Português: contexto, interlocução e sentido



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. Acesso em: 1º mar. 2016. (Fragmento).

> Os riscos da dependência

Celulares, tablets, computadores e videogames portáteis, enfim, um verdadeiro mundo de equipamentos eletrônicos invadiu, nos últimos 20 anos, a vida cotidiana. Na carona desses gadgets, como também são conhecidos, surgiram novos termos, expressões e padrões de comportamento. [...]

No caso das pessoas viciadas nos eletrônicos, a psicóloga [Dora Sampaio Góes, do Grupo de Dependência de Internet do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP)] lembra que o uso abusivo da tecnologia atua como uma espécie de anestésico, uma forma de desfocar de questões importantes da vida pessoal, como um conflito em família, problemas na escola, ou no trabalho. “O uso excessivo da tecnologia é uma forma de desconectar de si mesmo e estar conectado às máquinas. Em muitos casos, é realmente como um anestésico, uma espécie de refúgio para não viver as angústias e dificuldades do mundo real”, aponta a especialista.

> Para que servem os brinquedos?

Uso excessivo das tecnologias pode trazer sérios riscos à vida social. Disponível em: . Acesso em: 1º mar. 2016. (Fragmento).

BRUNO GALVÃO

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© BRUNO GALVÃO

GALVÃO, Bruno. Disponível em: . Acesso em: 1º mar. 2016.
Página 331

> A tecnologia é determinante ou condicionante?

As técnicas determinam a sociedade ou a cultura? Se aceitarmos a ficção de uma relação, ela é muito mais complexa do que uma relação de determinação. A emergência do ciberespaço acompanha, traduz e favorece uma evolução geral da civilização. Uma técnica é produzida dentro de uma cultura, e uma sociedade encontra-se condicionada por suas técnicas. E digo condicionada, não determinada. Essa diferença é fundamental. A invenção do estribo permitiu o desenvolvimento de uma nova forma de cavalaria pesada, a partir da qual foram construídos o imaginário da cavalaria e as estruturas políticas e sociais do feudalismo. No entanto, o estribo, enquanto dispositivo material, não é a “causa” do feudalismo europeu. [...]

Uma técnica não é nem boa, nem má (isto depende dos contextos, dos usos e dos pontos de vista), tampouco neutra (já que é condicionante ou restritiva, já que de um lado abre e de outro fecha o espectro de possibilidades). Não se trata de avaliar seus “impactos”, mas de situar as irreversibilidades às quais um de seus usos nos levaria, de formular os projetos que explorariam as virtualidades que ela transporta e de decidir o que fazer dela.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. 3. ed. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 2010. p. 25-26. (Fragmento).

Analise atentamente os textos apresentados, identificando sua ideia principal. Busque também outras informações que possam ajudá-lo a desenvolver uma análise da questão proposta no início da seção.

Após refletir sobre o tema, escreva um texto dissertativo-argumentativo em que, além de expor de modo claro e articulado a sua análise, você também defenda o seu ponto de vista sobre qual é o papel da tecnologia nas nossas vidas.

Dê um título a seu texto.

2. Elaboração

> Lembre-se de que o texto dissertativo-argumentativo precisa apresentar uma análise articulada da questão tematizada. É importante, portanto, que você tenha compreendido o sentido básico dos textos apresentados na coletânea.

> Qual é o ponto de vista (sua tese) que você pretende defender sobre o papel da tecnologia nas nossas vidas?

• Identifique, na coletânea (e nas informações obtidas por você), argumentos que possam sustentar seu ponto de vista.

• Identifique os argumentos contrários ao seu ponto de vista.

> Faça um esquema do encaminhamento analítico que você pretende desenvolver.

• Como será a introdução da questão? Procure pensar de uma maneira que torne mais compreensível, para o leitor, o que será tratado no texto.

• Que aspectos do tema precisam ser abordados? Em que ordem devem aparecer?

• Como você conduzirá o leitor até a conclusão pretendida?

> Cuide do aspecto formal do seu texto.

• Os verbos estão no presente do Indicativo, favorecendo um tratamento mais “atemporal” do tema?

• As generalizações foram feitas por meio do uso de termos abstratos?

> Crie um título que sintetize, para o leitor, não só o tema abordado, mas também o foco da análise desenvolvida por você.

3. Reescrita do texto

Troque sua dissertação com um colega. Peça a ele para avaliar o seu texto: o tema proposto foi abordado satisfatoriamente? Há passagens confusas, truncadas ou argumentos pouco claros? Que modificações ele faria para tornar o texto mais articulado?

Leia a dissertação de seu colega considerando os mesmos aspectos. Depois de ouvir as observações que ele fez sobre sua dissertação e apresentar as suas sugestões sobre o texto de seu colega, releia seu texto, analisando os aspectos em que ele pode ser melhorado. Reescreva a dissertação, fazendo as alterações necessárias.

Ver orientações para esta seção no Guia de recursos.
Página 332

Capítulo 22 - Texto dissertativo-argumentativo II: elaboração de um projeto

Leitura

As provas de redação do Enem e de muitos dos exames de seleção têm em comum duas características: solicitam a produção de um texto dissertativo e oferecem, aos candidatos, uma coletânea de informações que podem ajudar o desenvolvimento do tema proposto. O primeiro desafio a ser enfrentado, portanto, é a leitura e a interpretação dessas informações. Para começar a tratar dessa questão, reproduzimos, a seguir, um tema do Enem.

Enem – Proposta de redação

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.



Liberdade sem fio

A ONU acaba de declarar o acesso à rede um direito fundamental do ser humano – assim como saúde, moradia e educação. No mundo todo, pessoas começam a abrir seus sinais privados de wi-fi, organizações e governos se mobilizam para expandir a rede para espaços públicos e regiões aonde ela ainda não chega, com acesso livre e gratuito.

ROSA, G.; SANTOS, P. Galileu. São Paulo, n. 240, jul. 2011. (Fragmento).

A internet tem ouvidos e memória

Uma pesquisa da consultoria Forrester Research revela que, nos Estados Unidos, a população já passou mais tempo conectada à internet do que em frente à televisão. Os hábitos estão mudando. No Brasil, as pessoas já gastam cerca de 20% de seu tempo on-line em redes sociais. A grande maioria dos internautas (72%, de acordo com o Ibope Mídia) pretende criar, acessar e manter um perfil em rede. “Faz parte da própria socialização do indivíduo do século XXI estar numa rede social. Não estar equivale a não ter uma identidade ou um número de telefone no passado”, acredita Alessandro Barbosa Lima, CEO da e.Life, empresa de monitoração e análise de mídias.

As redes sociais são ótimas para disseminar ideias, tornar alguém popular e também arruinar reputações. Um dos maiores desafios dos usuários de internet é saber ponderar o que se publica nela. Especialistas recomendam que não se deve publicar o que não se fala em público, pois a internet é um ambiente social e, ao contrário do que se pensa, a rede não acoberta anonimato, uma vez que mesmo quem se esconde atrás de um pseudônimo pode ser rastreado e identificado. Aqueles que, por impulso, se exaltam e cometem gafes podem pagar caro.

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