Tempos modernos tempos de sociologia helena bomeny



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DUBET, François. As desigualdades multiplicadas. Ijuí: Unijuí, 2003.

GÊNERO e diversidade na escola: formação de professoras/es em gênero, orientação sexual e relações étnico-raciais. Livro de conteúdo. Versão 2009. Rio de Janeiro: Cepesc; Brasília: SPM, 2009. Disponível em: . Acesso em: maio 2016.

HASEMBALG, Carlos; SILVA, Nelson do Valle. Origens e destinos: desigualdades sociais ao longo da vida. Rio de Janeiro: Faperj; Iuperj; Topbooks, 2003.

MAPA racial do Brasil. Disponível em: . Acesso em: maio 2016.

ROLNIK, Raquel. O que é cidade. São Paulo: Brasiliense, 1988.

SCHWARTZMAN, Simon. As causas da pobreza. Rio de Janeiro: FGV, 2004.

SEN, Amartya. Desigualdade reexaminada. Rio de Janeiro; São Paulo: Record, 2001.

Sites

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea): . Acesso em: maio 2016.

Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST): . Acesso em: maio 2016.

Observatório das Metrópoles: . Acesso em: maio 2016.

Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR-PR): . Acesso em: maio 2016.

Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM): . Acesso em: maio 2016.



Filmes

Como nascem os anjos. Brasil, 1996, 97 min. Direção de Murilo Salles.

Quanto vale ou é por quilo? Brasil, 2005, 104 min. Direção de Sérgio Bianchi.

Nem gravata, nem honra. Brasil, 2001, 70 min. Direção de Marcelo Masagão.

Vista a minha pele. Brasil, 2001, 15 min. Direção de Joel Zito Araújo.
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Alguém falou de racismo? Brasil, 2003, 23 min. Direção de Claudius Ceccon e Daniel Caetano.

Práticas inter e multidisciplinares no ensino



Por uma escola socialmente responsável

Empresas, igrejas, organizações da sociedade civil e outros grupos têm enfatizado a importância da responsabilidade social no mundo de hoje. Mas o que é responsabilidade social? A expressão nasceu no mundo religioso (entre os protestantes) e migrou para o mundo secular.

Ela comporta a ideia de que cada indivíduo deve contribuir para minimizar os efeitos das desigualdades entre pessoas e grupos. Mais tarde ela também passou a significar a responsabilidade dos indivíduos perante o meio ambiente.

Proponha para a turma a seguinte atividade: desenvolver um projeto social em benefício de estudantes, entidades assistenciais ou comunidades carentes. A escolha do grupo beneficiado deve partir dos próprios alunos, bem como a forma de ajudar: doações de roupas, alimentos, materiais escolares, trabalho voluntário etc. A experiência escolar do aluno será enriquecida com ações solidárias e voluntárias promovidas no próprio ambiente da escola, nas quais é necessário lidar com visões de mundo e opiniões diferentes das de seu grupo de afinidades. Apresente essa proposta para os demais professores a fim de criar um projeto integrado para toda a escola.

Comentários e gabaritos

Leitura complementar

O texto selecionado visa alargar a percepção dos estudantes acerca de um tipo de desigualdade relacionada à renda – mas não somente a ela. Quando a cidade propicia um movimento de separação das classes sociais em espaços específicos, onde cada um conhece seu lugar, sentindo-se estrangeiro nos demais, temos a segregação socioespacial urbana – tipo de fratura social que aponta para a produção desigual do espaço urbano. É possível que pessoas de segmentos sociais distintos vivam em espaços “vizinhos” ou que se “misturem”. Não existe “lei” no mundo social que aloje ricos em determinados lugares, segmentos ascendentes em outros e pobres nas periferias ou comunidades. Tais arranjos são construções sociais que as Ciências Sociais estudam.

A segregação espacial (ou residencial), geralmente associada no senso comum a guetos fechados onde pessoas vivem sem o direito de ir e vir (direito de movimento), pode escapar à percepção como um fenômeno que mereça investigação – uma provável indicação de que a segregação foi naturalizada em determinado contexto social.

O texto proposto, além de apresentar uma curta definição do fenômeno e analisar algumas condições para seu surgimento, aponta algumas conclusões – resultantes de diversos estudos – sobre a relação entre segregação espacial e reprodução ou reforço da pobreza.

Discuta o texto com os alunos, esclarecendo os termos e as associações criadas entre as variáveis e solicitando um posicionamento – se concordam ou discordam do conjunto de fatores abordados pelo autor. Munidos de um olhar mais crítico e fundamentado em discussões sociológicas, eles, organizados em grupos, devem então desenvolver uma pesquisa sobre segregações ou formação de territórios nos espaços urbanos.

Sessão de cinema

Morte e vida severina

A extrema pobreza do sertão, o latifúndio e as relações desiguais de poder são mostrados no filme. Se ele for explorado como recurso didático, é interessante conjugar o dado quantitativo – o processo da migração por meio dos números – e o processo humano, cultural e social que está em jogo. Se necessário, recorra ao conteúdo explorado no Capítulo 14 deste livro.



Que horas ela volta?

Além das dificuldades da vida da migrante Val, que deixou sua cidade em busca de trabalho na capital paulista, o filme contrasta a escolarização do filho da patroa e da filha da doméstica, ambos aspirando ao Ensino Superior. Por meio da ficção é possível sensibilizar os alunos para que falem de suas percepções acerca das desigualdades educacionais no país, com base no conteúdo proposto no capítulo.



Branco sai, preto fica

O roteiro do filme possibilita discutir conceitos analisados no capítulo: periferia, exclusão social, segregação, racismo e práticas culturais juvenis, como o hip-hop. O longa-metragem está ambientado em uma cidade-satélite de Brasília (DF). Você pode explorar com os alunos a noção de periferia tomando como referência a sua cidade, suas similaridades e diferenças em relação ao contexto mostrado no filme.


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Reforma Universitária: O que é que eu tenho a ver com isso?

A expansão do Ensino Médio, a escassez de vagas em universidades públicas e o custo elevado da formação em instituições de ensino privadas são temas amplamente discutidos pela sociedade brasileira. A democratização do acesso ao Ensino Superior remete à ideia de inclusão – poder participar em igualdade de condições. Discuta com os estudantes as variáveis que comprometem a democratização do Ensino Superior no Brasil.



O xadrez das cores

Desde a escravidão colonial, os negros resistem à imposição cultural dos brancos europeus – fugas, quilombos, rebeldias. A miscigenação racial e o sincretismo religioso são outras situações de resistência. O outro lado da história é que também houve aculturação dos descendentes dos escravos. Provoque o debate com base na seguinte questão: A necessidade de sobrevivência pode tornar as vítimas de discriminação submissas ou neutralizar sua capacidade de resistir ao preconceito? Instigue o estudante a identificar situações semelhantes à de Cida e Estela em seu cotidiano e refletir sobre possibilidades de superação desse quadro.

Construindo seus conhecimentos

Monitorando a aprendizagem

1. As desigualdades são processos e experiências sociais que colocam alguns indivíduos e grupos em vantagem em relação a outros. As diferentes manifestações de desigualdade não produzem efeitos apenas dentro de sua área. As desigualdades podem se associar, acen tuando as desvantagens entre grupos ou indivíduos. Por exemplo, a desigualdade econômica não cria somente vantagens na área econômica para alguns segmentos: ela também interfere no acesso à cultura, à educação, à saúde etc. Assim, o privilégio econômico reforça as desigualdades culturais e educacionais, que, consequentemente, reforçam as desigualdades de renda.

2. Igualdade de oportunidade: sem levar em conta as condições iniciais dos indivíduos, o acesso a determinados bens é igualitário – a educação fundamental pública é um exemplo. A oferta no ponto de partida é igual e pode gerar uma desigualdade aceitável, decorrente dos méritos de cada um.

Igualdade de condições: partindo do princípio da “equidade”, oferece-se mais aos que têm menos vantagens a fim de igualar as condições de competição. A distribuição das oportunidades é realizada de forma desigual porque se subentende que os indivíduos ou grupos sociais são desiguais desde seu ponto de partida.



3. Existe uma diferença biológica entre os sexos masculino e feminino, mas não existe na natureza algo que estabeleça os papéis dos sexos. São a cultura e a sociedade que definem as noções de feminino e masculino. O conceito sociológico usado no estudo dos papéis sociais dos sexos é gênero.

4. Preconceito de marca: fundamenta-se na aparência. A discriminação se dá em razão do fenótipo do indivíduo (se ele é negro, pardo, “moreno claro”, “moreno escuro” etc.). Segundo Oracy Nogueira, esse é o preconceito racial mais comum no Brasil contra os afrodescendentes, e quanto mais escura for a cor, maior será a intensidade da discriminação.

Preconceito de origem: fundamenta-se no “sangue”. Basta ter um ancestral negro que o indivíduo, mesmo se tiver a cor da pele clara, será considerado negro. Esse é o padrão do preconceito racial que ocorre nos EUA.



5. Orientações para o professor – Promova um debate sobre o tema antes de encaminhar os alunos para a dissertação.

Introduza a discussão com a seguinte ideia: os grandes dilemas das sociedades democráticas são promo ver a igualdade sem homogeneizar ou massificar as pessoas e combater as desigualdades sociais sem eliminar a diversidade cultural. Ajude os alunos a compreender que esses desafios estão presentes na Declaração de Direitos Humanos, na Constituição brasileira e em leis específicas, como o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Estatuto dos Idosos, além daquelas que punem o racismo ou garantem os direitos das pessoas com necessidades especiais.

Lembre que a desigualdade pode ser ao mesmo tempo causa e consequência de preconceitos, e que estas são negações da diversidade social. Muitas vezes combater as desigualdades passa por transformações da mentalidade das pessoas em relação aos diferentes grupos presentes na sociedade.

De olho no Enem

As questões abordam duas dimensões da desigualdade trabalhadas no capítulo – a desigualdade social (também chamada de desigualdade de renda) e a desigualdade que se expressa no tratamento às minorias étnicas, às pessoas com necessidades especiais e aos grupos cuja orientação sexual difere da heterossexualidade ou dos papéis de gênero dominantes.


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Assimilando conceitos

A mensagem transmitida pela charge é a de que a balança da “Igualdade salarial entre os sexos” é extremamente desigual no que se refere ao salário pago a homens e mulheres. Essa informação pode ser comprovada por meio dos dados do Censo 2010, que mostram o rendimento médio total dos homens na faixa dos R$ 1.000,00, enquanto o rendimento médio das mulheres é de R$ 600,00.



Olhares sobre a sociedade

Argumento da “igualdade”: na perspectiva etnocêntrica do branco, seu interlocutor é um “negro de alma branca” – é diferente dos outros negros por ter algo que acredita ser a “excelência do branco”.

Argumento da “cordialidade”: a segregação espacial e a interdição para a construção de relações pessoais com os brancos não seriam diretas, mas mediadas pelo tom educado ou cordial.

Convide os estudantes a opinar sobre a existência ou não de racismo na sociedade brasileira, apresentando dados que contribuam para suas análises: afrodescendentes no campo educacional; a situação da mulher afrodescendente no mercado de trabalho; os afrodescendentes de classe média (depoimentos e dados estatísticos) etc. Contribua para que os alunos percebam que as manifestações do preconceito racial podem ser diferentes daquelas esperadas pelo senso comum. Discuta com a turma essas ideias e explore a abordagem de Gilberto Freyre – que acabou sendo considerada por muitos como a matriz do mito da “democracia racial no Brasil” – e o desenvolvimento das pesquisas sociológicas posteriores sobre as relações raciais no Brasil.



Exercitando a imaginação sociológica

A coletânea de textos discute a separação entre os segmentos abastados e as classes populares, enfatizando o que acontece nas escolas – as privadas, reservadas aos favorecidos, e as públicas, frequentadas pelos pobres. Essa segregação cria ambientes aparentemente homogêneos, o que, segundo um dos autores, configura-se como uma perda para a vida cultural. “Camarotização” é um termo usado para o fenômeno de segregação espacial entre ricos e pobres. Sugerimos que, antes de dar início à elaboração da dissertação, os alunos apontem situações cotidianas que identifiquem a segregação socioespacial – por exemplo, em condomínios, shopping centers, hospitais, escolas etc. – e façam um exercício de desnaturalização. O desafio é identificar como esse contexto compromete a qualidade da democracia no Brasil.

Capítulo 19: Participação política, direitos e democracia

Orientações gerais

Objetivos

Ao longo das aulas, os alunos deverão:

• relacionar cidadania e democracia na organização da sociedade brasileira;

• compreender os conceitos de Estado e de regime político com base no estudo do caso brasileiro;

• analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças no campo político, identificando seu poder de intervenção nas estruturas;

• avaliar criticamente os principais conflitos políticos que ocorreram nos últimos 50 anos da história brasileira;

• analisar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social;

• analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações;

• valorizar o exercício da cidadania (direitos, deveres e participação) e da democracia.

Recursos e questões motivadoras

Os temas/conceitos centrais que são abordados nesse capítulo são cidadania, democracia e mudança social. O capítulo tem uma construção histórica que aborda o período do Regime Militar (1964) até o processo de democratização brasileiro (dias de hoje). Esses temas possibilitam diálogo e troca intensa com duas disciplinas da área de ciências humanas – História e Filosofia. Ainda que os objetos de conhecimento não coincidam no planejamento/programa das disciplinas, é possível construir um diálogo interdisciplinar por meio de exercícios como mesa-redonda, desenvolvimento de projeto de pesquisa ou de atividade dissertativa (ver seção Exercitando a imaginação sociológica).
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Um dos pontos centrais do diálogo com essas duas disciplinas consiste no esforço para problematizar ideias simplificadoras, como “nada mudou”, “está tudo igual, com os mesmos grupos dominantes no poder”. A falta de compreensão dessas ideias, que muitas vezes assumem o tom de denúncia, compromete o entendimento dos processos de mudanças sociais e de sua relação com os movimentos sociais. Sugerimos atenção a essas formas de pensamento que podem configurar-se, ao longo das aulas, obstáculos para a aprendizagem.

Desenvolvendo as aulas

Para a apresentação do objeto de conhecimento, sugerimos que a imagem que abre o capítulo – fotografia do dia da promulgação da “Constituição Cidadã”, de 1988 – seja explorada junto com o desenvolvimento da atividade 1 de Monitorando a aprendizagem (reflexões com base no discurso do presidente da Assembleia Constituinte). Sugerimos que você proponha para a turma as seguintes questões: Se a Carta Magna constitui (cria, funda) um Estado, por que isso teria ocorrido em 1988 se a independência do Brasil aconteceu em 1822? Se o Brasil já teve sete constituições, por que ele teria sido (re)fundado tantas vezes? Por que algumas constituições foram outorgadas e outras promulgadas? A troca inicial de impressões sobre os temas cidadania, democracia e mudança social pode ser um importante recurso para o desenvolvimento de estratégias de ensino-aprendizagem ao longo das aulas. Por exemplo: como conciliar a dimensão formativa (formação para a cidadania) com a aprendizagem dos conceitos das Ciências Sociais relativos a esse objeto de conhecimento? As duas abordagens podem ser trabalhadas concomitantemente, sem prejuízo de qualquer uma delas. Mas isso implica que sejam consideradas no planejamento das aulas e que boas estratégias sejam usadas para alcançar esses objetivos.

Recursos complementares para o professor

Leituras

BRAGA, Maria do Socorro S.; INÁCIO, Magna Maria. Partidos, eleições e governo. In: MORAES, Amaury César (Coord.). Sociologia: Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação; Secretaria de Educação Básica, 2010. v. 15, p. 267-288. (Coleção Explorando o Ensino). Disponível em:


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