Apostilex


SOUSÂNDRADE: Harpas selvagens; Memorabilia; Eólias; Novo Éden; Harpas d'ouro



Yüklə 381,94 Kb.
səhifə3/10
tarix02.08.2018
ölçüsü381,94 Kb.
#66361
1   2   3   4   5   6   7   8   9   10

SOUSÂNDRADE: Harpas selvagens; Memorabilia; Eólias; Novo Éden; Harpas d'ouro (inédito); Liras perdidas (inédito). Guesa errante (poema americano). Desconhecido até pouco tempo, precedeu o simbolismo e o modernismo. Introdução de inovações revolucionárias. Poesias a partir de eventos políticos e mitológicos. Antecipação das linhas de pesquisa da literatura contemporânea. Estilo caracterizado por palavras compostas, uso freqüente de sínteses metafóricas. Tido como precursor do concretismo brasileiro.

ROMANCE

JOSÉ DE ALENCAR: Cinco minutos; O guarani; A viuvinha; Lucíola; Diva; As minas de prata; Iracema; O gaúcho; A pata da gazela; O tronco de Ipê; Sonhos d'ouro; Til; Alfarrábios; A Guerra dos Mascates; Ubirajara; Senhora; O Sertanejo; Encarnação (romances). O demônio familiar; Verso e reverso; As asas de um anjo; Mãe; O jesuíta (teatro). Os filhos de Tupã (poema épico inacabado). O mais importante do movimento. O maior vulto, na prosa, da corrente índianista. Criador do romance histórico no Brasil. Obra voltada para a realidade brasileira, sua gente, suas coisas. Grande poder de criação, observação psicológica, sensibilidade ao grandioso. Presença da cidade e regiões brasileiras. Busca da reconstituição da história do país, heróis, lendas, em novas fórmulas para a ficção. Estilo inconfundível, imaginação insuperável, brilhantes comparações e figuras. Análises e críticas de comportamentos.
CINCO MINUTOS
Carlota conhece um rapaz que, por cinco minutos, havia perdido o seu ônibus. Ele, sem nem ver-lhe o rosto, apaixona-se de imediato. Carlota é uma moça doente, destinada a uma morte em pouco tempo. Por este motivo, ela se recusa em recebê-lo. Somente com muita insistência, ela o recebe. Os dois se encontram, encontram o amor e ela encontra a saúde.
A PATA DA GAZELA
Horácio e Amélia se conhecem. Ele é um jovem enfatuado e vaidoso. Acredita que Amélia esteja apaixonada por ele, pedindo-a em noivado, o que acontece. Leopoldo é um moço pobre que também freqüenta a casa da moça, vindo a se apaixonar por ela igualmente. Percebendo a frivolidade de seu futuro marido, Amélia rompe o noivado e, depois de algum tempo, verifica que realmente seu amor é por Leopoldo. Eles se casam.
A VIUVINHA
Na manhã seguinte ao seu casamento, Jorge, marido de Carolina, finge suicídio com a finalidade de resgatar suas dívidas, que enodoam sua honra e a memória de seu pai. Carolina se mantém fiel, durante cinco anos, resistindo ao amor de uma sombra que lhe aparece todas as noites à janela. Terminados os cinco anos, Jorge retorna e ambos reiniciam a vida anteriormente interrompida.
O TRONCO DO IPÊ
O ambiente é a fazenda Nossa Senhora do Boqueirão, na zona da mata. A fazenda, que se encontra em decadência, tem esse fato assinalado por um troco de ipê. No passado, frondoso; hoje, um velho tronco. Numa cabana das proximidades, mora um negro, de nome Benedito, uma espécie de mandingueiro, guardador do segredo da família proprietária da Nossa Senhora do Boqueirão. O protagonista é Mário que viveu desde criança nas terras da fazenda, juntamente com a prima Alice. Ele descobre que Joaquim, o pai da moça, é, na verdade, o assassino de seu pai. Em desespero por não poder se casar com a filha do assassino paterno, ele tenta o suicídio. O negro Benedito é quem o impede e lhe transmite o segredo de que Joaquim não era o matador do pai de Mário. A morte se deu nas águas do boqueirão e seu corpo está enterrado junto ao tronco do ipê. Mário faz sua reconciliação com a vida e ele e Alice se tornam marido e mulher.
IRACEMA
Paixão de Iracema (índia tabajara) por Martim (guerreiro português) e sua vida nas praias do Ceará. Iracema é virgem consagrada a Tupã. Ela se apaixona pelo guerreiro branco inimigo dos tabajaras. Abandona a sua tribo e se torna esposa de Martim. Ela nota que Martim sente saudade de sua terra natal, talvez de alguma outra mulher, e começa a sofrer. Nascimento do filho, Moacir, o primeiro cearense. Morte de Iracema. Afastamento de Martim do local, sua volta e início da colonização do Ceará . Outras personagens: Poti (o Camarão das guerras holandesas), Araquém e Caubi (pai e irmão de Iracema).
SENHORA
Rompimento do noivado entre Fernando Seixas e Aurélia Camargo porque ela era pobre, porém com firmeza de caráter. Atração de Adelaide Amaral por Fernando. Aurélia, com a morte do avô, herda grande fortuna. Fernando está  em má  situação financeira. Aurélia incumbe seu tutor, Lemos, de uma proposta a Fernando: o casamento com uma rica jovem, com bom dote. No contrato, entretanto, uma condição: a de que ele só venha a conhecer a noiva alguns dias antes do casamento. Proposta aceita, Aurélia salda-lhe as dívidas, mais no sentido de um compra. No casamento, feito somente para salvar as aparências, Aurélia o despreza e humilha, chamando-o de vendido, exigindo que a trate por Senhora. Sentindo-se degradado, Fernando luta e amadurece, recuperando sua dignidade e consegue dinheiro para a sua libertação. Uma vez liberto e eliminado o motivo vergonhoso que os separava, Aurélia sente-se livre para dizer que o amava. Ao final, acontece a reconciliação, renascendo o amor entre eles.
O GUARANI
Dom Antônio de Mariz, Lauriana (a esposa), Diogo e Cecília (filhos) e Isabel (sobrinha) vivem numa fazenda às margens do rio Paquequer. Ceci é disputada por Álvaro de Sá (fidalgo português) e Loredano (ex-carmelita e aventureiro). Peri (índio goitacá), fiel amigo da família e incansável protetor de Ceci (Cecília), vê nela o seu sonho e jura servi-la, defendendo-a. Loredano, movido pelo desejo irreprimível de possuir Cecília, incita os demais da fazenda a uma rebelião com o propósito de destruir a família e apoderar-se de sua riqueza. O plano é descoberto e desmanchado. Enquanto isso, há um ataque dos índios aimorés. Todos se unem em torno de Dom Antônio, para a defesa da casa e da própria vida. Porém, os índios são muitos e a morte ‚ certa. O índio propõe a Dom Antônio de Mariz um plano para salvar Cecília. Dom Antônio recusa-se a abandonar os seus e Peri é batizado e tornado cristão e tem a tarefa de fugir com Ceci. Dom Álvaro e Isabel já estão mortos. Dom Antônio incendeia e explode a casa. Peri e Ceci seguem para um destino incerto.
GUERRA DOS MASCATES
Narrativa do episódio da História do Brasil, nos anos de 1710 e 1711, quando da luta entre as cidades de Olinda e Recife. Os pernambucanos proprietários de engenhos assistiam com desconfiança a prosperidade do Recife, lugar de residência dos mascates, ou seja, os comerciantes portugueses. Daí, o advento de uma grande malquerença. Olinda era, na época, a sede da capitania e para fugir à autoridade desta, os habitantes do Recife pediram e obtiveram do reino a jurisdição própria de sua vila. Os habitantes de Olinda rebelaram-se contra o fato e, armados, atacaram o Recife, apoderaram-se da cidade, depuseram o governador e nomearam o bispo de Olinda para assumir a função. Várias lutas aconteceram, mas, finalmente, os ânimos foram serenados e o Recife conservou a sua autonomia.
UBIRAJARA
O guerreiro araguaia de nome Jaguarê, que seria cacique em breve, andava pelas matas à procura de um feito notável, sinônimo de heroísmo. Numa caminhada, ele se defronta com o guerreiro tocantim de nome Pojucã. Eles lutam e Jaguarê é o vencedor. Pojucã é levado como prisioneiro até a tribo araguaia afim de ser imolado, uma vez que o vencedor deveria matar o vencido ao invés de escravizá-lo. No seu retorno à tribo, Jaguarê recebe o título de Ubirajara, que significa senhor da lança. Os guerreiro araguaias decidem que Pojucã deve ser o marido de Jandira, jovem índia, noiva de Jaguarê, antes de morrer. A finalidade é que ela, através de um filho, transmita o sangue guerreiro de Pojucã para a tribo. A mais bela da tribo tocantim, Araci, está n um concurso pela sua mão. Jaguarê participa e vence a todos os concorrentes. Ele a recebe como prêmio e revela ter Pojucã em seu poder. Por este fato, os tocantins declaram guerra aos araguaias. Jaguarê volta e aguarda o ataque. Mas, recebe a informação de que os araguaias foram atacadas por uma tribo inimiga, ficando o cacique tocantim cego na refrega. Jaguarê, então, dada a situação, propõe a união das duas tribos formando uma só. Assim, vencem os inimigos e Jaguarê, numa simbolização da união das tribos, casa-se com Jandira e Araci.
MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA: Memórias de um sargento de milícias. Um único romance. Retrato da vida da baixa burguesia carioca. Linguagem simples, coloquial, quase direta, cheia de humor. Colocação de um pícaro como protagonista. Personagens coerentes e reais. Estilo fácil e comunicativo (nem descrições aparatosas, nem situações ideais). Precursor do realismo. Obra publicada em folhetins. Estrutura e estilo contra o gosto da época.
MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS
Filho de Leonardo Pataca e Maria da Hortaliça, imigrantes portugueses, Leonardo é criado à solta. Tem uma vida farta de travessuras, folgada e cheia de encrencas. Ele é preso pelo major Vidigal, o delegado, e engaja-se na tropa. Sua vida muda com seu casamento com Luisinha, um seu antigo amor, ocasião em que chega a sargento de milícias. Na trama, entram Vidinha (bonita e namoradeira), a Comadre e outros tipos humanos, seus costumes populares, engraçados, com movimentação dos episódios no Rio de Janeiro no tempo do Império. O protagonista e quase todos os demais personagens vivem entre a ordem e a desordem, como autênticos malandros.
JOAQUIM MANUEL DE MACEDO: A Moreninha; O moço loiro; Os dois amores; Rosa; Vicentina; O forasteiro; A luneta mágica; O Rio do quarto; Nina; As mulheres de mantilha; A namoradeira; Um noivo e duas noivas. Os romances da semana (contos). As vítimas algozes (novela). A torre em concurso; O Cego; Cobé; O fantasma branco; O primo da Califórnia; Lusbela; Cincinato Quebra-Louça; Vingança por vingança; A Moreninha (teatro). A carteira de meu tio; Memórias de um sobrinho de meu tio; Um passeio pela cidade do Rio de Janeiro; Memórias da rua do Ouvidor (vários). A nebulosa (poema-romance). Quadro amplo, porém superficial da sociedade carioca do século XIX. Romances sentimentais de agrado do público, especialmente feminino. Enredos otimistas e finais felizes. Criador da ficção brasileira, pela forma e pelo estilo. Linguagem entre o coloquial e o português academizante da corte. Gosto pela trama complicada.
A MORENINHA
Moreninha, ou dona Carolina, é travessa, viva, curiosa,. Fabrício, Leopoldo, Filipe e Augusto são estudantes de medicina que vão passar uns dias na ilha em que mora dona Ana (avó), senhora de espírito e bondosa. Filipe aposta que Augusto voltará  ao Rio apaixonado por uma de suas primas. O fato acontece e a finalidade de Augusto é casar-se com Carolina, já sua conhecida de alguns folguedos infantis na praia, ocasião em que haviam prometido casar-se quando jovens. Numa festa, anos mais tarde, Augusto aposta que não ficará com nenhuma das moças da festa. Entretanto, ao dançar com Carolina, apaixona-se e, depois, eles descobrem serem os protagonistas daquele juramento na infância. A aposta de Filipe é a de escrever um livro. A Moreninha é esse livro.
O MOÇO LOIRO
A enredo é a estória de uma família burguesa do Rio de Janeiro, que, depois de um passado de riqueza, está até com a mansão sob hipoteca. Uma pedra preciosa, capaz da resolução do problema, havia desaparecido, roubada provavelmente por um sobrinho expulso do ambiente. Uma carta é recebida pela família e nela a disposição do sobrinho em ajudar financeiramente, todavia com a condição de que Honorina, sua prima, se case com ele. Embora apaixonada por um moço loiro, com quem flertava sempre na janela, ela se dispõe ao sacrifício exigido pelo primo. Com a chegada do primo, ela verifica que o mesmo é, nada mais, nada menos, que o moço loiro. Antes do casamento, entretanto, o rapaz denuncia o verdadeiro ladrão, o diamante é recuperado para a felicidade geral de todos. Daí, o fato de ser tido como um romance de enredo açucarado.
A TORRE EM CONCURSO
Teatro. O enredo gira em torno de um concurso para a escolha do engenheiro que deve erigir uma torre para o sino da igreja num povoado. Henrique, engenheiro, é contra a condição de que o engenheiro deva ser inglês, conforme decisão local. Dois desocupados, de passagem, Crispim e Pascoal, lêem o edital e se apresentam como engenheiros. Primeiro um, depois o outro. Eles falam numa linguagem confusa e dividem a cidade em dois grupos. Henrique fala inglês e se diverte com a situação. Ele namora com Faustina, e a velha tia, dona Ana, quer conquistá-lo  através do dinheiro. Ao final, os farsantes são desmascarados, Henrique é contratado para construir a torre e casa-se com Faustina.
MARTINS PENA: O juiz de paz na roça; A família e a festa na roça; Judas em Sábado de Aleluia; Os irmãos das almas; O diletante; O caixeiro na taverna; Quem casa quer casa; O noviço; Os dois ou o inglês maquinista. Fundador do teatro cômico brasileiro. Sua obra entretanto, nada tem a ver com o Romantismo. São farsas populares com sabor realístico, picaresco. O forte é a comédia de costumes da vida brasileira, campesina e urbana, especialmente a carioca. Problemas brasileiros, sátiras sociais ou simples anedotas de costumes ou entretenimento alegres é o que ele nos apresenta na linguagem popular daquela época.
O JUIZ DE PAZ NA ROÇA
Teatro. Um lavrador e membro da guarda nacional, Manuel João, nada sabe a respeito do namoro de sua filha, Aninha, e José. O juiz de paz manda Manuel João prender em sua residência um recruta, enquanto toma providências para enviá-lo para o Rio de Grande do Sul, a fim de que o mesmo venha a participar da Guerra dos Farrapos. O recruta não é outro senão José. Aninha, então, consegue a chave do quarto onde José está aprisionado e o coloca em liberdade. Os dois fogem e casam-se às escondidas, o que a José proporciona ficar livre do serviço militar.
O NOVIÇO
Teatro. Tendo como tutora sua tia Florência, Carlos é o protagonista. Florência é viúva e rica, mãe de um rapaz e uma moça, Emília e Juca. Carlos e Emília se amam. Florência contrai novamente o casamento. Desta vez, com Ambrósio, oriundo do Ceara e totalmente inescrupuloso. Para conseguir seus intentos, ele decide o ingresso dos três, Carlos, Emília e Juca, na vida religiosa, mesmo contra suas vontades e falta de vocação. Carlos, já no noviciado, revolta-se e foge do convento. Consegue descobrir que Ambrósio já é casado no Ceará e que o nome de sua mulher é Rosa. Ameaça contar a verdade, caso o outro não o retire do convento, bem assim, dar a sua permissão para o seu casamento com Emília. Após muita ação e confusão, Ambrósio é preso por denúncia de Rosa e Florência que descobrem a verdade.
TAUNAY: A mocidade de Trajano; Inocência; Ouro sobre o azul; Histórias brasileiras; Narrativas militares; O encilhamento; Manuscrito de uma mulher; No declínio; Ao entardecer (contos). Da mão à boca se perde a sopa; Por um triz coronel; Amélia Smith; A conquista do filho (teatro). Partícipe da expedição de defesa do sul de Mato Grosso, na Guerra do Paraguai. Está entre os melhores paisagistas nacionais. Sobrevivência de duas obras: A retirada da Laguna e Inocência. A primeira, em francês (La retraite de La Laguna), traduzida por seu filho. Tido como marco divisor entre romantismo e realismo. Romancista idealista pela concepção do mundo, da vida, pelo sentimental, pela observação e análise, explicações e notas científicas da fauna e da flora.
INOCÊNCIA
Tem como cenário o leste sul-mato-grossense. É a estória de uma jovem, Inocência, filha de Pereira, que se apaixona por Cirino, curandeiro ambulante, que se faz passar por médico, trata dela e devolve-lhe em parte a saúde. Ela estava prometida a Manecão, rude vaqueiro. Também presente o naturalista alemão, Meyer, à procura de novas espécies de borboletas. Cirino e Inocência têm medo de que o pai descubra o seu namoro. Cirino viaja para pedir a interferência do padrinho dela. Tico, um anão, descobre o namoro. Manecão persegue Cirino e mata-o. Algum tempo depois, Inocência, esgotada, não resiste e morre. Meyer descobre uma nova e deslumbrante espécie de borboleta e denomina-a de "Papilio Inocentiae", numa homenagem.
BERNARDO GUIMARÃES: O ermitão de Muquém; Lendas e romances; O garimpeiro; O seminarista; O índio Afonso; A escrava Isaura; Maurício ou Os paulistas em São João d'El-rei; A ilha maldita; O pão de ouro; Rosaura, a enjeitada; O bandido do rio das Mortes (romances); Folhas de outono (teatro). Tema central: amor, com naturalismo e ligeiro acento humorístico. Descrição do sertão do Oeste mineiro e Sul goiano. Utilização da linguagem cabocla das regiões. Abordagem do campo, cidade, sociedade colonial, natureza, índio. Espontaneidade, desníveis estéticos e lugares comuns.
A ESCRAVA ISAURA
Isaura é criada e educada esmeradamente pela patroa, mãe de Leôncio. Este se casa com Malvina. Isaura acompanha o casal. Para se ver livre da perseguição do senhor, ela e o pai, Miguel, fogem para o Recife. Troca o nome para Elvira e conhece Álvaro. Reconhecida, é conduzida à fazenda de Leôncio. Este cai em grave situação econômica; Álvaro compra-lhe a fazenda e se casa com Isaura.
O SEMINARISTA
Desde crianças, o amor existe entre Eugênio e Margarida, ele filho de fazendeiros e ela, de uma agregada da fazenda. Capitão Antunes e sua mulher obrigam o filho a seguir a carreira sacerdotal. A intensidade dos estudos e de penintências, algumas auto-impostas, atenuam sua paixão. Além disso, em conluio com os padres do seminário de Congonhas do Campo, os pais inventam a notícia de que Margarida havia se casado com outro. Eugênio, depois disso, conforma-se e finalmente se ordena. Porém, o seu amor retorna de forma violenta, quando já padre, retorna a sua terra natal para rezar sua primeira missa. Margarida e a mãe haviam sido expulsas da fazenda e ela, que havia se mantido fiel, com a volta de Eugênio, vive com ele um amor intenso. Ele tem de ouvir uma confissão dar extrema-unção a Margarida e encomendar seu cadáver no dia seguinte, devido à doença que a levou à morte. Ao celebrar a sua primeira missa, logo após, ele enlouquece e, totalmente transtornado, arranca as vestes sacerdotais, joga-as contra o altar e sai correndo.
O ERMITÃO DE MUQUÉM
Gonçalo, após cometer um assassinato, refugia-se entre os tocantins, sendo bem-tratado pelos mesmos, devido a seu valor, recebendo o nome de Itajiba. Depois de ter vencido um rival, ele é feito chefe da tribo. Artimanhas, entretanto, fazem com que Itajiba dispare uma flecha contra a sua própria esposa, matando-a. No desespero, ele abandona a tribo. Na sua evasão, encontra o adversário que o convida para um duelo. Gonçalo, de forma milagrosa, vence o duelo e acredita tratar-se de proteção divina. Por isso, ele se converte a uma fé intensiva, terminando por fundar um centro de romarias em Muquém.
FRANKLIN TÁVORA: A trindade maldita; Os índios do Jaguaribe; A casa de palha; Um casamento no arrabalde; O cabeleira; O matuto; O sacrifício; Lourenço (contos). Um mistério de família; Três lágrimas (teatro). Temas do sertão nordestino, luta tenaz pela literatura do Norte. Fundador do nosso regionalismo. Situado entre romântico e realista. Valorização das paisagens da região, do matuto, do vaqueiro, do cangaceiro e de outros elementos locais.
O CABELEIRA
José Gomes, o Cabeleira, cangaceiro famoso, um tipo de precursor de Lampião, leva vida aventurosa. Joana, a mãe, quer reconduzi-lo ao bom caminho. Joaquim, o pai, entretanto, consegue enveredá-lo no crime. Luisinha, a quem ele amava desde a infância, tenta mas não consegue regenerá-lo. Ele e o pai são presos pela polícia. O Cabeleira é enforcado no largo das Cinco Pontas, Recife.
O MATUTO
Um romance histórico sobre a Guerra dos Mascates. Lourenço, filho de padre, criado por um casal de moradores de um engenho, cresce e faz-se rapaz. São mostrados episódios de sua vida e de seus pais adotivos. Na contenda entre os fazendeiros e os comerciantes, com destaque para a personagem do sargento-mor João da Cunha e sua mulher, Damiana, é amada por Antônio Coelho, um chefe português. Na refrega, acontece o ataque ao solar dos Cunhas. Um sectário dos mascates propusera alforria a dois escravos caso eles concordassem em molhar as armas da casa, a fim de que estas negassem fogo no momento em fossem ser utilizadas. Assim, os mascates obtêm a vitória. No entanto, Antônio Coelho foge com Damiana, com a desculpa de salvá-la. Os senhores de engenho conseguem uma reviravolta, libertam a senhora e degolam o português. A família partidária de João da Cunha volta a seu roçado e encontra só desolação deixada por seguidores do outro partido.


REALISMO (final séc. XIX)
NOTA INTRODUTÓRIA: No mundo, unificação da Itália e Alemanha, socialismo científico (Marx e Engels), positivismo (Augusto Comte), evolucionismo (Darwin), segunda revolução industrial, lutas proletárias. No Brasil, ciclo do café, decadência da monarquia, Abolição (1888), Proclamação da República (1889), governo do Marechal Deodoro e a primeira constituição republicana. Fortalecimento da burguesia. Razão e ciência, o comportamento almejado, aliado ao poder dominante, ordem, produção industrial, balança comercial positiva. Vida, trabalho, realidade, os grandes temas, vistos dentro da realidade amarga e deprimente. Dia a dia e tragédia da vida. Análise e observação junto com ciência e experimentalismo. Determinismo histórico, racial e ambiental, o modelo do homem e da sociedade. Revolta contra o sentimentalismo e o melodramático do romantismo. Personagens complexas, ambientes mais comuns, tramas menos importantes, temas menos óbvios. Acontecimentos possíveis, pessoas críveis. Assunto desagradável, chocante. Inspiração francesa, positivista e cientificista.
CARACTERÍSTICAS: Fidelidade ao objeto (estória na realidade, sem desfigurações; relato do acontecimento e descrição do que é visto), dramas da existência contemporânea (enfoque do homem à luz da filosofia da época), personagens concretas (tipos vivos, reais), forma valorizada (linguagem correta, equilibrada, clara), valorização de detalhes (pormenores), condicionamento pelo meio e pela sociedade.

MACHADO DE ASSIS: Ressurreição; A mão e a luva; Helena; Iaiá  Garcia; Memórias póstumas de Brás Cubas; Quincas Borba; Dom Casmurro; Esaú e Jacó; Memorial de Aires (romances). Contos fluminenses; Histórias da meia-noite; Papéis avulsos; Histórias sem data; Várias histórias; Páginas recolhidas; Relíquias da casa velha (contos). Crisálidas; Falenas; Americanas; Ocidentais (poesia). Desencantos; Queda que as mulheres têm pelos tolos; O caminho da porta; O protocolo; Quase ministro; Os deuses de casaca; Uma ode de Anacreonte; O bote de rapé; Antes da missa; Tu, só tu, puro amor; Não consultes médico; Lição de botânica; As forças caudinas (teatro). A semana; Crônica; Diálogos e reflexão de um relojoeiro; Crônicas de Lélio (crônicas). Um dos mais importantes da literatura brasileira. A obra reúne praticamente todos os gêneros literários. Destaque para contos e romances. Agudeza de realismo psicológico, pessimismo de reflexão sobre a natureza humana. Paisagem carioca da época.
A MÃO E A LUVA
Guiomar é uma moça orgulhosa e segura de si com ideais frios e calculados. Ela procura realizar o ambicioso plano de elevação na escala social, como uma forma de compensar a sua origem modesta. Três são os pretendentes de sua mão: Estevam, Jorge e Luís Alves. Estevam é sincero, porém um tanto ingênuo; Jorge é preguiçoso e superficial; já Luís Alves é esperto e ambicioso. Ele personifica as qualidades que vão de encontro ao almejado por Guiomar
HELENA
Helena é uma jovem internada num colégio em Botafogo, no Rio de Janeiro. Com a morte do conselheiro Vale e a conseqüente abertura de seu testamento, toma-se conhecimento de que Helena é sua filha. Vale mantivera este segredo até a sua morte. Assim, de uma forma inesperada, ela sobe na escala social. Helena passa a viver com Úrsula, irmã do conselheiro, além de Estácio, agora meio-irmão de Helena, doutor Camargo, amigo de Vale e médico da família e sua filha, Eugênia. Helena consegue rapidamente conquistar a afeição de dona Úrsula e de Estácio, devido a seu temperamento expansivo e comunicativo. Mendonça, um amigo de Estácio, é tomado de amores por Helena, o que acontece também com seu meio-irmão que, para complicar, está noivo de Eugênia. O mentor espiritual da família, padre Melchior, começa a suspeitar dos freqüentes encontros entre Helena e Salvador, uma nova personagem, e este misterio vem a ser esclarecido. Salvador é, realmente, o pai de Helena. Ela havia sido arrebatada pelo conselheiro Vale que se incubira de sua educação. Todavia, ela fica profundamente chocada com a situação em que as coisas vem a ficar e, embora exista a possibilidade de se casar com Estácio, a emoção é demasiado forte, ela adoece e morre.
Yüklə 381,94 Kb.

Dostları ilə paylaş:
1   2   3   4   5   6   7   8   9   10




Verilənlər bazası müəlliflik hüququ ilə müdafiə olunur ©muhaz.org 2024
rəhbərliyinə müraciət

gir | qeydiyyatdan keç
    Ana səhifə


yükləyin