. Acesso em: 18 ago. 2015.
Problemas decorrentes do uso de combustíveis fósseis
À medida que as tecnologias avançam, as sociedades descobrem novas maneiras de extrair e de utilizar o carvão e o petróleo. Essa situação, porém, é algo semelhante a uma espécie de “esquecimento”; na maioria das vezes, esquecemos que eles são recursos não renováveis, isto é, encontrados na Terra em quantidades limitadas. Isso significa que o petróleo e o carvão são esgotáveis, demandando milhões de anos para que novas jazidas venham a se formar.
Outro aspecto importante a ser considerado quando se fala em consumo de combustíveis fósseis é que a maioria deles precisa ser queimada durante o uso, pois é a queima que libera energia. No entanto, conforme esses combustíveis fósseis queimam, também liberam na atmosfera diversas substâncias nocivas à saúde das pessoas e ao meio ambiente, como dióxido de carbono e dióxido de enxofre. Apenas a combustão de fontes de energias fósseis soma mais de 70% das emissões humanas de CO2. Confira, na tabela ao lado, as emissões de dióxido de carbono em diferentes países.
Teoria da Deriva Continental
Você já reparou na semelhança entre o contorno da costa brasileira e o da costa ocidental do continente africano? A observação do desenho do litoral dos continentes sempre intrigou alguns de nossos antepassados.
A teoria de que os continentes não estiveram sempre nas posições que você costuma observar no mapa-múndi foi sugerida, pela primeira vez, em 1596, pelo holandês Abraham Ortelius (1527-1598). Também foi ele quem criou o primeiro atlas da Idade Moderna, desenhando à mão cerca de 140 mapas coloridos. Ortelius sugeriu que as Américas foram afastadas da Europa e da África por terremotos e inundações. Para ele, essa ruptura se revelava ao observar as costas litorâneas dos três continentes em um mapa do mundo da época.
Em 1620, o inglês Francis Bacon (1561-1626) também registrou a similaridade entre o contorno litorâneo do leste da América do Sul e o da África Ocidental.
Em 1912, o geólogo alemão Alfred Wegener (1880-1930), depois de estudar cuidadosamente alguns fósseis e as semelhanças entre as estruturas do relevo, sugeriu a chamada Teoria da Deriva dos Continentes, ou Teoria da Deriva Continental. Wegener postulou que, num passado muito remoto, há cerca de 200 milhões de anos, existiu um supercontinente: a Pangeia ou “terra global”. Segundo ele, a Pangeia era rodeada por um único oceano. Durante milhares de anos, esse grande continente teria se fragmentado em partes, que, ao se afastarem umas das outras, teriam originado os continentes e as bacias oceânicas.
Ao elaborar a Teoria da Deriva Continental, Wegener não dispunha de meios científicos que pudessem validar suas ideias, fato que retardou o reconhecimento de sua genialidade. Essa teoria só ganhou status científico mais tarde, quando os cientistas descobriram que a crosta é formada por placas rochosas separadas que flutuam sobre o material magmático em movimento da astenosfera.
Embora ainda haja muito a se pesquisar sobre os processos responsáveis pelos movimentos do magma, é confirmada a influência decisiva da temperatura interna do planeta na formação de linhas de ruptura, que, por sua vez, resultaram na existência das placas e nos movimentos, acomodações e rearranjos realizados por elas ao longo do tempo.
Emissões de CO2 (2011)
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País
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Quantidade
(toneladas per capita)
|
Estados Unidos
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17,0
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Canadá
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14,1
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Rússia
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12,6
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África do Sul
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9,3
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Alemanha
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8,9
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Reino Unido
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7,1
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China
|
6,7
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Itália
|
6,7
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França
|
5,2
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Índia
|
1,7
|
Fonte: THE WORLD Bank. Disponível em: .
Acesso em: 18 ago. 2015.
Quebra-cabeça planetário: as placas tectônicas
A Teoria Tectônica de Placas, que aperfeiçoou a Teoria da Deriva Continental, é a mais nova interpretação da gênese e da dinâmica da litosfera, sustentáculo dos relevos terrestre e submarino. Em outras palavras, a Teoria Tectônica de Placas é a forma mais aceita, atualmente, de se explicar a formação dos continentes.
As placas são gigantescos blocos que compõem a camada sólida externa da Terra (litosfera) e flutuam sobre uma camada do magma (astenosfera), que tem consistência fluida. Cada vez que essas enormes placas se movimentam, uma imensa quantidade de “energia”, comparável a milhares de bombas atômicas, fica acumulada nas rochas das zonas de contato entre elas.
Periodicamente, essa “energia” é liberada violentamente em forma de terremotos, que sacodem a crosta, geralmente nas bordas das placas. Quando o terremoto ocorre no fundo do oceano (maremoto), podem-se formar tsunamis, pelo grande volume de água deslocado.
Impulsionadas por movimentos do magma, as placas se deslocam: algumas se chocam, outras se afastam umas das outras. Ao longo das faixas em que placas colidem, formaram-se grandes cadeias de montanhas, por causa de elevações, fraturas e dobramentos de rochas. No fundo dos oceanos, em fissuras formadas pelo afastamento de placas em contato, o magma se derrama e se consolida, dando origem a cadeias de montanhas submarinas, chamadas dorsais. Assim, em razão de movimentos das placas tectônicas, a crosta terrestre está submetida a lentos e contínuos processos de construção de relevo, tanto continental quanto submarino. O processo de movimentação das placas teria começado há cerca de 200 milhões de anos, no final do Triássico, quando a Pangeia passou a fragmentar-se e a separar-se em dois grandes continentes: Laurásia, que englobava a Eurásia e a América do Norte, e Gondwana, que englobava a América do Sul, África, Antártida, Austrália e Índia. A China e a Indochina deslocaram--se para o norte e juntaram-se à Eurásia. Entre as duas grandes massas de terras, um mar relativamente raso teria se formado: o mar de Tétis, que, mais tarde, originaria o Mediterrâneo.
Ao longo de milhões de anos, Laurásia e Gondwana continuariam a fraturar-se em função dos deslizamentos das placas que as compunham. A América do Norte foi se separando da Ásia, evento que deu origem ao oceano Atlântico. A África separou-se da América do Sul, originando o Atlântico Sul. O bloco constituído pela Antártida e pela Austrália separou se da África, o que originou o oceano Índico. A placa da Índia deslocou-se em direção à Ásia, e o choque dos dois blocos formou as regiões elevadas do Himalaia e do Tibete.
Do mar para a terra: o poder de um tsunami
Julio Dian/Arquivo da editora
O tremor abaixo do fundo do mar desloca as águas do oceano, que sobem para a superfície em ondas
de 0,5 metro.
À medida que a profundidade diminui, a altura da onda aumenta, criando uma
parede de água.
Ondas se acumulam
antes de atingir o litoral.
Águas rasas: velocidade da onda pode ser de até 48 km/h, com altura de 30 metros ou mais.
Águas profundas: comprimento da onda chega até 160 km, a uma velocidade de 800 km/h.
Fonte: Elaborado com base em PARTE dos alertas para tsunami no Pacífico é cancelada. Folha
de S.Paulo. Disponível em:
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