Silvia Maria de Araújo · Maria Aparecida Bridi · Benilde Lenzi Motim



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indenização de países ricos sobre as emissões excessivas de dióxido de carbono), "invasões ecológicas" (termo aplicado a povos que dependem de recursos de outros territórios) ou ainda "ambientalismo da pobreza" (referente a conflitos sociais com conteúdo ecológico, principalmente nas zonas rurais).

LEGENDA: Atualmente o lixo produzido nas grandes cidades é enviado para longas distâncias até ser descartado, às vezes nas proximidades de residências de famílias de baixa renda. Na imagem, moradia em lixão em Curitiba (PR). Foto de 2013.

FONTE: Zig Koch/Pulsar Imagens

Grande parte dos recursos naturais, considerados bens comuns do ponto de vista ecológico, é limitada e não renovável. Ao fazer uso indiscriminado desses recursos em suas estratégias de desenvolvimento, a sociedade industrial desconsidera o fato de que eles podem não estar disponíveis em um futuro próximo, destaca a cientista política Elinor Ostrom (1933-2012).

O problema, contudo, não está apenas no consumo de fontes de energia e nos modos de exploração das matérias -primas, porque a produção industrial precisa também de locais de despejo para os rejeitos. Problemas de longo prazo, como a contaminação de terrenos e lençóis freáticos por esses rejeitos, apresentam-se como uma ameaça ao meio ambiente, dada a lenta capacidade de recomposição dos ecossistemas. Assim, alguns cientistas identificam uma vagarosa, mas persistente, crise civilizatória: a percepção dos danos à humanidade começou muito tarde para reverter esse processo.



Crise significa transição, indeterminação quanto aos processos sociais em diferentes contextos históricos. Para Boaventura de Sousa Santos (1940-), a crise na sociedade contemporânea se coloca por não termos soluções modernas para os problemas modernos.

LEGENDA: Madeira apreendida em dezembro de 2011 por operação conjunta de órgãos do governo em serraria ilegal na cidade de Trairão, no oeste do Pará. As tábuas foram obtidas de madeira extraída ilegalmente da floresta Amazônica.

FONTE: Lunae Parracho/Agência France-Presse

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Pausa para refletir

Em 2015, o Brasil era o segundo maior produtor mundial de biocombustíveis em geral e também de biodiesel, obtido de óleos e derivados vegetais e animais. Naquele ano, o programa nacional de produção de biodiesel completou onze anos. Embora tenha havido o incentivo inicial à utilização de plantas nativas das regiões mais pobres, com foco na agricultura familiar, nem todas mostraram-se viáveis, como o biodiesel da mamona e do dendê. Atualmente, produtos de culturas de larga escala do Centro-Sul do Brasil, como o óleo de soja e a gordura de origem animal, respondem pela maior parte da produção de biodiesel. Na produção total de biocombustíveis, porém, o etanol obtido da cana-de-açúcar ainda predomina.

A adição obrigatória, desde 2005, de uma porcentagem de biocombustível ao diesel fez crescer a demanda desses produtos e os investimentos no setor. Por outro lado, desde 2006, há no mundo um forte aumento na demanda de alimentos, em especial em países pobres, como Indonésia, Mongólia, Uzbequistão, Egito, Mauritânia, Moçambique, Marrocos, Camarões, México e Argentina. O problema não é apenas humanitário e social, mas político, entre as nações produtoras e exportadoras e seus interesses de maior ganho. Conforme reportagem publicada em 2008:

... o Banco Mundial propôs um tipo de New Dealpara a Política Global de Alimentos, que incluiria a doação de 500 milhões de dólares dos países ricos para transferências, em dinheiro vivo, às populações com fome, além da elaboração de programas para uma maior produção mundial. Porém, tal iniciativa seria emergencial e não toca no problema central. Falta comida e sobra especulação dos mercados financeiros.

PINHEIRO, Márcia; ATHAYDE, Phydia. A revolta dos pobres. CartaCapital, 30 abr. 2008. p. 29.

Considerando o exposto e as informações complementares que você pode pesquisar em veículos impressos ou na internet, responda:

1. Há relação entre a falta de acesso aos alimentos no mundo e o agronegócio como a produção do biodiesel?

2. Como é possível promover desenvolvimento econômico que assegure renda e emprego para a população, preserve o ambiente (com redução da poluição e preservação da flora e fauna, da água, do ar) e priorize a produção de alimentos? Escreva sobre possíveis medidas que poderiam ser adotadas pelo Estado brasileiro nesse sentido.

Em busca de uma sociedade sustentável

Como vimos, na sociedade moderna ocorre um estranhamento entre ser humano e natureza: o primeiro não se reconhece como parte dela. Parece ser urgente que se redefina o sentido atribuído à natureza, o que significa alterar o modo como nos relacionamos com ela. A forma capitalista de produzir consome fartamente matérias-primas e recursos não renováveis e gera enorme quantidade de lixo para aterros sanitários, que mais e mais se mostram insuficientes. Quando o solo, o ar e a água sofrem devastação, quando os seres humanos estão submetidos à violência de sobreviver com dificuldades, quando há a incerteza do futuro, tornam-se necessárias mudanças de comportamento e empenho na busca de soluções, em todos os níveis e áreas, com foco na coletividade.

Atualmente, entidades como o Banco Mundial e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) falam em "paradigma de crescimento verde". Esse modelo busca agregar ciência, tecnologia, grupos comunitários e governos para estabelecer objetivos e metas ambientais de uma política de desenvolvimento sustentável.

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Seriam privilegiados os "empregos verdes", ou seja, aqueles que visam preservar e restaurar a qualidade do meio ambiente. Os defensores dos "empregos verdes" argumentam que eles ajudam a proteger os ecossistemas e a biodiversidade; reduzem o consumo de energia, materiais e água mediante a utilização de estratégias de alta eficácia; minimizam ou evitam a geração de diferentes formas de lixo e poluição. No entanto, críticos apontam a insuficiência dessas medidas caso não se enfrentem outros problemas, como o da obsolescência programada dos produtos vendidos e o do excesso de uso de embalagens e produtos descartáveis.

O filósofo francês Pierre-Félix Guattari (1930-1992) propõe uma concepção ampliada de ecologia, na qual nossa vida se desdobra em três dimensões: a que envolve o meio ambiente (natural) propriamente dito; aquela em que se dão as relações sociais; e aquela mental, relativa à subjetividade humana. Essa concepção abrangente da natureza do ser humano, como ser individual, cultural e também natural, está na base das teorias por um desenvolvimento sustentável pós-consumista, ou seja, não desperdiçador.

Uma sociedade sustentável tem se tornado uma necessidade e pede uma nova ética para a produção e para o consumo. Essa ética, que prioriza o ambiente, gera uma consciência dos valores sociais primordiais: ecológicos, genéticos, sociais, econômicos, científicos, educacionais e culturais. É fundamental recordar o fato de que somos indivíduos numa coletividade. O filósofo e sociólogo Edgar Morin (1921-) propõe o desenvolvimento de uma ética que respeite as três dimensões interligadas. Essa perspectiva de preservação do gênero humano chama-se "ecoética" - uma ética ecológica, fruto da relação respeitosa e responsável dos seres humanos com o planeta.

Numa atitude ética, sustentada na responsabilidade das partes e entre as partes que integram a sociedade, vivem-se princípios e valores que podem levar a uma crescente autonomia, permitindo aos indivíduos e grupos sociais fazer suas escolhas e exercer um controle democrático sobre as instituições e organizações da sociedade. Assim, pesquisas sobre o ambiente e a relação humano-natureza apontam ser necessário investir na conscientização e consequente desenvolvimento do ser humano, mais que no desenvolvimento da riqueza do ser humano.

Atitudes individuais e coletivas visando ao consumo sustentável, ao incentivo aos produtos orgânicos, à redução do desperdício e ao reaproveitamento de materiais são importantes. Porém, sabemos que elas, de forma isolada, não darão conta de reverter os processos de devastação e degradação dos ecossistemas ou garantir a preservação e a conservação deles. Também as comunidades que estabelecem relações com o ambiente e os recursos naturais fora do mercado de consumo ou que deles obtêm seu sustento de maneira mais próxima precisam ser consideradas quando se realizam obras de grande impacto ambiental, por exemplo.

Reflexões sobre o ambiente e a relação ser humano-natureza reforçam a necessidade de amadurecer uma consciência social do equilíbrio ecológico.

LEGENDA: Funcionário manipula celulares destinados à reciclagem em São José dos Campos, em São Paulo, no ano de 2008. O comportamento consumista e a rápida obsolescência dos produtos que usam tecnologia da informação produzem grandes quantidades de lixo eletrônico, o que pode comprometer o meio ambiente.

FONTE: Rogério Cassimiro/Folhapress

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Enquanto países e empresas procuram o desenvolvimento econômico tendo em vista apenas as disputas de poder e de mercado, as consequências sociais dessa produção em larga escala quase nunca são contabilizadas. Os interesses econômicos e políticos, ao se sobreporem às questões sociais e ambientais, dificultam a implementação de soluções eficientes em âmbito global, como podemos compreender ao pesquisarmos sobre as diversas conferências internacionais sobre clima, meio ambiente e desenvolvimento sustentável, como a Eco-92 ou a Rio+20.

LEGENDA: Chefes de Estado posam para foto durante abertura da conferência Rio+20 sobre desenvolvimento sustentável, em junho de 2012, no Rio de Janeiro (RJ).

FONTE: Paulo Whitaker/Reuters/Latinstock

LEGENDA: Ativistas conduzem globo terrestre durante a Cúpula dos Povos por Justiça Social e Ambiental, evento que ocorreu paralelamente à Rio+20, em 2012, no Rio de Janeiro. A sociedade civil se mobiliza pelo meio ambiente diante da ação insuficiente dos Estados nacionais.

FONTE: Felipe Dana/Associated Press/Glow Images



Pesquisa

A Organização das Nações Unidas (ONU) realizou uma conferência para o desenvolvimento sustentável chamada Rio+20, que ocorreu no Brasil, em 2012. Os países participantes debateram sobre a questão ambiental e, ao final, foi redigido um documento, uma espécie de carta de intenções com orientações a serem adotadas pelos países.

· Leve em conta o exposto no capítulo e faça uma busca na internet sobre a conferência Rio+20. Depois de ler o material obtido, realize uma síntese dos objetivos do evento, suas principais resoluções, seus pontos positivos e negativos com relação à busca por melhoria das relações entre desenvolvimento e meio ambiente. Em classe, destaque e discuta com os colegas sobre os pontos que você considera relevantes para o avanço das discussões sobre a relação sociedade-natureza e aqueles que você entende como as principais dificuldades a serem superadas.

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Diálogos interdisciplinares

Ao longo deste capítulo vimos como ações humanas influenciaram de forma decisiva o meio ambiente, em especial na modernidade. Neste projeto interdisciplinar, vocês utilizarão conhecimentos das Ciências Sociais, da Biologia e da Geografia para construir uma maquete. A ideia é ilustrar um processo de mudança ambiental e climática causado ou agravado pela interação ser humano-natureza propondo possíveis soluções.

a) Em grupo, escolham um ecossistema ou bioma que vem sendo ameaçado na sua região ou no estado onde moram. Relembrem o que aprenderam nas aulas de Biologia e Geografia a respeito desse ecossistema.

b) Façam uma pesquisa em fontes bibliográficas e na internet sobre os riscos e as ameaças a esse ecossistema e/ou bioma. Pesquisem também sobre a vida das populações na região ameaçada.

c) Utilizando material reciclável, construam uma maquete que mostre:

· o funcionamento do ecossistema ou bioma escolhido;

· as interações humanas em alguns de seus processos e o efeito disso;

· a relação da população da região com o problema.

d) Incluam na maquete uma demonstração de como esse problema pode ser resolvido, possivelmente apontando mais de uma solução.

e) Apresentem o resultado do trabalho em sala de aula (ou a outras turmas da escola).

Conceitos-chave:

Alienação, emancipação social, sociedade de risco, racionalização, modernização, hegemonia, inovação, desenvolvimento, distribuição ecológica, crise, ecologia, consciência ecológica.

FONTE: Filipe Rocha/Arquivo da editora

Revisar e sistematizar

1. Caracterize a relação ser humano-natureza nas sociedades ocidentais contemporâneas. Comente também as críticas feitas a essa separação entre ser humano e natureza.

2. Quais são algumas das ameaças ao meio ambiente produzidas pela ação do ser humano atualmente? Dê exemplos.

3. Segundo Ulrich Beck, vivemos em uma "sociedade de riscos". Explique essa expressão e responda a que riscos o autor se refere.

4. Toda inovação é considerada benéfica? Justifique sua resposta.

5. Qual é o significado de desenvolvimento sustentável? De que forma seria possível promovê-lo?

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Teste seus conhecimentos e habilidades

1. Vários crimes contra a natureza são dolorosamente memoráveis. O primeiro a chamar a atenção mundial foi a destruição atômica em Hiroshima e Nagasaki, no Japão, que matou pelo menos 750 mil japoneses e deixou o ambiente local radioativo por décadas. Outra tragédia nuclear, a explosão de um reator na usina de Chernobyl, na Ucrânia, em 7986, tirou a vida de 70 mil pessoas e afetou milhares de quilômetros de florestas. Outras tristes lembranças são os derramamentos de óleo no mar do Alasca, em 7989, e na costa espanhola, no ano passado [2002]. Ou o vazamento de gases tóxicos em Bhopal, na Índia, em 7984, considerado o pior acidente químico da história.

RATIER, Rodrigo. Quais foram os maiores desastres ecológicos do mundo? Disponível em: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quais-foramos-maiores-desastres-ecologicos-do-mundo. Acesso em: 11 jul. 2015.

O fragmento do texto destaca uma série de desastres ecológicos ocorridos no século XX e no início do século XXI, em diferentes regiões do planeta. O que eles têm em comum?

a) Foram causados pelo ser humano, tendo ocasionado grandes danos ao ambiente.

b) Foram ocasionados por erros pessoais, mas resolvidos em curto espaço de tempo pela solidariedade dos cidadãos que, prontamente, atuaram para minorar o sofrimento humano.

c) Resultaram dos conflitos da Guerra Fria.

d) Esses episódios foram desastres que não se repetiram em nenhum momento da história da humanidade.

e) Dos episódios relatados, apenas o de Chernobyl se deveu à ganância humana pelo lucro.



2. Os desastres ambientais naturais (decorrentes da natureza) ou aqueles provocados pela ação humana têm feito um crescente número de vítimas em diversas partes do mundo. Sobre esses desastres, assinale na lista abaixo aquele que se deveu a aspectos naturais que fogem ao controle da ação humana.

a) Em março de 1989, um petroleiro deu início a um danoso derramamento de óleo após colidir com rochas, matando milhares de animais marinhos e aves.

b) Em 1987, um acidente levou ao vazamento de césio-137, material radioativo utilizado em aparelhos radiológicos, em Goiânia (GO).

c) Em 2001, uma plataforma de petróleo explodiu no golfo do México, provocando um derramamento de óleo que contaminou a costa sul dos Estados Unidos.

d) Em Guiyu, conhecida como "cidade-lixo da China", 81,8% das crianças pesquisadas apresentam taxas de chumbo no sangue acima do que se considera seguro. A cidade recebe um milhão de tonelada de resíduos dos Estados Unidos, Canadá, Japão e Coreia do Sul.

e) Em 2004, um tsunami causou a morte de milhares de pessoas na Indonésia, Malásia, Maldivas e outros países do oceano Índico.



3. Leia a seguinte definição de desertificação:

A discussão conceitual sobre desertificação evoluiu durante os anos 7980 e se consolidou no documento discutido e aprovado durante a Conferência do Rio em 7992, a Agenda 27.

A Agenda 27, em seu capítulo 72, definiu a desertificação como sendo "a degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e sub-úmidas secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades humanas", sendo que, por "degradação da terra", se entende a degradação dos solos, dos recursos hídricos, da vegetação e a redução da qualidade de vida das populações afetadas.

Disponível em: www.iicadesertification.org.br/index.php/ desertificacao/8-servicos/desertificacao/62-o-que-e-desertificacao. Acesso em: 28 jan. 2016.

Entre os fatores resultantes de atividades humanas que provocam desertificação, não podemos citar:

a) certas práticas de irrigação.

b) mineração.

c) desmatamento devido à pecuária extensiva e ao uso de madeira para fins energéticos.

d) as atividades agrícolas das populações indígenas com a prática da rotação de culturas.

e) monoculturas que exaurem o solo.



4. Quase todos os dias, os jornais estampam notícias sobre a necessidade de mudar a matriz energética mundial, combater o uso indiscriminado de combustíveis fósseis e utilizar fontes de energia renováveis e menos poluentes. As mudanças climáticas, também causadas pela emissão dos gases poluentes oriundos da produção de energia, e a necessidade econômica e estratégica de depender menos do petróleo e de outros combustíveis fósseis são razões para isso. Não é à toa que entre essas notícias há tantas sobre o Brasil.

MALZONI, Isabel. Entenda a matriz energética brasileira. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/geografia/praticapedagogica/energia-brasil-pais-presente-matriz-energetica586688.shtml. Acesso em: 13 jul. 2015.

Das fontes de energia elencadas abaixo, assinale a que não é renovável:

a) hidroeletricidade

b) geotérmica

c) petróleo

d) energia eólica

e) solar


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Descubra mais

As Ciências Sociais na biblioteca

BRANDENBURG, Alfio; BILAUD, Jean-Paul; LAMINE, Claire. Redes de agroecologias: experiências no Brasil e na França. Curitiba: Kairós, 2015.

Apresenta estudos sobre as redes de produção ecológicas com base nas experiências do Brasil e da França.

HARE, Tony. Reciclagem. São Paulo: Melhoramentos, 1991.

Reflexão sobre o desperdício e o consumismo desenfreado.

JAMES, Bárbara. Lixo e reciclagem. São Paulo: Scipione, 1992.

O acúmulo de lixo é um problema para a sociedade. O livro trata de medidas que podem ser adotadas.

MUNDURUKU, Daniel. Contos indígenas brasileiros. São Paulo: Global, 2004.

Contos míticos que apresentam a trajetória de diversos povos indígenas.

LEGENDA: Capa do livro Contos indígenas brasileiros, de Daniel Munduruku (ed. Global).

FONTE: Reprodução/Editora Global

As Ciências Sociais no cinema

Dersu Uzala, 1975, União Soviética/Japão, direção de Akira Kurosawa.

História de um caçador que vive nas florestas da Sibéria em comunhão com a natureza.



O sal da terra, 2014, França/Itália/Brasil, direção de Wim Wenders e Juliano Salgado.

Documentário de parte da trajetória do fotógrafo Sebastião Salgado registra a devastação da natureza e danos a populações em diversas regiões do planeta.

LEGENDA: Pôster do documentário O sal da terra, de Wim Wenders e Juliano Salgado.

FONTE: Divulgação/Decia Films



Erin Brockovich - uma mulher de talento, 2000, Estados Unidos, direção de Steven Soderbergh.

A luta para que uma indústria indenize a população de uma cidade intoxicada por dejetos industriais.



Estamira, 2004, Brasil, direção de Marcos Prado.

O documentário acompanha uma mulher diagnosticada como esquizofrênica, que vive em um lixão do Rio de Janeiro. Com um vocabulário próprio, Estamira luta pelos princípios em que acredita.

LEGENDA: Capa do DVD do documentário Estamira, dirigido por Marcos Prado (Brasil, 2004).

FONTE: Riofilme/Zazen Produções Audiovisuais



Ilha das flores, 1989, Brasil, direção de Jorge Furtado.

A realidade das pessoas em um lixão denunciada didaticamente pela trajetória de um tomate.



O futuro da comida, 2004, Estados Unidos, direção de Deborah Koons Garcia.

Filmado nos Estados Unidos, no Canadá e no México, o filme mostra como a política e as multinacionais ocidentais controlam o sistema de comida no mundo.



O veneno está na mesa, 2012, Brasil, direção de Sílvio Tendler.

O filme mostra que muitos agrotóxicos utilizados no Brasil estão proibidos em quase todo o mundo pelo risco que representam à saúde pública, tanto dos trabalhadores quanto dos consumidores.



Uma verdade inconveniente, 2006, Estados Unidos, direção de Davis Guggenheim.

Documentário que discute o aquecimento global e os impactos sobre a vida no planeta.

As Ciências Sociais na rede

Agência Nacional de Águas - ANA. Disponível em: www.ana.gov.br. Acesso em: 25 jun. 2015.

Site com notícias, atlas, vídeos e biblioteca virtual sobre regiões hidrográficas brasileiras e abastecimento urbano de águas.

Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos - CPTEC. Disponível em: www.cptec.inpe.br/queimadas. Acesso em: 25 jun. 2015.

Site do Ministério da Ciência e Tecnologia e do Ministério do Meio Ambiente que monitora, em tempo real por satélite, os focos de queimadas no Brasil.

Ciclos anuais dos povos indígenas no Rio Tiquié. Disponível em: http://ciclostiquie.socioambiental.org. Acesso em: 28 jan. 2016.

Colaboração entre povos indígenas do alto rio Negro, no Amazonas, e o Instituto Socioambiental, é um calendário interativo com informações sobre atividades de coleta, pesca e plantio na região.



Instituto Socioambiental - ISA. Disponível em: www.socioambiental.org.br. Acesso em: 25 jun. 2015.

É possível pesquisar informações sobre meio ambiente e povos indígenas no Brasil.



Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: www.mma.gov.br. Acesso em: 25 jun. 2015.

Site do governo federal que cuida das questões ambientais do país.

Organização das Nações Unidas para Alimentos e Agricultura - FAO. Disponível em: www.fao.org. Acesso em: 25 jun. 2015.

Site da Organização das Nações Unidas com informações e vídeos sobre os recursos naturais e seu uso no mundo.

Portal Brasil - Acordos globais. Disponível em: www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2012/01/acordosglobais. Acesso em: 25 jun. 2015.

Página do site do Governo Federal do Brasil com notícias atualizadas sobre meio ambiente.



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Bibliografia

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RODRIGUES, Miguel. Biodiversidade: do planejamento à ação. Ciência & Cultura - temas e tendências: biodiversidade, artigos. Revista da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, ano 55, n. 3, jul./ago./ set. 2003. p. 47-48.

SOUSA SANTOS, Boaventura de. O norte, o sul e a utopia. In: SOUSA SANTOS, Boaventura de. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1996. p. 281-348.

LEGENDA: Capa do livro Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade, de Boaventura de Sousa Santos (ed. Cortez), 1996.

FONTE: Reprodução/Cortez Editora

STRATHERN, Marilyn. Nem natureza, nem cultura. In: O efeito etnográfico. São Paulo: Cosac Naify, 2014. VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. O perspectivismo ameríndio: ecologia política de uma teoria. Seminário de Antropologia. Universidade de Lisboa, jul. 2011.

LEGENDA: Capa do livro O efeito etnográfico, de Marilyn Strathern (ed. Cosac Naify), 2014.

FONTE: Reprodução/Cosac Naify

LEGENDA: Capa do livro Redes de agroecologias, de Brandenburg, Bilaud e Lamine (ed. Kairós), 2015.

FONTE: Reprodução/Capes/Cofecub


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