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⋅ Sobre o professor pesquisador:
MARTINS, Mirian Celeste; PICOSQUE, Gisa. Uma pequenina pesquisa para adentrar com outros olhos nos conteúdos do ensino de arte. 2007. Trabalho apresentado no 16º Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisadores de Artes Plásticas Dinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais, Florianópolis, 2007.
- Linha do tempo – Afrodescendentes: arte e cultura
A linha do tempo surge como mais um instrumento didático para você, professor, conversar com os alunos sobre as transformações na arte. Ela também é muito útil para localizar os alunos na relação tempo × espaço dos acontecimentos. É importante fazer essa ambientação, mostrando as diferenças entre a época estudada e hoje. Utilize sua abordagem sempre que possível.
Neste breve panorama, trazemos alguns nomes de destaque na História da Arte Afrodescendente no Brasil. Trouxemos tanto artistas destacados nos capítulos quanto outros ícones de nossa história. Aos nomes das artes visuais acrescentamos Pixinguinha, na música, o ator Grande Otelo e a bailarina Regina Advento.
- Conteúdos do CD deste volume
Faixa 1: Panphonia: sons da rua de uma cidade, de Janete El Haouli
Comente com os alunos que essa panphonia ilustra uma paisagem sonora urbana, gravada num sábado de céu azul, às onze horas da manhã, no mês de maio de 2001. Escutamos aqui aquilo que a musicista ouviu durante seu passeio sonoro pelo centro de Londrina (PR), num dos calçadões da cidade. Em silêncio, com um gravador digital, um microfone estéreo e fones de ouvido, percorreu lentamente esse calçadão por quase uma hora registrando os sons que aconteciam ali (pessoas andando, murmúrios, grupos de capoeira, de maracatu — mestre Salustiano fazia um cortejo naquele momento —, música boliviana, efervescência do comércio etc.). Esse registro é hoje memória de uma paisagem sonora que, como uma fotografia, não se repetirá mais na mesma situação, nas mesmas condições.
Faixa 2: Sinfonia para os sapos, de Janete El Haouli
Comente com os alunos que essa peça ilustra uma paisagem sonora rural. De certa forma, rememora as experiências auditivas da musicista em sua infância, quando, sem buscar compreender, escutava os sons de pássaros, carros, buzinas, máquinas, vozes faladas, cantadas e tudo o mais que soasse à sua volta, todo som sendo música. A trilha foi gravada durante uma caminhada noturna de lua cheia, num brejo perto da cidade de Londrina (PR), habitado por miríades de sapos, rãs, pererecas. A parte
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inicial da gravação contém o registro dos sons naturais (sem manipulação), e depois do primeiro minuto aparecem jogos sonoros, num breve divertimento, utilizando vários procedimentos de transformação dos sons (modificação da altura, acelerando ou diminuindo os pulsos que caracterizam o canto desses animais etc.).
Faixa 3: Duorganum II, nº 4, de José Augusto Mannis
Reforce para os alunos que essa peça, de 1989, embora pareça, não é propriamente uma paisagem real: trata-se de paisagem sonora virtual em que o compositor evoca o canto de baleias imaginárias por meio de sons manipulados tecnologicamente (registro em mídia eletrônica, eletroacústica). É, por assim dizer, um tributo à natureza concebido e realizado por meio de recursos tecnológicos, com sons de modulação de frequência, tratados em baixa velocidade. O músico foi tocando num teclado e gravando para, após selecionar os trechos, manipulá-los, montá-los e finalizá-los fazendo a mixagem da música que aqui podemos escutar.
Faixa 4: Da serpente ao canário (Micropeça nº 6), de Carlos Kater
Explique aos alunos que essa breve peça, de apenas 38 segundos de duração, possui uma forma original e integra apenas elementos sonoros presentes na natureza: sons de serpente, quero-quero, pica-pau, sapo, canário, capivara e canário-do-reino, tendo ao fundo sonoridades típicas de mata. Integra o CD que acompanha o livro Erumavez... uma pessoa que ouvia muito bem (São Paulo: Musa, 2011), escrito pelo mesmo autor. A seguir se pode observar a sua “audiopartitura”, na qual está representada a organização das diferentes sonoridades que compõem a peça, facilitando assim o acompanhamento de sua escuta.
Figura 1
[49] Org. 6 – Da Serpente ao Canário 1 3 5 3
2 4 7
6
Fundo com sonoridade de mata
1) Serpente
2) Quero-quero
3) Pica-pau
4) Sapos
5) Canário
6) Capivara
7) Canário-do-reino
Faixa 5: Um mistério em cada canto (Micropeça nº 7), de Carlos Kater
Comente com os alunos sobre o processo de pesquisa dessa micropeça. Ela também se compõe apenas de sons presentes na natureza, como o canto das aves mutum, araponga, bacurau, inhambuchintã, harpia, tovaca-cantadora e de sapos e grilos. Integra o CD que acompanha o livro Erumavez uma pessoa que ouvia muito bem, anteriormente mencionado. Sua notação em forma de roteiro verbal permite apoiar a escuta e ainda ilustrar uma maneira interessante de registrar atividades musicais em sala de aula.
Roteiro: 1) Dois sons de araponga, seguidos por um som de mutum. 2) Dois sons e mais outro de araponga; após, um som e mais outro de mutum. 3) Pedal contínuo de grilos com pererecas do qual surge o uivo de um lobo. O pedal de grilos transforma-se em seguida num pedal de cigarras, que, ampliando-se por todo o espaço, é finalizado pelo som sutil e discreto de gotas de água em decrescendo. 4) Depois de uma breve pausa, reaparece o pedal de grilos com pererecas, do qual surge agora o solo de um uirapuru e em seguida o pio de um bacurau (duas intervenções). Sobrepõe-se ao pedal de grilos outro de sapos, e ambos acabam por desaparecer, sumindo pouco
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a pouco. 5) Após instantes, um inhambu-chintã interpreta seu pio característico em intervalo de terça menor descendente: “sib-sol”, breve pausa, novamente “sib-sol” e após espaço pouco maior repete com pequena variação... “sib-sib-sol”. 6) Entrada progressiva de um solo de tovaca-cantadora, em crescendo, com sua expressão característica ascendente, sendo a partir de um momento contraponteada por intervenções pontuais livres do inhambu-chintã e ao final cortados subitamente pelo grito marcante e incisivo de uma harpia... Silêncio súbito! 7) Tem início agora um pedal de grilos ao qual se sobrepõe um de sapos e após mais outro de cigarras, momento em que então ouvimos a vocalização de um mutum, para em seguida toda essa massa sonora ser cortada pelo som estridente da araponga. Evoca-se aqui uma retomada do começo da peça, com os pedais de sons contínuos e regulares (grilos, sapos e cigarras), assim como o pio do mutum e o da araponga sendo apresentados em ordem contrária à de suas entradas (retrógrado). 8) Breve silêncio e, logo em seguida, ouvem-se os sons espaçados da araponga, que em decrescendo voa, afastando-se para longe.
Faixa 6: Transição entre o rio São Francisco e Águas Emendadas. (Ver comentário na Faixa 7.)
Faixa 7: Momentos finais, descarga, canos e nascente emparedada
Explique aos alunos que as faixas 6 e 7 integram o projeto Rio oir, concebido por Cildo Meireles. Sua realização envolveu uma importante pesquisa sonora a fim de atender às necessidades da obra idealizada pelo artista: um LP no qual, de um lado, há sons de águas (14”32’) e, de outro, sons de risadas (10”39’), para completar o palíndromo. Foi usado um sistema simples de gravação (gravadores de mão, microfones subaquáticos e microfones dinâmicos). A equipe viajou para diversos locais do Brasil — Estação Ecológica Águas Emendadas, Foz do Iguaçu, rio Paraná, foz do rio São Francisco e pororoca do rio Araguari, no Amapá — captando o som de nascentes, córregos, riachos, cachoeiras, olhos-d’água, corredeiras, ondas e todas as águas residuárias encontradas no caminho (águas manipuladas pelo homem, águas encanadas, piscinas, privadas, torneiras, saída de esgoto, cano de lava rápido etc.), além de... muitas risadas. A captação e gravação foram de Felipe Magalhães.
Faixa 8: Minno amor
Comente com os alunos que, nessa faixa, temos representada uma forma musical muito utilizada na Espanha, em especial do século XV ao XVIII, o vilancico. De autor anônimo, Minno amor foi encontrada numa antologia musical do final do século XV, intitulada Cancioneiro de palácio. Embora situada na transição entre os séculos XV e XVI, representa o estilo musical que se desenvolverá cada vez mais na Renascença. Essa breve música foi concebida para três vozes (duas femininas e uma masculina), sem acompanhamento (dita também “a capela”) e com texto em espanhol antigo. É interpretada aqui por Patrícia Nacle (voz feminina de contralto), Anna Carolina Moura (voz feminina de soprano) e Sabah Teixeira (voz masculina de barítono).
Faixa 9: Pars mea Dominus, de Palestrina
Explique aos alunos que Giovanni Pierluigi da Palestrina (Itália, c. 1525-1594) é um dos mais reconhecidos compositores de música religiosa vocal da Europa do século XVI. Temos aqui um exemplo de música sacra, para três vozes sem acompanhamento (duas vozes femininas e uma masculina), com texto em latim. Nota-se a independência das linhas melódicas, que, se cantadas em separado, fariam do mesmo modo pleno sentido.
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Intérpretes: Patrícia Nacle (voz de contralto); Anna Carolina Moura (voz de soprano); Regiane Martinez (voz de soprano).
Faixa 10: Chame a atenção dos alunos para a audição dos instrumentos de cordas: violino, viola, violoncelo e contrabaixo (tocados com arco), harpa (com pinçamento da corda). (Ver comentário da faixa 14.)
Faixa 11: Chame a atenção dos alunos para a audição dos instrumentos de teclado: piano e celesta.
(Ver comentário da faixa 14.)
Faixa 12: Chame a atenção dos alunos para a audição dos instrumentos de sopro de madeira: flauta transversal, oboé, clarinete, saxofone alto e saxofone tenor. (Ver comentário da faixa 14.)
Faixa 13: Chame a atenção dos alunos para a audição dos instrumentos de sopro de metal: trompa, trompete, trombone de pisto, trombone de vara e tuba. (Ver comentário da faixa 14.)
Faixa 14: Chame a atenção dos alunos para a audição dos instrumentos de percussão: caixa, tímpanos, pratos, gongo (ou tam-tam), marimba e vibrafone. Destaque para os alunos que, nas faixas 10 a 14, são apresentadas amostras de sons de diferentes instrumentos (cordas, metais, madeiras, percussões), a maioria deles de orquestra. Para os instrumentos melódicos, ouvimos inicialmente uma escala ascendente e descendente em legato (notas que se seguem em duração umas às outras, como que ligadas entre si), após um fragmento em “destacado” (estaccato) (notas de duração mais curta, separadas entre si por breve silêncio) e finalmente um fragmento melódico em que se pode perceber uma das maneiras possíveis de expressão do instrumento apresentado.
Faixa 15: Flautas
Comente com os alunos que apresentamos aqui uma breve amostragem de flautas de diferentes culturas e regiões. Ilustram-se assim algumas das tendências de desenvolvimento desse instrumento, considerado um dos mais antigos já encontrados.
Na faixa apresentada, temos as seguintes modalidades do instrumento, com breve comentário explicativo antecedendo a interpretação de cada uma delas: flautas do Nordeste brasileiro — pífano, pareia e gaita de caboclinho; flautas andinas — kena, quenacho, samponha (ou flauta de pan) e rondador; flautas chinesas — hulusi e dizi; e flauta irlandesa — tin whistle. Apresentação e interpretação de Angelo Ursini.
Faixa 16: Nota (música medieval), de autor anônimo
Apresentamos uma música de dança, intitulada originalmente Noctes, de autor anônimo, do período medieval, interpretada por duas flautas. Na realidade, pouco se sabe a respeito dessa dança, possivelmente de origem francesa, embora se considere ter surgido a partir da fusão de outras danças medievais, como a estampie, praticada na Europa desde o séc. XII. Temos pouca informação sobre as danças desse período. Mesmo o conhecimento sobre as suas músicas é dificultado, pois a escrita musical na época era feita em partitura de 4 linhas, em vez das 5 do pentagrama de hoje. Consideramos, no entanto, que essas peças, com seu caráter de festa, eram realizadas tanto pela aristocracia quanto pelo povo em geral, fazendo parte da vida cotidiana da sociedade até por volta do final do séc. XIV. As flautas utilizadas são da época renascentista e dão uma ideia aproximada da sonoridade musical da Idade Média e da Renascença.
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Faixa 17: Figuras rítmicas
Saliente aos alunos que podemos ouvir, nessa faixa, uma mesma nota (dó), emitida por uma flauta transversal em cinco enunciações, e em cada uma delas as notas são reduzidas de seu valor, o que, em consequência, aumenta o número de notas. Ao fundo temos sempre o som de um metrônomo, a fim de facilitar a percepção dos valores das notas da flauta. Começa-se por uma breve, que dura quatro tempos do metrônomo; em seguida, temos duas mínimas (cada qual com metade do valor da breve), depois quatro semínimas (uma semínima tem a metade do valor de uma mínima), oito colcheias (uma colcheia vale metade do valor da semínima) e, finalmente, 16 semicolcheias (cada uma com metade do valor da colcheia).
Figura 2
Ilustrações: Editoria de arte
Batidas do metrônomo:
1 2 3 4
Faixa 18: Escala de dó maior, ascendente e descendente, lento e rápido (piano) Escala de dó maior ascendente (começa na nota dó inicial mais grave e sobe por graus até atingir a nota dó acima) e, após a barra vertical, descendente. Destaque para os alunos que, na faixa apresentada, podemos ouvi-la realizada no piano, na primeira vez de maneira lenta e na segunda, mais rápida.
Figura 3
Dó Maior (Ascendente)
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Dó Si Lá Sol Fá Mi Ré Dó
Dó Maior (Descendente)
Faixa 19: Escala de dó menor, ascendente e descendente, lento e rápido (clarinete)
Escala de dó menor ascendente (começa na nota dó inicial mais grave e sobe por graus até atingir a nota dó acima) e, após a barra vertical, descendente. Explique aos alunos que a diferença entre essa escala de dó menor (modo menor) e a anterior, de dó maior (modo maior), ocorre nas notas mi, lá e si que possuem um bemol (b), o que significa que essas notas são abaixadas em meio tom, diminuindo a distância da nota que a antecede.
Na faixa apresentada, saliente que podemos ouvir a escala de dó menor ascendente e descendente no clarinete, numa primeira vez de maneira lenta e em seguida de maneira mais rápida.
Figura 4
Dó Maior (Ascendente)
Dó Ré Mib Fá Sol Láb Sib Dó Dó Sib Láb Sol Fá Mib Ré Dó
Dó Maior (Descendente)
Faixa 20: Escala de dó maior “mixolídio”, ascendente e descendente, lento e rápido (violão) Comente com os alunos que o modo mixolídio é bastante utilizado na música nordestina (geralmente no baião e no frevo), bem como por compositores eruditos brasileiros de música nacionalista. Ele é apresentado aqui em dó, e podemos observar que a única alteração é na nota si, que
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recebeu um bemol (b), e, como foi abaixada, aproximou-se do lá e afastou-se do dó. Da mesma maneira que nas escalas anteriores, esta é apresentada primeiro na forma ascendente e após descendente, na primeira vez mais lentamente e na segunda mais rapidamente. Sua interpretação é feita em um violão.
Figura 5
Ilustrações: Editoria de arte
Mixolídio (Ascendente)
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Sib Dó Dó Sib Lá Sol Fá Mi Ré Dó
Mixolídio (Descendente)
Faixa 21: Escala de tons inteiros, ascendente e descendente, lento e rápido (piano)
A escala de tons inteiros, também conhecida como escala hexafônica (por possuir seis notas ou tons), foi utilizada por vários compositores, notadamente pelo francês Claude Debussy, em obras de estilo impressionista. Ela é formada por notas em igual distância de um tom entre si. Partindo da nota dó, temos: dó a ré (distância de um tom); ré a mi (um tom); mi a fá# (um tom); fá# a sol# (um tom), sol# a lá# (um tom) e finalmente lá# a si# (um tom); (si# que soa como a nota dó).
Ela é apresentada inicialmente de forma ascendente e em seguida descendente, na primeira vez de maneira lenta e na segunda mais rápida, interpretada em um piano.
Figura 6
Tons Inteiros (Ascendente)
Dó Ré Mi Fá# Sol# Lá# Si# Si# Lá# Sol# Fá# Mi Ré Dó
Tons Inteiros (Descendente)
Faixa 22: Escala pentatônica, ascendente e descendente, lento e rápido
Esclareça aos alunos que a escala pentatônica ou pentafônica é composta, como seu nome indica, de cinco sons ou notas. É considerada por alguns estudiosos como uma das primeiras escalas a se estabelecerem na história da música, e sua presença pode ser observada de maneiras particulares, seja na música de culturas do Oriente, seja no jazz e no blues. A escala pentatônica é apresentada aqui a partir da nota dó e, da mesma maneira que as escalas anteriores, ascendente e em seguida descendente, na primeira vez mais lentamente e na segunda mais rapidamente.
Figura 7
Pentatônica (Ascendente)
Dó Ré Mi Sol Lá Lá Sol Mi Ré Dó
Pentatônica (Descendente)
Faixa 23: Maracatu, ritmo característico
Apresente aos alunos o ritmo característico do maracatu, interpretado por instrumentos tradicionais de percussão: agogô, caixa, alfaia, gonguê e abê. Saliente que, a cada quatro compassos, podemos escutá-los, sempre no ritmo do maracatu, conforme a ordem seguinte:
a) compassos 1 a 4 – agogô
b) compassos 5 a 8 – caixa
c) compassos 9 a 12 – alfaia
d) compassos 13 a 16 - agogô e caixa
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e) compassos 17 a 20 – agogô, caixa e alfaia
f) compassos 21 a 24 – agogô, caixa, alfaia e gonguê
g) compassos 25 a 28 – agogô, caixa, gonguê e abê
h) compassos 29 a 32 – todos os instrumentos juntos
Interpretação: Ari Colares.
Faixa 24: Música para pratos, copos e panelas, de Carlos Kater
Diga aos alunos que a intenção principal dessa peça é a de ilustrar algumas possibilidades de exploração de sonoridades de objetos de uso cotidiano. Estimule-os a refletir sobre o fato de haver inúmeros objetos em nosso redor, como galões de água, cabos de vassoura ou panelas, cuja função original não é a de produzir sons, muito embora possam possibilitar a criação de música original, com sonoridades inusitadas. Esclareça que a proposta aqui é a de ampliar o repertório de sons, para poder integrá-los na criação de novas músicas, sem a demanda obrigatória de um domínio técnico como o solicitado pelos instrumentos musicais. Nessa faixa, interpretada por Cris Bosh, Franklin Tomas e Ari Colares, podemos escutar sons de panelas, pratos e copos, de balde, bandeja e objetos sendo arrastados no chão e friccionados em superfície rugosa, além de um reco-reco e uma zabumba.
Faixa 25: Chico Rei, adaptação e arranjo musical de Carlos Kater
Conte aos alunos que essa música foi concebida a partir de uma curta melodia de autor anônimo, possivelmente do final do século XVIII. Seu breve tema foi ampliado com uma segunda parte, teve letra acrescida e recebeu um arranjo musical. Peça aos alunos que observem a inserção de paisagem sonora no meio da música (sonoridades do mar, sons de água, de gaivotas), como possibilidade de mesclar num arranjo ou montagem musical em classe sons musicais (vozes e/ou instrumentos) e sons do meio ambiente (até mesmo aqueles considerados totalmente extramusicais, como ruídos). Diga, também, que a interpretação aqui é do grupo Musicantes, integrado por Leky Onias, Simone Essi, Adriana Mello, Magno Camilo e Nelton Essi, sob a regência do autor.
Chico Rei é uma das faixas do CD que acompanha o livro Musicantes e o boi brasileiro, uma história com a música, de autoria de Carlos Kater (São Paulo: Musa, 2013).
Faixa 26: Maracatu de Chico Rei: Dança dos 3 macotas e Dança de Chico-Rei e da Rainha N’ginga, de Francisco Mignone
Comente com os alunos que Francisco Mignone (1897-1986) criou música para orquestra, conjuntos de câmara, piano, balés, óperas etc., mas que, quando compunha música de estilo popular, utilizava o pseudônimo Chico Bororó. É considerado um dos grandes compositores de sua época, ao lado de Heitor Villa-Lobos. O Maracatu de Chico Rei foi composto em 1933, como um balé, tendo por tema a construção da Igreja do Rosário, em Vila Rica (hoje Ouro Preto), igreja dos pretos, no séc. XVIII. Ela ilustra o estilo nacionalista, em muito estimulado por Mário de Andrade, que buscava motivar os jovens compositores brasileiros a criar músicas em “caráter brasileiro” (numa época em que eram fortes as influências das músicas alemã e francesa, em especial). Saliente aos alunos que, no movimento IV da obra, a Dança dos 3 macotas (macota, pessoa importante, poderosa), podemos ouvir a presença marcante do ritmo, dos instrumentos de percussão e de metal, o que, junto a outros aspectos, mostra a grande influência da Sagração da Primavera, um balé também, criado em 1911, pelo compositor russo Igor Stravinsky (1882-1971), que revolucionou a concepção de ritmo e tempo na história da música ocidental.
Interpretação: Orquestra e Coro do 16º Festival de Música de Londrina, regente: Norton Morozowicz e regente do Coro: José Pedro Boésio.
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7. Ampliando saberes
- Quem é...
Albert Eckhout (1610-1666), pintor, desenhista, artista plástico e botânico holandês. Foi um dos artistas a retratar através de suas pinturas a população brasileira, os indígenas e as paisagens da região Nordeste do Brasil no período da colonização holandesa na região.
Candido Portinari (1903-1962), pintor, gravador, ilustrador de vários livros de Machado de Assis, foi também professor de pintura mural e de cavalete. Suas obras destacam-se também pela questão plástica em grandes painéis, geralmente ocupando espaços públicos pelo Brasil e em outros países, e tornou-se o primeiro modernista brasileiro premiado no exterior.
Carybé (1911-1997), pintor, gravador, desenhista, ilustrador, ceramista, escultor, entalhador, muralista, mosaicista, pesquisador, historiador, diretor de arte e jornalista argentino, naturalizado brasileiro. Em virtude do interesse pela religiosidade e pelos costumes da Bahia, resolveu fixar-se na região de Salvador, onde realizou, através de suas inúmeras habilidades artísticas, trabalhos com temas do povo e sincretismo religioso da região.
Chico Buarque (1944), músico, cantor, compositor, dramaturgo e escritor. Filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda, escreveu seu primeiro conto aos 18 anos. Participou do Festival da Música Popular Brasileira e, com A banda, destacou-se ao vencer o prêmio, em 1966. Foi também um dos artistas mais ativos no período da ditadura militar no Brasil.
Chico da Silva (1910-1985), pintor brasileiro do estilo naïf ou arte primitiva moderna, sem formação acadêmica. De descendência indígena, por parte de pai, viveu até os dez anos de idade na antiga comunidade do Alto Tejo. Semianalfabeto, era autodidata, trabalhou em diversas profissões, porém manteve-se desenhando pelos muros da cidade de Fortaleza com carvão e giz, até ser reconhecido pelo pintor suíço Jean-Pierre Chabloz.
Cildo Campos Meireles (1948), artista multimídia do neoconcretismo brasileiro, reconhecido internacionalmente por suas instalações e diversidade de seus suportes, técnicas e materiais. Iniciou sua carreira na década de 1960 criando obras polêmicas e politicamente engajadas, que incitaram a situação repressora do regime militar no Brasil.
Deborah Colker (1961), bailarina, inovadora coreógrafa brasileira, reconhecida internacionalmente pela diversidade de movimentos que utiliza ao aliar a dança contemporânea, a performance e o teatro, além de se tornar a primeira mulher a dirigir um espetáculo do Cirque du Soleil, Ovo.
Diego Rivera (1886-1957), pintor mexicano, teve seus trabalhos reconhecidos por seus murais que retratavam a vida e o trabalho do povo mexicano, seus heróis, a terra, as lutas contra as injustiças, as inspirações e aspirações. Foi influenciado pelos trabalhos de grandes artistas na época, como Pablo Picasso, Salvador Dalí, Joan Miró e o arquiteto catalão Antoni Gaudí, além de ter sido casado com a artista também mexicana Frida Kahlo.
Dorival Caymmi (1914-2008), cantor, compositor, violonista, pintor e ator brasileiro. Foi influenciado pela música negra, criando um sincretismo cultural que diferenciava seu estilo de som e melodia mais sensual, inspirado nos hábitos, costumes e tradições do povo baiano.
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Fernando Pessoa (1888-1935), poeta e filósofo português, considerado um dos 26 melhores escritores da história da literatura ocidental. Em suas autorias utilizou seu próprio nome (ortônimo) para assinatura da obra, e em várias outras usou pseudônimos (heterônimos), com personalidade própria e características literárias diferentes.
Francisco Goya (1746-1828), pintor, gravador espanhol, começou em Madrid a pintar retratos e, a partir de então, passou a receber várias encomendas da nobreza; a primeira foi de Santo Isidoro do “Festival Folclórico”, depois vieram as encomendas da Duquesa de Osuna, da morte de Carlos III e da coroação de Carlos IV. Tornou-se o pintor oficial do monarca e sua família, nomeado “Primeiro Pintor da Câmara do Rei”.
Franz Erhard Walther (1939), artista alemão, escultor, peça-chave da arte contemporânea desde os anos 1960, suas produções conceituais autodenominam arte-processo, uma busca incessante do artista por novas experiências, através de seus objetos, utilizando uma diversidade de materiais. Segue reconhecido internacionalmente também por suas instalações.
Gilberto Gil (1942), cantor, compositor, multi-instrumentista, escritor, ambientalista, empresário e intelectual brasileiro, recebeu do governo francês a Ordem Nacional do Mérito em 1997, além do título pela Unesco de “artista pela paz” em 1999. É embaixador da ONU para agricultura e alimentação, e foi também Ministro da Cultura durante os anos de 2003 a 2008.
Guido D’Arezzo (992-1050), um monge e músico da cidade de Arezzo, na Itália, que teve a ideia de recorrer às sílabas de uma canção latina (manuscrito antigo que encontrou na biblioteca de Sens) para dar nome às notas musicais.
Gustavo Rosa (1946-2013), pintor, desenhista, gravador e artista plástico brasileiro, abandonou a publicidade para dedicar-se inteiramente à pintura. Teve seus trabalhos estampados nas capas de cadernos escolares, e publicou dois livros: Pintando um mundo melhor e Diferentes sim, e daí?.
Joan Miró (1893-1983), pintor, escultor, gravurista e ceramista surrealista catalão. O surrealismo caracterizou-se através de suas pinturas, que transpunham um universo imaginário e lúdico, e de figuras simbólicas. Foi um artista também experimental, que reutilizou em algumas de suas esculturas materiais como sucata, porém no fim da vida passou a simplificar seus símbolos e elementos artísticos a pontos, linhas, cor, até a neutralidade do branco e do preto.
João Gilberto (1931), pianista, acordeonista, cantor e compositor brasileiro. Promove fusões musicais, onde incorpora musicalidade afro-cubana ao jazz e ritmos caribenhos. Como arranjador, participou de discos de grandes nomes da MPB como Gal Costa e Gilberto Gil. É um dos expoentes do movimento bossa-novista.
Johann Moritz Rugendas (1802-1858), pintor alemão que retratou, durante três anos que viveu no Brasil, os povos e costumes de forma a documentar esse novo mundo. Com apoio do naturalista Alexandre von Humboldt publicou suas memórias de viagem e transformou desenhos e aquarelas nas litografias do luxuoso álbum Viagem pitoresca ao interior do Brasil.
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Jorge Barradas (1894-1971), pintor, ceramista, ilustrador e cartunista português, seus primeiros trabalhos eram voltados para o desenho humorístico e a publicidade, e também para a pintura e a decoração, mas foi a partir dos anos 1940 que passou a dedicar sua obra à cerâmica e azulejaria. Tornou-se um nome importante na geração de artistas modernistas portugueses.
Jorge Ben Jor (1945), guitarrista, cantor e compositor, mistura estilos como rock, soul, samba, samba-rock, bossa nova, jazz, maracatu, funk norte-americano, ska, inclusive hip-hop. Além desses estilos, trouxe influências árabes e africanas por intermédio de sua mãe, nascida na Etiópia.
Lygia Pape (1927-2004), escultora, gravadora e cineasta, suas obras se destacam pela liberdade com que a artista contemporânea experimenta e manipula as diversas linguagens e formatos, que insere o espectador como parte da obra, combinando plasticidade e movimento.
Marchal Mithouard (1975), artista plástico francês, mais conhecido como Shaka, iniciou seu trabalho no grafite, porém o reconhecimento surgiu através de suas pinturas em 3D (3 dimensões), extremamente coloridas e vibrantes. O artista amplia essas imagens, criando um superefeito visual em formas tridimensionais, que, segundo ele, aproxima-se do real.
Maria Gadú (1986), cantora e compositora brasileira de música popular. Foi indicada a dois Grammy Latino (premiação da música latina), nas categorias Melhor Artista Revelação e Melhor Álbum de Cantor/Compositor.
Maria Keil (1914-2012), pintora, desenhista, ilustradora, designer gráfica e mobiliária, seus trabalhos são também voltados a azulejaria, tapeçaria e cenografia. Sua vasta produção tem como traço marcante a diversidade, aliada à multiplicidade de suas atividades, destacando-a como uma das artistas mais importantes no cenário modernista português.
Marina Waechter (1989), quadrinista e ilustradora, suas primeiras referências com os desenhos foi na biblioteca onde sua mãe trabalhava. Entre livros preferiu ler quadrinhos da Turma da Mônica e tiras de jornal, depois recebeu do seu tio uma porção de HQs antigas, já amareladas. Estudante de artes visuais, publicou sua primeira HQ autoral independente, Medeia, em 2014.
Mário de Andrade (1893-1945), poeta, escritor, crítico literário, musicólogo, folclorista, ensaísta brasileiro, exerceu grande influência na literatura moderna brasileira e no movimento de vanguarda de São Paulo. Foi também um dos pioneiros da poesia moderna com a publicação do livro Pauliceia desvairada, em 1922, ano em que foi inaugurada a Semana de Arte Moderna, que reformulou a literatura e as artes visuais no Brasil.
Mestre Didi (1917-2013), escultor e escritor, desde a infância inspirou-se em objetos de rituais antigos do culto orixá Obaluaiyê. O sincretismo de suas obras reforça sua pesquisa comparativa entre as culturas brasileira e africana. Contratado pela Unesco, viajou para a África Ocidental. Publicou livros sobre a cultura afro-brasileira com algumas ilustrações do artista Carybé, entre 1946 e 1989.
Mestre Salustiano (1945-2008), ator, músico, compositor e artesão brasileiro, considerado uma das maiores autoridades em cultura popular pernambucana, recebeu aos 54 anos o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco. Também foi fundador do maracatu rural Piaba de Ouro.
Milton Nascimento (1942), cantor e compositor da música popular brasileira, reconhecido mundialmente, é um dos mais premiados artistas brasileiros a receber cinco Grammy, o maior prêmio da indústria musical internacional.
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Paulo Bruscky (1949), poeta e artista multimídia, porém inicia seus trabalhos com desenho, pintura e gravura, e realiza performances na produção de livros. De artista desenvolve sua pesquisa no campo da arte conceitual e na arte-xerox, além de atuar no Movimento Internacional de Arte Postal.
Pieter Bruegel (1525-1569), pintor flamengo do período renascentista, conhecido como “O velho”. Produziu sua primeira obra assinada e datada de 1553, em Roma, e iniciou sua série de pinturas representando paisagens e cenas do campo.
Rosana Paulino (1967), gravadora, artista visual, pesquisadora e educadora, suas produções são ligadas às questões sociais, étnicas e de gênero. Com foco na posição do negro, e principalmente da mulher negra dentro da sociedade brasileira, suas obras fazem parte do acervo de importantes museus nacionais e internacionais.
Rubem Valentim (1922-1991), pintor, escultor, gravador e professor baiano, iniciou suas pinturas nos anos 1940. Suas produções fazem referência às tradições populares do Nordeste brasileiro. Artista autodidata, apesar de ser formado em Odontologia, também estudou jornalismo e, no Rio de Janeiro, trabalhou como professor assistente de Carlos Cavalcanti.
Sandra Guinle, escultora autodidata, a artista estreita sua admiração e o respeito pelas pessoas com necessidades especiais, permitindo que o público toque em suas obras e promovendo também o acesso às informações em braile. Participa de um projeto social mundial da IBM chamado “Reinventando a Educação”.
Sebastian Münster (1489-1552), matemático e geógrafo alemão, autor da obra em quatro volumes Cosmografia Universal, uma introdução à Matemática, à Física e um novo pensamento sobre a Geografia do conjunto de continentes.
Tarsila do Amaral (1886-1973), pintora e desenhista da primeira fase do movimento modernista brasileiro, ao lado do escritor Mário de Andrade, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, entre outros. É a partir da sua obra Abaporu, de 1928, que é inaugurado o movimento antropofágico nas artes plásticas.
Toquinho (1946), cantor, compositor e violonista, começa a fazer aulas de violão aos 14 anos, apresentando-se em colégios e faculdades, incessantemente, até se profissionalizar. Promove uma sólida parceria com o compositor Chico Buarque, realizando outras composições com grandes nomes da música brasileira, como Jorge Ben e Vinicius de Moraes, seu grande amigo e parceiro de composições durante onze anos, com mais de mil espetáculos, 120 canções, 25 discos.
Victor Meirelles (1832-1903), pintor e professor brasileiro, aluno da primeira Academia Imperial de Belas Artes, onde se dedica ao registro histórico do país, como na obra emblemática A Primeira
Missa no Brasil. Através da criação de símbolos visuais da história do Brasil, tornou também um dos pintores preferidos de Dom Pedro II.
Vinicius de Moraes (1913-1980), diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e grande compositor da música brasileira, foi um dos fundadores do movimento musical da bossa nova. Sua obra estendeu-se não só à música, mas à literatura e ao cinema.
Zeca Baleiro (1966), cantor e compositor, cronista e músico de MPB, teve suas canções interpretadas por grandes vozes nacionais, como Simone, Gal Costa, Elba Ramalho e Claudia Leite.
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