Igor moreira



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. Acesso em: 5 mar. 2016.

a) De acordo com o professor Molion, o ser humano é o principal responsável pelo aquecimento global? Por quê?

b) Comente a seguinte passagem do texto: “o efeito estufa não existe e é uma forma de neocolonialismo dos países mais ricos, uma vez que há uma pressão para que os países em desenvolvimento diminuam a emissão do CO2.

3. Sob orientação do professor, debata a seguinte questão com seus
colegas: “Aquecimento global: mito ou verdade?”. Para isso, organizem-se em dois grupos: um contra o aquecimento e outro a favor.

4. Enem (2009) Reunindo-se as informações contidas nas duas charges, infere-se que

a) os regimes climáticos da Terra são desprovidos de padrões que os caracterizem.

b) as intervenções humanas nas regiões polares são mais intensas que em outras partes do globo.

c) o processo de aquecimento global será detido com a eliminação das queimadas.

d) a destruição das florestas tropicais é uma das causas do aumento da temperatura em locais distantes como os polos.

e) os parâmetros climáticos modificados pelo homem afetam todo o


planeta, mas os processos naturais têm alcance regional.

Enem/reprodução

Disponível em: http://clickdigitalsj.com.br. Acesso em: 9 jul. 2009.

Enem/reprodução

Disponível em: http://conexaoambiental.zip.net/images/
charge.jpg. Acesso em: 9 jul. 2009.

Em grupo


Os problemas e as perdas causados pela seca prolongada em São Paulo são uma ínfima fração dos incalculáveis prejuízos sociais e ambientais que podem ocorrer se pouco for feito com relação às mudanças climáticas.

1. Analisem a tirinha abaixo.

2. Leiam o texto a seguir com atenção.
Calvin & Hobbes, Bill Watterson © 1987 Watterson /
Dist. by Universal Uclick

Calvin e Haroldo, de Bill Watterson, 4 set. 2008.

Ártico registra recorde de degelo e aquece disputa internacional

Sobrevoando o oceano Ártico, a sensação era de estar diante de um espelho gigante, estilhaçado em milhões de pedacinhos. Em vez de vidro, placas de gelo quebradas, resquícios dos últimos dias de verão, refletiam de forma descontínua os raios de sol. Vistos do alto, de um helicóptero, os pedaços, já frágeis, ocupavam quilômetros de mar, mas, a cada minuto, ondas engoliam mais um trecho da cobertura branca. Diante dos nossos olhos, a geleira que cerca o polo norte se desfazia, materializando números que, no dia 27 de agosto, já haviam acionado o alarme sobre a situação. Este ano, foi registrado o recorde de derretimento da cobertura de gelo no oceano, desde que as medições começaram a ser feitas, em 1979. Era esse o motivo que levava à região uma expedição do Greenpeace. A bordo do navio Arctic Sunrise, cientistas de diferentes partes do mundo protestavam contra a exploração econômica do Ártico. Eles reivindicam a criação de uma área de proteção internacional. [...]

NÓBREGA, Camila. Ártico registra recorde de degelo e aquece disputa internacional. O Globo, 2 out. 2012. Disponível em: . Acesso em: 23 out. 2015.
3. Com base nesse depoimento e na charge de Calvin e Haroldo, escrevam um texto sobre as possíveis consequências do aumento da temperatura no planeta.

4. Em uma folha de papel sulfite, criem quadrinhos sobre os temas abordados neste capítulo. A ideia é ampliar a visão do grupo sobre a interferência humana no planeta e refletir sobre quanto estamos vulneráveis. Para isso, recortem imagens de revistas e/ou jornais; façam desenhos; criem personagens, situações e cenários; etc. Comentem os quadrinhos com o professor e a turma e exponham-nos em local de grande visibilidade.

Em debate

Dados divulgados pelo IBGE em 2015 indicam que o Brasil reduziu as emissões de dióxido de carbono e se manteve relativamente estável nos últimos anos, em razão, sobretudo, do combate ao desmatamento na Amazônia, maior fonte de CO2 do país. Desse modo, é provável que o país alcance a meta estabelecida para 2020: ficar abaixo dos 2 bilhões de toneladas. Por outro lado, a ONU alerta que as promessas de redução de gases de efeito estufa, anunciadas até agora por 60 países – responsáveis por quase 70% das emissões –, ainda não estão em compasso com um aquecimento inferior a 2 °C.

Sob a supervisão do professor, conversem sobre a questão a seguir.

Reduzir a emissão de CO2 é um dever de todos.
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Problemas ambientais
urbanos e rurais

Natureza Brasileira/Zig Koch



A construção de condomínios também pode provocar a derrubada de árvores e a redução significativa da vegetação remanescente em grandes cidades, causando forte impacto ambiental nessas áreas. Na foto, obras para o loteamento de um novo condomínio em Natal (RN), em 2014.

Derrubar árvores para construir novas avenidas, ruas, casas e escolas. Despejar o
esgoto sem tratamento em córregos, rios e represas. Depositar o lixo industrial e
o doméstico de modo inadequado em terrenos abandonados. Essas e outras ações são muito comuns em diversas cidades do Brasil e do mundo.

A exploração inadequada dos recursos naturais nas cidades e a falta de preocupação com a preservação ambiental afetam diretamente milhares de pessoas todos os dias, que sofrem com a elevação da temperatura nos grandes centros urbanos, a poluição das águas e a disseminação de doenças decorrentes do acúmulo de lixo.

Mas não são apenas as cidades que padecem com os impactos ambientais. O uso excessivo de agrotóxicos, o manejo inadequado dos solos, a exploração ilegal de madeira e o desrespeito à legislação ambiental também afetam as áreas rurais.

Ao longo deste capítulo, vamos estudar como os impactos ambientais atingem tanto as áreas urbanas quanto as rurais.



Desigualdades no campo e na cidade

No século XIX, Thomas Malthus (1766-1834) afirmava que o crescimento populacional, que tendia a aumentar segundo uma progressão geométrica, excederia o aumento da produção de alimentos, que se dava, no máximo, segundo uma progressão aritmética. O resultado seria uma superpopulação que disputaria o pouco alimento produzido.

A previsão de Malthus estava equivocada, pois a realidade mostrou que não houve esse descompasso entre população e alimentos. Pelo contrário, a produção de alimentos acompanhou e, às vezes, até superou a expansão populacional. O que há é uma distribuição desigual dos alimentos, tanto nos países ricos quanto nos pobres. Além disso, há desigualdades também entre grupos sociais com rendas muito diferentes em um mesmo país, notadamente nos menos desenvolvidos.

Até determinado momento, o produtor tinha controle sobre a produção e a circulação de artigos primários. Com a urbanização, o abastecimento das cidades passou a exigir um sistema de estocagem e distribuição, deixando o produtor – uma vez preso à terra – com o mínimo de controle sobre seu produto. Essa divisão do trabalho se deu também no setor de manufaturas. O artesão perdeu o domínio sobre o processo produtivo e, com a evolução industrial, essa relação tornou-se ainda mais distante.

Muitas cidades industrializaram-se, cresceram e, particularmente nos países menos desenvolvidos, as desigualdades estão presentes na forma de grandes disparidades sociais. A classe econômica favorecida, que tem amplo acesso aos bens e serviços, é responsável pela maior parcela do consumo de recursos, como energia e matérias-primas; enquanto isso, a classe menos favorecida está submetida à porção degradada do ambiente, sem recursos básicos, como moradia, energia, água tratada e rede de esgotos. Embora não seja exclusividade dos menos favorecidos, muitas vezes, parte da população constrói suas moradias em áreas de mananciais, despejando o esgoto doméstico na nascente de um rio, que constitui área de proteção ambiental. Veja a foto abaixo.

Também no meio rural, a desigualdade e a degradação ambiental podem estar relacionadas. Muitas vezes, os grandes produtores rurais utilizam agrotóxicos e pesticidas para combater pragas e diminuir suas perdas, mesmo que, para isso, comprometam o ambiente e a qualidade final dos produtos agrícolas. Com técnicas intensivas de pastagem, causam a compactação do solo e restringem as lavouras. Muitos pequenos agricultores, por sua vez, ainda utilizam a queimada como recurso corriqueiro, danificando o solo. Mas, geralmente, ainda são os grandes fazendeiros que derrubam enorme áreas de mata para a formação de pastagens.


Ecologia da cidade

Samuel Murgel Branco. São Paulo: Moderna, 2003.

O livro aborda problemas do
ambiente urbano, como poluição do ar, ruídos excessivos, deficiência no tratamento de água e esgoto, acúmulo de lixo, etc. Trata, ainda, da relação entre cidade e campo e da necessidade de comprometimento de cidadãos
e governos pelo bem-estar
nas cidades.

Pulsar Imagens/Delfim Martins



A construção de moradias em áreas de mananciais compromete a qualidade da água, pois, muitas vezes, o esgoto é descartado sem tratamento em represas, rios e córregos. Além disso, a retirada da vegetação pode contribuir para o aumento do processo de erosão e para o assoreamento dos corpos de água. Na foto, área da represa Billings, em São Paulo (SP), em 2013.

Impactos ambientais urbanos

Criado pelas sociedades humanas, o ecossistema urbano caracteriza-se por um elevado consumo de energia, produzida, prioritariamente, por ecossistemas naturais. Cada vez que a população das cidades aumenta, cresce também o consumo de combustíveis fósseis, madeira e água, por exemplo. Consequentemente, há um aumento da poluição.

A cidade é um sistema aberto que depende de energia externa, por isso ela está continuamente interagindo com vários elementos naturais. Contudo, a cidade é a grande propulsora de impactos sobre a natureza, tanto em sua área quanto ao seu redor. Desse modo, não se pode restringir a poluição urbana apenas à área urbanizada.

Atualmente, cerca de 54% da população mundial vive em cidades. A urbanização, e a consequente formação de grandes concentrações humanas, ocasiona graves impactos ambientais: poluição sonora e visual; chuva ácida; inversão térmica; ilhas de calor; produção exagerada de lixo; etc. Diferentemente de fenômenos naturais que, muitas vezes, atingem as cidades, como terremotos ou erupções vulcânicas, esses impactos estão diretamente relacionados às atividades humanas.



Poluição sonora e visual

Típica dos grandes centros urbanos, a poluição sonora decorre do barulho produzido por carros, ônibus e caminhões; máquinas das fábricas; prédios em construção; obras nas ruas, principalmente quando se utilizam britadeiras; etc. O barulho excessivo pode provocar a diminuição da capacidade auditiva, além de distúrbios mentais ou neuroses.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o limite tolerável ao ouvido humano é de 65 decibéis (dB). Acima disso, nosso organismo sofre estresse e aumenta o risco de doenças. Com ruídos acima de 85 dB, cresce o risco de comprometimento auditivo. O tempo de exposição e o nível do barulho a que a pessoa se expõe são os fatores determinantes para mensurar a amplitude da poluição sonora.

A poluição visual, por sua vez, está ligada à exploração do espaço urbano pela publicidade. Outdoors, placas, cartazes, telões, painéis eletrônicos, faixas, tabuletas e luzes ocupam todo o horizonte visual, causando cansaço e irritabilidade entre as pessoas que circulam diariamente na cidade.

Pulsar Imagens/Rogério Reis

A poluição sonora e a poluição visual fazem parte, cada vez mais, do cotidiano de muitas cidades brasileiras. Na foto, poluição visual em Porto Velho (RO), em 2013.

Chuva ácida

Árvores enfraquecidas e mortas, monumentos históricos e estátuas corroídos, solos alterados, manchas no capô dos carros. Quem já observou alguma dessas ocorrências praticamente conhece os principais efeitos da chuva ácida.

A expressão chuva ácida foi usada pela primeira vez em 1872, pelo químico inglês Robert Angus Smith (1817-1884). O cientista utilizou a expressão ao estudar a precipitação ácida que ocorreu na cidade de Manchester, no início da Revolução Industrial. Ele estabeleceu uma ligação entre o pH da chuva e a combustão do carvão na cidade inglesa.

Cem anos mais tarde, na primeira Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente, em Estocolmo, cientistas suecos deram um alerta: o país estava arcando com um problema de poluição que havia começado a mil quilômetros de distância, nas áreas industrializadas da Inglaterra. Na época, estudos indicaram que cerca de 5 milhões de toneladas de dióxido de enxofre, expelidas pelas usinas inglesas movidas com a queima de carvão, eram descarregadas na península Escandinava pelas correntes de ar e, depois, precipitavam na forma de chuva. Resultado: contaminação de diversos lagos da região e morte de peixes.

Apesar de ocorrer com maior frequência no hemisfério norte, parte mais industrializada e poluída do globo, não há área no planeta que possa se considerar livre da chuva ácida. Como você viu, os ventos carregam os poluentes para longe, ultrapassando estados e fronteiras e provocando impactos, muitas vezes, a centenas de quilômetros das fontes poluidoras. Embora com menor abrangência do que os gases de efeito estufa, a chuva ácida também é um problema internacional.

Efeitos da chuva ácida

Ao cair na superfície, a chuva ácida queima as folhas das árvores, altera a composição do solo (tornando-o ácido) e provoca corrosão, dizimando florestas lentamente. Essas florestas se transformam nos chamados “paliteiros”, em função da aparência que assumem.

As enxurradas provindas de chuva ácida, juntamente com os ventos, levam compostos que acabam caindo nas águas dos rios, envenenando-os. Peixes e outras formas de vida aquática não sobrevivem aos efeitos da chuva ácida. Além de poluir rios e lagos e acabar com a fauna e a flora aquática, a chuva ácida se infiltra no solo, liberando metais potencialmente tóxicos, como o alumínio e o chumbo. Estes podem se introduzir na cadeia alimentar (através de plantas, por exemplo) e prejudicar a saúde das pessoas.

Atualmente, quase metade das florestas da Alemanha e dos Países Baixos está destruída pela acidez da chuva, e cerca de um terço dos ecossistemas europeus já está seriamente alterado. O solo na região dos montes Apalaches (América do Norte) também está alterado, pois apresenta uma acidez dez vezes maior do que a das áreas vizinhas, de menor altitude. Cerca de dez mil lagos na Suécia estão contaminados. Na Noruega, outros dois mil perderam peixes.

A chuva ácida atinge lavouras, estruturas metálicas e monumentos, transforma a superfície do mármore, deteriora obras milenares. A Acrópole, em Atenas; o Coliseu, em Roma; o Taj Mahal, na Índia; as esculturas e as ruínas maias no sul do México e algumas esculturas na China são exemplos de construções deterioradas pela chuva ácida.


Glow images/Phototake, Inc./Carolina Biological Supply Company

Área de floresta em Mount Mitchell, Carolina do Norte, EUA, afetada pela chuva ácida. Note que, com as folhas das árvores queimadas, a floresta se assemelha a um “paliteiro”. Foto de 2012.

Chuva ácida no Brasil

Embora a chuva ácida não seja muito estudada no Brasil, isso não quer dizer que ela não ocorra no país. Pesquisas constataram que a floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, por exemplo, estava sendo afetada pela chuva ácida. Outras áreas atingidas pelo fenômeno de forma significativa são a região metropolitana de São Paulo e o estado do Rio Grande do Sul.

O caso mais grave, porém, aconteceu na década de 1980, em Cubatão, município paulista onde se localiza um grande complexo industrial químico, siderúrgico e petrolífero. Chuva ácida, chuva química, poluição de rios e córregos e deterioração da Mata Atlântica que recobre a serra do Mar são alguns dos problemas ambientais que afetaram o município de Cubatão. Houve também aumento dos casos de problemas respiratórios na população.

Contudo, nos últimos anos, a diminuição da emissão de poluentes industriais na região de Cubatão permitiu, em parte, a reconstituição da vegetação nas encostas da serra e a recuperação da qualidade de vida da população.



Inversão térmica

Nas grandes cidades é comum ver, no horizonte, um facho cinza-alaranjado que divide o céu antes do anoitecer. Essa é uma típica paisagem que revela a inversão térmica.

Em condições normais, o ar próximo ao solo é mais quente do que o ar que está mais alto, pois o aquecimento da atmosfera se dá de baixo para cima, a partir do calor que o solo absorve graças à radiação solar. Essa diferença de temperatura ocasiona movimentos de convecção – o ar quente sobe e o ar frio desce –, cuja circulação facilita a dissipação dos gases poluentes lançados na atmosfera.

Em lugares em que o solo absorve bastante calor durante o dia, mas, em compensação, durante a noite perde muito calor por irradiação, pode ocorrer uma situação inversa. Se, no final da madrugada, a temperatura próxima ao solo cair a valores muito baixos, o ar resfriado fica retido junto à superfície, impossibilitado de elevar-se por estar muito frio. O estrato atmosférico mais alto fica, então, com ar relativamente mais quente, que, assim, não consegue descer. Momentaneamente, a atmosfera estabiliza-se em escala local, sem convecção, sem ventos, mas com as camadas invertidas: o ar frio abaixo e o ar quente acima. É isso que se chama de inversão térmica, fenômeno que vai lentamente se desfazendo após o nascer do Sol, à medida que o solo e o ar próximo a ele se aquecem e volta a ocorrer circulação atmosférica.

Por terem grande área construída, o que significa desmatada e impermeabilizada, as grandes cidades constituem um ambiente muito favorável à ocorrência de inversão térmica. Assim, embora possa acontecer em qualquer lugar do planeta, o fenômeno é mais comum em grandes centros urbano-industriais, justamente onde poluentes são lançados à atmosfera por diversas fontes. Em razão disso, agravam-se os problemas de poluição atmosférica em cidades como Nova York, Tóquio, São Paulo e Cidade do México, pois, com a inversão térmica, os gases poluentes não se dissipam e ficam retidos perto da superfície.

A inversão das camadas atmosféricas também pode ser provocada por uma rápida penetração de ar de origem polar, o que acontece com certa frequência no inverno, em regiões subtropicais, como a de São Paulo. Por ser mais denso e, portanto, mais pesado, o ar frio penetra sob a camada de ar quente, deslocando-a para cima e causando, assim, uma inversão térmica.

Verifica-se, portanto, que um fenômeno natural acaba produzindo efeitos nocivos em virtude da interferência humana, responsável pela poluição atmosférica. O efeito mais sensível da inversão térmica nas grandes cidades é o aumento das doenças respiratórias durante o inverno, principalmente entre crianças e idosos.

Fotos Públicas/Rafael Neddermeyer



Vista da cidade de São Paulo (SP) por ocasião de uma inversão térmica em 2015. Observa-se a camada de ar frio, altamente poluído, junto à superfície. Para reduzir o problema, foi instituído, em meados dos anos 1990, o rodízio permanente de carros na área central da cidade.

Ilhas de calor

Nos espaços altamente urbanizados, é significativa a diferença de temperatura entre a região central, mais quente, e a periferia, com menor temperatura. Em alguns casos, a diferença pode chegar a 9 °C. Isso ocorre porque, nas áreas centrais, os automóveis e as indústrias lançam poluentes, que provocam o aumen

to da temperatura. O concreto e o asfalto absorvem rapidamente o calor, cuja dispersão é dificultada pela poluição. Veja na imagem abaixo.

Uma das formas de evitar a formação dessas ilhas de calor é a manutenção de áreas verdes nos centros urbanos, pois a vegetação altera os índices de reflexão do calor e favorece a manutenção da umidade relativa do ar.


Temperatura de superfície de parte da região metropolitana de São Paulo (1999)

João Miguel A. Moreira/Arquivo da editora

Fonte: ATLAS Ambiental do Município de São Paulo. Temperatura da superfície. Disponível em:


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