fig. 3 (p. 78)
Sequência de imagens que representam a trajetória aparente do Sol em cada hora do dia no norte da Noruega, durante o verão no hemisfério Norte.
Vagner Coelho/ID/BR
Fig. 4 (p. 78)
Fonte de pesquisa: IBGE Países@. Disponível em:
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