. Acesso em: 25 mar. 2015.
O oceano está cheio de fluxos, as águas não se movem em uma única direção. As correntes marítimas movimentam águas quentes e frias, atravessam, rodopiam, chocam-se, circulam nas profundezas e nas superfícies, dançando sem nunca parar. Uma obra de arte também está cheia de fluxos. São correntes de sentidos que aparecem em várias camadas, umas superficiais e outras profundas, assim como acontece no mar.
Nossa percepção de uma obra muda quando nós mudamos. Você navegou pelos mares da história e da azulejaria e já não é mais o mesmo. Agora você pode olhar para essa linguagem da arte de forma diferente.
Observe a imagem a seguir. Vemos um painel de azulejos da Igreja de São Francisco, em Salvador, Bahia. Quais figuras você identifica? A imagem traz elementos fantásticos? As linhas provocam quais sensações? O que você vê no primeiro plano e nos planos mais ao fundo? Esta embarcação é uma caravela?
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Figura 22
Dbimages/Alamy/Latinstock
Painel de azulejos na Igreja de São Francisco, em Salvador, Bahia.
Em uma linguagem diferente, Cildo Meireles (1948) voltou-se para a história do Brasil e criou a obra Abajur. Observe-a na abertura desta seção. O que você vê? Quais imagens há na obra? Há pessoas participando dela? Onde ficam os espectadores?
Instalada no pavilhão Ciccillo Matarazzo durante a 29ª Bienal de Arte de São Paulo, ao nos aproximarmos da obra era possível ver a imagem em movimento da caravela ao mar dentro de um abertura retangular, O restante da obra era encoberto por uma parede. Uma escada permitia acesso à abertura. Quanto mais próximo do “abajur”, mais podíamos identificar o som de gaivotas. Ao entrar, era possível ver que a ativação do movimento e do som da obra era realizada pela força humana. Meireles contrastou a beleza de sua instalação com o trabalho humano necessário para sustentar a obra, em uma provável referência à escravidão praticada no período colonial.
O poeta Fernando Pessoa, um dos mais importantes artistas da literatura em língua portuguesa, retratou em seus poemas os mais diversos dilemas da alma humana. Leia novamente o poema de Fernando Pessoa.
Mesmo em meio a tantos perigos, por que será que muitas pessoas se lançaram ao mar em aventuras para conhecer novas terras, como fez o povo lusitano? Será que o poeta português Fernando Pessoa estava certo quando diz “navegar é preciso, viver não é preciso”?
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O termo lusitano é empregado, hoje, para fazer referência ao povo, à cultura ou à natureza de Portugal. No passado, os lusitanos eram povos que ocupavam a região da Península Ibérica. O nome foi dado ainda pelos Romanos, na Antiguidade, em função da província de Lusitânia, domínio romano em épocas passadas.
Figura 23
c. 1915. Coleção particular
Fernando Pessoa (1888-1935). O poeta usou seu próprio nome (ortônimo) para assinar várias obras e pseudônimos (heterônimos) para assinar outras. Para os heterônimos, usou os nomes de Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro, cada um com escritos de características diferenciadas.
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MAIS DE PERTO
- Teatro jesuítico
Observe a imagem a seguir.
Figura 24
Primeira missa no Brasil, de Victor Meireles, 1860. Óleo sobre tela, 268 cm × 356 cm.
Victor Meirelles. 1860. Óleo sobre tela. Primeira missa no Brasil. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro
Meio século depois da chegada das primeiras caravelas ao Brasil, um grupo de missionários jesuítas da cidade de Coimbra inicia os primeiros passos do teatro brasileiro. Eles observaram o gosto dos povos nativos por cantos, danças, cortejos, jogos mímicos e discursos e a performatividade dos diversos rituais que marcam a cultura desses povos.
Na sua missão de catequizar os índios, os jesuítas enxergaram nas artes cênicas uma porta de entrada. Utilizariam as plumas, máscaras e pinturas familiares a eles para conduzi-los às doutrinas, ainda que de modo rudimentar, do cristianismo e da civilização europeia.
Os textos dramáticos foram, em parte, transcritos para o tupi-guarani, língua mais falada na costa brasileira, pois os jesuítas contavam com uma gramática sistematizada pelo padre José de Anchieta. Esse jesuíta foi, também, autor de diversas peças teatrais no Brasil.
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Além do tupi-guarani, parte da dramaturgia era realizada em língua portuguesa e outra, ainda, em espanhol, língua materna de alguns missionários da Companhia de Jesus e que estivera na moda como idioma das pessoas refinadas. Desse modo, o texto de uma mesma peça teatral poderia apresentar até três línguas (posteriormente, o latim também seria acrescentado). Os rituais das missas também despertavam a curiosidade dos indígenas, como retratado na imagem a seguir.
Figura 25
Fundação da cidade de São Paulo, de Antônio Parreiras, 1913. Óleo sobre tela, 200 cm × 300 cm.
Antonio Parreiras, 1913. Óleo sobre tela. Fundação da cidade de São Paulo, SP
Em terras brasileiras, os jesuítas redigiram diversos poemas, monólogos, diálogos e autos. Esses textos eram encenados em festividades, comunhões, acontecimentos miraculosos (como a suspensão da chuva em São Vicente, que foi transformada em uma comédia) e recebimento de personalidades. Eles não tinham a preocupação de criar textos teatrais de grande valor cultural, a maioria era produzida coletivamente, adaptada a cada contexto e sem a assinatura do autor. Sua finalidade era o mais importante, cativar o público por meio da dramaticidade.
AMPLIANDO
Auto é uma composição dramática originária da Idade Média (sécs. X-XV), com personagens geralmente alegóricos, representantes de pecados e qualidades, e entidades como santos, demônios etc., que é caracterizada pela simplicidade da construção e intenção de transmitir uma moral. Fora do universo jesuítico, pode registrar, também, elementos cômicos. Teatro alegórico ou satírico, voltado para temas religiosos ou morais.
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Além dos missionários, as encenações tendiam a contar também com indígenas e colonos, que participavam de músicas, danças e diálogos. Os temas eram sempre da religião católica, nos quais, como indicação das tentações terrenas, a figura do demônio tinha presença marcante como representação do mal. As celebrações de relíquias (pertences de santos) ligadas a esse tema, ocasionalmente trazidas de Portugal, eram realizadas em cortejos, como uma introdução do que, muito tempo depois, viria a se transformar nas manifestações populares e nos carnavais de rua que perduram até hoje.
As peças criadas pelos jesuítas traziam em seu enredo sempre o bem e o mal. Os pares de opostos davam um caráter didático às representações, confirmando o valor da virtude cristã em oposição a tudo que era indesejável sob a ótica dos jesuítas.
Veja, a seguir, alguns trechos do Auto de São Lourenço nos quais estão conversando Guaixará, rei dos demônios, e Aimberé e Saravaia, seus criados.
[Guaixará]
Isso é apreciadíssimo,
isso se recomenda,
isso é admirável,
[...]
– É bom dançar,
adornar-se, tingir-se de vermelho,
empenar o corpo, pintar as penas,
[...]
Para isso
convivo com os índios
induzindo-os a acreditar em mim.
Vêm inutilmente afastar-me
os tais “padres”, agora,
apregoando a lei de Deus.
[...]
Figura 26
Detalhe da obra Primeira missa no Brasil, de Victor Meirelles, 1860. Em uma encenação teatral, poderíamos considerar a expressão do indígena como uma reação às palavras de Guaixará.
Victor Meirelles. 1860. Primeira missa no Brasil. 1860. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro
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[Saravaia]
– Em nossa honra
Os índios estão fazendo festa.
Para isso acorriam
os rapazes beberrões
que pervertem esta aldeia,
velhos e velhas,
moças que servem o cauim.
[...]
ANCHIETA, José de. Auto representado na Festa de São Lourenço. In: RONCARI, Luiz. Literatura brasileira: dos primeiros cronistas aos últimos românticos. 2. ed. São Paulo: Edusp, 2002.
Figura 27
Detalhe da obra Primeira missa no Brasil, de Victor Meirelles, 1860.
Victor Meirelles. 1860. Primeira missa no Brasil. 1860. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro
Naquela aldeia, entretanto, havia uma capela e o Anjo da Guarda da aldeia e dois santos padroeiros intervêm na influência dos demônios:
[...]
[Anjo da Guarda]
– Não espereis, como de outras vezes
revolucionar esta aldeia
Aqui estou, seu guardião,
com São Sebastião.
E o padroeiro São Lourenço
queimar-vos-á o inferno.
Eia, prendei-os!
[...]
ANCHIETA, José de. Auto representado na Festa de São Lourenço. In: RONCARI, Luiz. Literatura brasileira: dos primeiros cronistas aos últimos românticos. 2. ed. São Paulo: Edusp, 2002.
Figura 28
Detalhe da obra Primeira missa no Brasil, de Victor Meirelles, 1860.
Victor Meirelles. 1860. Primeira missa no Brasil. 1860. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro
Durante todo o auto, são identificados quais hábitos e práticas são desejáveis e quais são condenadas pelo catolicismo. O consumo exagerado do cauim, bebida alcoólica produzida pelos povos indígenas, é mostrado, por exemplo, como negativo, como uma influência do demônio.
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No Auto de Guaraparim, ocorre também a luta do anjo da guarda contra os diabos, mas, dessa vez, é um índio (autêntico) quem elimina o mal. Leia um trecho desse auto a seguir.
Pronto, matei Macachera,
extinguiu-se o mal
Eu sou Anhangypiara (inimigo do demônio)
ANCHIETA, José de. Recebimento que fizeram os índios de Guaraparim ao Padre Marçal Beliarte. In: _____. Teatro de Anchieta: obras completas. São Paulo: Loyola, 1977.
Um aspecto interessante do Auto de Guaraparim é o seu deslocamento. A encenação começa no porto, segue em procissão, com cantos, danças e declamações e termina na igrejinha da aldeia de Guaraparim (atual Guarapari), no Espírito Santo.
O início do teatro no Brasil é, portanto, calcado em bases católicas, tendo por promotores os padres da Companhia de Jesus. Foi um teatro de difusão de ideias religiosas, voltado especialmente à doutrinação católica sobre os povos indígenas e, por outro lado, também à educação, como teatro escolar em colégios brasileiros (no qual a representação era feita pelos próprios estudantes em latim, língua oficial da Igreja), e à moralização, como forma de reconduzir os colonos ao “bom caminho”.
Figura 29
Descobrimento, de Candido Portinari, 1956. Óleo sobre tela, 199 cm × 169 cm (aproximadas).
Candido Portinari. 1956. Óleo sobre tela. Coleção Banco do Brasil. Reprodução autorizada por João Candido Portinari
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PALAVRA DO ARTISTA
Padre Serafim (1890-1969) e o espaço da encenação
Figura 30
UH/Folhapress
Padre Serafim Soares Leite. Foto de 1963.
Para entender melhor o início do teatro no Brasil, é importante conhecer o período no qual ele se desenvolveu. A história tem muito a dizer sobre a chegada dos portugueses, os primeiros colonos, a missão jesuítica e as relações com os povos indígenas.
Como eram essas relações? Quem foram os primeiros colonos a chegar ao Brasil? Qual era a força da Igreja e a participação nas atividades da coroa portuguesa?
Leia este relato do padre Serafim Soares Leite (1890-1969), jesuíta, poeta, escritor e historiador português que viveu muitos anos no Brasil:
O local para as representações assumia tríplice feição, segundo a natureza do fato que se celebrava. Umas vezes era a grande sala de estilo nos colégios, e então era já o palco embrionário dos teatros modernos; outras vezes, a praça pública, em forma quer concentrada, quer dispersiva, distribuindo, neste caso, certos personagens pelo trajeto dalgum cortejo, falando os atores das janelas, à proporção que o cortejo avançava; outras ainda, nas aldeias. É nelas precisamente que o cenário tem mais originalidade na sua candura nativa, ao ar livre: um palanque, umas cortinas singelas a servir de pano de boca [...] e como pano de fundo, não pintado, mas real, a floresta virgem, exuberante, com suas árvores serenas, frondosas, altivas, decoradas pela natureza com parasitas multicolores, aves variadas e cipós seculares, ambiente maravilhoso de movimento de cena e linguagem nova que diziam por si e pela voz dos naturais aqueles padres da Europa.
HESSEL, Lothar Francisco; RAEDERS, Georges. O teatro jesuítico no Brasil. Porto Alegre: UFRGS, 1972.
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LINGUAGEM DAS ARTES VISUAIS
- Azulejo invasor?
Os artistas estão constantemente inventando e repensando as formas de utilizar os materiais da arte. Vimos um pouco da história da azulejaria portuguesa e suas marcas no Brasil. Outros artistas de nossa época apropriaram-se dos azulejos, criando intervenções urbanas e instalações.
Invader
Em Paris, um artista utilizou azulejos e pastilhas para invadir a cidade com vilões espaciais de um dos primeiros jogos de videogame criados. Seu codinome, Invader (Invasor), deriva do jogo que o inspirou: Space Invaders (Invasores do Espaço).
Inicialmente, o trabalho de Invader era aplicado na paisagem urbana de modo clandestino, o que fez ele manter sua identidade escondida. No entanto, mesmo depois de suas obras serem reconhecidas, o artista decidiu manter o anonimato. Hoje, a cidade conta com mais de mil “invasores” espalhados.
Veja alguns exemplos desses “azulejos invasores” a seguir.
Figura 31
“Invasores” instalados na cidade de São Paulo, inspirados pelo artista francês Invader.
Anderson Henrique Ferreira
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O artista tem suas intervenções urbanas em outras cidades fora da França, como São Paulo, onde ficou fascinado pela variedade de peças encontradas nos cemitérios de azulejo (depósitos de azulejos fora de linha).
Figura 32
“Invasores” instalados na cidade de São Paulo, inspirados pelo artista francês Invader. Foto de 2015.
Anderson Henrique Ferreira
Coletivo MUDA
Em 2011, um grupo de jovens arquitetos e designers cariocas criaram o Coletivo MUDA, em que desenvolvem projetos de instalações de painéis com azulejos e ladrilhos. É interessante notar o ritmo quase musical de seus painéis, ora instalados em paisagens urbanas, ora em outros espaços interessantes.
Observe as cores, linhas e disposições dos azulejos nas imagens a seguir.
AMPLIANDO
No contexto da arte, o nome coletivo é utilizado por artistas e outros profissionais que investem em um trabalho desenvolvido por muitas pessoas. Nesses grupos, todos participam como se houvesse um único corpo.
Figura 33
Painel do Coletivo MUDA em Búzios, Rio de Janeiro. [20_ _].
Coletivo MUDA
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Figura 34
Painel do Coletivo MUDA. Instalação realizada na cidade de Nova York, Estados Unidos. Foto de 2013.
Coletivo MUDA
Figura 35
Intervenção urbana do Coletivo MUDA em Florianópolis, Santa Catarina. [20_ _].
Coletivo MUDA
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Azulejo de papel?
A dupla de artistas do Poro decidiu se juntar para, em suas palavras, “levantar questões sobre os problemas das cidades através de uma ocupação poética dos espaços”. Sob o nome Poro, a dupla realiza intervenções urbanas e ações artísticas efêmeras, ou seja, que duram apenas enquanto acontece a ação ou por curto tempo. Em 2007 e 2011, o Poro realizou, com a participação de colaboradores, um projeto intitulado Azulejos de Papel.
Os azulejos de papel viajaram por diversas cidades e acabaram chegando a Lisboa, lá foram instalados em um local onde azulejos antigos haviam sido roubados. Com isso, levantaram uma importante questão: o comércio ilegal. Muitos antiquários (lojas de antiguidades) comercializavam peças roubadas de edifícios históricos ou de demolições. O caso português é conhecido no Brasil em cidades como Olinda (PE), Recife (PE), Salvador (BA) e São Luís (MA). Em Ouro Preto (MG), o roubo de relíquias e antiguidades chegou a níveis altíssimos, que somente com medidas rígidas foi possível mudar a situação da cidade (que hoje possui apenas um antiquário e funcionando dentro da legalidade).
Figura 36
Projeto de intervenção Azulejos de Papel, de Poro, no bairro Floresta, em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 2010.
Poro
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PALAVRA DO ARTISTA
Poro – Intervenções urbanas e ações efêmeras (2002)
Figura 37
Projeto de intervenção Azulejos de Papel, de Poro, no bairro Funcionários, em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 2008.
Poro
Coletivo mineiro cria arte com azulejos de papel
Uma parede ricamente decorada com azulejos em estilo português colonial, ladeada por duas colunas ladrilhadas com motivos florais. No chão, uma faixa de azulejos de padrão geométrico, garantindo certa imponência ao lugar. O que poderia ser a descrição de um luxuoso ambiente de algum imóvel ou de uma mostra de decoração de alto padrão, na verdade trata-se de uma casa abandonada nos subúrbios de Belo Horizonte.
É o que propõe o projeto Azulejos de Papel, produzido pelo grupo Poro – Intervenções urbanas e ações efêmeras. O material é simples. São imagens de azulejos impressas em papel-jornal em tamanho natural: 15 cm × 15 cm. Os artistas colam as peças em muros de casas e lotes abandonados, dando uma nova leitura da cidade.
O trabalho é desenvolvido pela dupla criadora do Poro, Marcelo Terça-Nada! e Brígida Campbell. “Nós não cobrimos a fachada inteira. Nós criamos alguns desenhos, parecendo que ela tivesse tido todos aqueles azulejos e que com o tempo foi perdendo”, descreve Marcelo.
Desde 2002 a dupla realiza diversos projetos de intervenções artísticas e participaram de eventos em Minas e pelo Brasil. [...]
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Obra aberta
A intervenção dos artistas não fica restrita apenas a Belo Horizonte [...]. As peças já foram instaladas em Montreal, Lisboa e Buenos Aires, além de vários estados brasileiros.
A arte dos azulejos é disponibilizada gratuitamente pelo Poro e as pessoas mandam fotos mostrando como ficou a instalação, seja em casa, na rua ou em qualquer ambiente.
Artista conta um exemplo de uso dos azulejos:
“É uma obra aberta. Inclusive teve professores que dão aulas em escolas infantis que usaram o trabalho como exercício para as crianças. O azulejo é um módulo e existem várias maneiras de combinar esses módulos e criar padrões gráficos”, exemplifica. [...]
Os registros de aplicação dos azulejos de papel são divulgados no site do projeto [http://poro.redezero.org]. [...]
COLETIVO mineiro cria arte com azulejos de papel. Caleidoscópio.art. Disponível em:
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